segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

PINTURA DA NATUREZA

Foto de Gleison Miranda, extraida da Agência de Noticias do Acre.

LICENÇA

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL



A pedido de meu irmão Alex.

ADVOGADA PERSEGUIDA

Da Agência Amazônia

A advogada Joana D’ Arc Valente Santana pediu a intervenção da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), da Presidência da República, na Polícia Militar do Acre para apurar uma série de crimes que estariam sendo praticados na corporação. Os crimes incluem o ingresso ilegal de policiais, tortura psicológica e moral seqüenciadas, perseguição e até discriminação a deficiente físico. O caso será também levado às Comissões de Direitos Humanos da Câmara e do Senado e à ONG Justiça Global, informou a advogada à Agência Amazônia.

Pelos cálculos da advogada, a Polícia Militar do Acre possui atualmente em seus quadros mais de sessenta militares irregulares. São em sua maioria oficiais de alta patente e, alguns deles, recebem vantagens e condecorações que, legalmente, seriam destinadas aos militares que prestaram concurso e passaram de forma lícita e com boa pontuação.

As fraudes começaram no ano de 1996. O então comandante da corporação, coronel Aureliano Pascoal, aprovou e determinou por ato administrativo — o boletim geral 050 — a matrícula de 13 candidatos aos quadros da Polícia Militar que, segundo Joana D’Arc, sequer prestaram concurso público, mas tiveram seus nomes incluídos na lista final de aprovados.
Segundo a advogada, muitos dos militares que apareceram entre os “aprovados” não fizeram sequer a inscrição. Eles entraram na vaga de outras pessoas que estavam devidamente inscritas. É o que demonstra a inscrição de número 2003. A listra oficial traz a inscrição de Líbio Armstrong Pereira Caruta, mas, no resultado final, surge o nome de Carlos Augusto da Silva Medeiros — hoje capitão e com direito às promoções de praxe da corporação.
Para Joana D’ Arc, a fraude que envolve o capitão Negreiros é a mais gritante de todos. A advogada diz que, mesmo sem fazer qualquer prova ligada ao concurso 001/95, o hoje capitão Negreiros apareceu classificado em 34º lugar, com 92 pontos. Outros 12 oficiais da PM acreana também foram incluídos no “trem da alegria” patrocinado na corporação.
Sem providências

Em 2001, o Ministério Público Estadual toma conhecimento da fraude por meio de uma ação civil pública impetrada por candidatos que se sentiram prejudicados. À época, o então corregedor-geral de Justiça Oswaldo d’Albuquerque Lima mandou abrir inquérito para apurar o caso.

Passados oito anos e, mesmo diante das fartas provas, o MPE ainda não ajuizou uma ação civil pública na Justiça estadual. A justificativa para a demora seria o grande número de recursos ao processo quando o mesmo se encontrava na Promotoria Especializada de Defesa do Patrimônio. Além disso, o MPE argumenta que, após deixar a promotoria especializada, o caso ainda passou pela análise de outras três promotorias.

A promotora Mary Theodoro prometeu, em julho do ano passado, ingressar com a ação na Justiça. A ação passou a tramitar na 2ª Vara da Fazenda Pública de Rio Branco, oito anos os militares ingressarem ilegalmente na Polícia Militar do Acre, mas ainda não há uma decisão.
Em função dessa demora, a advogada Joana D’ Arc Valente Santana — também ativista de Direitos Humanos no Acre — resolveu apelar aos órgãos federais. As constantes ameaças aos militares dispostos a denunciar as irregularidades na Polícia Militar do Acre também motivaram a advogada a levar o caso ao conhecimento das autoridades federais.

Tortura psicológica e ameaças

BRASÍLIA — Enquanto oficiais irregulares são promovidos e recebem uma série de benesses na Polícia Militar do Acre, a situação é dramática para àqueles que sofreram acidente em serviço. Estes, em vez de apoio, são torturados psicológica e moralmente pelo governo do Acre e os comandantes da corporação ao longo desses últimos oito anos. De 1998 para cá, o Acre é governado pelo PT.

O caso de maior flagrante desrespeito aos direitos humanos envolve o capitão PM João da Cruz Santana Filho. No dia 16 de janeiro de 2001, o então tenente Santana participa de uma operação para conter uma rebelião no interior do presídio Francisco d’Oliveira Conde, em Rio Branco (AC), e tem a mão direita mutilada pela explosão de uma granada. De lá para cá, Santana já se submeteu a 15 cirurgias reparadoras — tanto na direita quanto na mão esquerda.

Com as mutilações definitivas, o capitão João da Cruz Santana Filho — que é destro — tornou-se, então, deficiente físico. Assim, o militar passou a requerer da Polícia Militar os seus direitos legais. Sua principal reivindicação é a reclassificação por preterição, uma vez que fora aprovado em 2º lugar no concurso público de oficiais combatentes masculinos em 1996. Todos os pleitos em juízo e no âmbito administrativo foram ignorados pelos gestores institucionais.

A irmã de Santana, a advogada Joana D’ Arc Valente Santana encaminhou no dia 4 de julho de 2008 requerimento ao comandante da Polícia Militar, coronel Romário Barbosa Gonçalves, na tentativa de resolver a situação pela via administrativa. Passados sete meses, o comando da corporação sequer deu resposta ao pedido. “Por essa razão, resolvi apelar aos órgãos federais”, disse Joana D’Arc, na defesa de seu irmão.

"Câncer na corporação"

“Ano após ano, eu e meu irmão fomos torturados psicologicamente”, diz a advogada na denúncia à Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Conta a ativista que, após o acidente com o capitão Santana, adquiriu hérnia pós-incisional decorrente de um procedimento cirúrgico de apendicite supurada com necrose, “e já convivo nessa situação há mais de quatro anos”. D’Arc afirma que devido a essa situação sua atividade laboral ficou comprometida e limitada.

Mesmo doente, Joana D’Arc procurou por diversos meios legais e pacíficos uma solução para o problema do irmão, mas não obteve êxito. Da última vez que procurou o comandante da PM [coronel Romário Célio], a advogada ouviu dele que “o requerimento está com o chefe”. O “chefe” ao qual Célio se referia é o governador do Acre, Binho Marques (PT).

Diante do insucesso nas suas tentativas, a advogada recorreu aos meios de comunicação e denunciou as promoções ilegais na PM. “A partir daí, a perseguição a mim e ao meu irmão tornou-se ostensiva e implacável”, relata Joana D’Arc. O comando da PM determinou a abertura de sindicância contra seu irmão, o capitão Santana, “para persegui-lo em função das minhas entrevistas nos meios de comunicação locais”. Um dos oficiais responsáveis pela sindicância teria afirmado que “o capitão Santana deveria ser tratado como um câncer dentro da corporação”.

“Isso é um absurdo. Vamos brigar pelos nossos direitos onde for preciso”, desabafa Joana D’Arc, ao defender uma auditoria da Polícia Militar do Acre. A advogada sustenta que a auditoria é necessária porque o alto escalão do oficialato da PM acreano, a maioria R2 do Exército Brasileiro, também entrou na corporação sem concurso público.

Família perseguida

Joana D’Arc e o irmão são filhos do juiz João da Cruz Santana, falecido recentemente. Mesmo assim, a advogada conta que a família é perseguida implacavelmente pelos atuais mandatários do Acre. “No Judiciário, por exemplo, todas as minhas ações travam”,diz. Ela cita como exemplo o processo 006.33.1995.4003.14-3 — oriundo da 3ª Junta de Conciliação e Julgamento de Rio Branco — favor de sua irmã, Maria Goretti Valente Santana, que está desempregada.

A decisão judicial, já transitada em julgado, determina à Empresa de Processamento de Dados do Acre (Acredata) o pagamento de uma ação trabalhista em favor de Goretti. O diretor-presidente da empresa, Luiz Carlos Simão Paiva, mesmo tendo recebido o ofício de pagamento, “não se digna a respondê-lo nem a pagar o que é devido”. Simão Paiva é casado com a única irmã do ex-governador do Acre, Jorge Viana, e do senador Tião Viana, ambos do PT.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

OBAMANIA

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

TÔ PAGANDO...

O governo do Acre está podendo. Dizem que a copa do mundo de 2014 é uma realidade para o Acre, mesmo sendo o estado mais pobre da federação.

Com toda pompa de poderosa, a equipe do governador vai enfrentar maus bocados pra trazer a copa de 2014 para as bandas de cá.

No mês de fevereiro, inspetores da Fifa virão ao estado fazer vistorias na estrutura e analisar o potencial da capital Rio Branco para sediar algum jogo da copa. Já imaginaram, que se no dia da visita acontecer um apagão de energia elétrica como tem dado nesses últimos dias? Cabeças vão rolar...

Em tempo, o intrépido cartunista Braga vai mais além. Do jeito que as coisas estão, com essa grande maré positiva na terrinha, o maior festival de Rock do mundo pode vir parar nas terras de Galvez.

TOMA QUE O ABACAXI É TEU!

A verdadeira guerra começou, pelo menos para Barack Obama, primeiro negro na história dos Estados Unidos a tomar posse da presidência.

O dia 20 de janeiro de 2009 entrará para história como um marco de uma suposta “revolução” no pensamento americano para vencer de forma incisiva a crise financeira que se instaura no mundo, por culpa, principalmente, dos próprios americanos.

Obama recebeu um “abacaxi” de Tarauacá das mãos de George W. Bush. Um pais quebrando em desemprego, com baixas perspectivas de reação e com a auto-estima lá no fundo do poço por causa de guerras inacabadas e desordens em todas as escalas no mundo. O orgulho americano, que tanto eles faziam questão de ressaltar, está no chão. Como diz o presidente brasileiro Lula: Nunca na história deste país...(complete o raciocínio, leitor)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

ACRE 2014

Da Agência Amazônia

O Acre é mais uma vez notícia ruim na imprensa nacional. Em reportagem publicada na edição de ontem, 18, o jornal Folha de S. Paulo revela que o governo acreano promoveu, sem licitação, a reforma do estádio Arena da Floresta. A obra já consumiu R$ 350 mil (sem licitação) aos cofres públicos do Acre. O estádio foi construído para o Acre tentar se garantir como uma das sedes das partidas da Copa 2014 a ser realizada no Brasil.

Entregue ao apagar das luzes do governo Jorge Viana (1999-2006), a obra do estádio Arena da Floresta foi concebida pelo arquiteto Luiz Volpato, de Curitiba (PR). Volpato é o responsável pelo Arena da Baixada, estádio da capital do Paraná, e também candidata a receber os jogos da Copa 2014.

Alheio à denúncia, a agência estatal de notícias do Acre traz, em destaque, um banner com os dizeres: “Arena da Floresta para o mundo”. Segundo o texto, o Arena da Floresta poderá — com a reforma, sem licitação — terá sua capacidade dobrada, podendo assim receber 42 mil torcedores. A agência oficial informa também que será construído um hotel com 200 apartamentos com vista para o estádio. Detalha ainda uma das inovações do estádio: a cobertura das arquibancadas terá estrutura de madeira e bambu, uma tecnologia desenvolvida na Europa.

Ainda conforme o texto, o estádio terá sistemas de reaproveitamento de água, reciclagem de resíduos e de geração alternativa de energia. A proposta, segundo Volpato, é para que “possamos ter no Acre o primeiro estádio sustentável do mundo”. Para o governo acreano, a proposta do Arena da Floresta é “ousada, moderna e baseada em uma política de sustentabilidade ambiental”.

Até Chico Mendes vira argumento

Além de revelar a reforma sem licitação, a Folha conta que até o líder seringueiro Chico Mendes — morto há 20 anos, em Xapuri (AC) — é usado pelo governo do Acre como argumento para Rio Branco receber jogos da Copa 2014. Assim destaca o jornal:

“No Acre, Chico Mendes, assassinado há 20 anos, entrou em campo: “A escolha de Rio Branco vai ser um gol verde na terra de Chico Mendes”, argumenta, no texto do projeto entregue à Fifa, o comitê.

O texto, segundo a Secretaria de Esporte local, é assinado pela senadora Marina Silva (PT-AC), que cuidará do comitê de "legado" da Copa.

Os acreanos recorrem também ao fato de estarem no "coração da Amazônia", à proximidade com Bolívia e Peru e ao fato de terem a menor cidade entre as concorrentes para ser "representante das minorias" no Mundial.

O projeto do estádio em Rio Branco, a Arena da Floresta, foi elaborado pelo mesmo arquiteto da Arena da Baixada, de Curitiba, Luiz Volpato. "Muitos desacreditam em nossa candidatura porque não conhecem o Acre, a sua história ambiental e experiência de sustentabilidade. Temos condições de concorrer de igual para igual", diz Luiz Volpato.”

Dezoito cidades brasileiras estão na disputa para serem uma das 12 sedes escolhidas pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). A escolha das cidades será divulgada na segunda quinzena de março. Até lá, uma comissão da Fifa estará visitando todas as cidades candidatas.

Conheça o projeto apresentado pelo governo do Acre à Fifa.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

95% DOS DOWNLOADS DE MÚSICAS SÃO ILEGAIS

da BBC

Um relatório da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês) afirma que 95% da música baixada pela internet é ilegal, sem pagamento para artistas ou gravadoras.

De acordo com o relatório anual da IFPI, que representa 1,4 mil companhias em 70 países, estima-se que mais de 40 bilhões de arquivos de música foram compartilhados de forma ilegal em 2008.

Matt Phillips, representante da indústria fonográfica britânica, admite que as gravadoras têm um grande problema com a pirataria.

"Se houver mais investimentos em música no futuro e se a inovação no desenvolvimento de novos serviços legalizados continuar, então (a pirataria) é algo que temos que tratar", afirmou.

Identificação

Segundo o repórter da BBC Rob Norris, Nova Zelândia, França e Grã-Bretanha estão estabelecendo novos programas para tentar identificar as pessoas que baixam mais música ilegalmente.

As gravadoras estão usando programas de computador para procurar nas redes de compartilhamento de música os usuários que baixam mais arquivos ilegalmente e, então, denunciá-los para provedores de internet.

Os usuários que desrespeitam a lei recebem e-mails com o alerta de que foram descobertos e que poderão ter a conexão de internet interrompida.

As gravadoras informam que, geralmente, estas medidas são o bastante para desencorajar a pirataria, mas admitem que provavelmente nunca conseguirão acabar com o problema.

Mesmo assim, o presidente e diretor-executivo da IFPI, John Kennedy, afirma que é preciso enfrentar a pirataria.

"Governos estão começando a aceitar que, no debate a respeito de 'conteúdo livre' e o envolvimento de provedores de internet na proteção dos direitos de propriedade intelectual, não agir não é a opção se quisermos um futuro para o conteúdo digital comercial", afirmou.

Aumento nas vendas

Apesar dos números altos de pirataria, o relatório da Federação Internacional da Indústria Fonográfica afirma que houve também um aumento de 25% nos downloads legais, que agora correspondem a um quinto de todas as vendas de música.

Segundo a IFPI, foram baixados legalmente 1,4 bilhão de singles em 2008. O single que ficou em primeiro lugar em vendas pela internet foi Lollipop, de Lil Wayne, com 9,1 milhões de cópias baixadas.

A federação revelou em seu relatório que os negócios em música digital vêm registrando um crescimento constante nos últimos seis anos e agora o seu valor estimado é de US$ 3,7 bilhões.

Mas, a renda mundial do mercado musical diminuiu em 7% em 2008, devido à queda nas vendas de CDs.

SAI ANIBAL, ENTRA ANIBAL

A agência estatal de notícias do Acre vende hoje gato por lebre ao anunciar (leia) que o governador Binho Marques (PT) "decidiu promover importantes mudanças" na estrutura de comunicação social, com o objetivo de fazer da agência a "principal e mais completa fonte de informação sobre o Estado".

O jornalista Aníbal Diniz, que controlou a comunicação estatal durante oito anos de gestão do governanador Jorge Viana, reassume a Secretaria de Comunicação em substituição a Jorge Henrique, que dirigirá o Instituto Social de Comunicação a ser aprovado pela Assembléia Legislativa. E o jornalista Itaan Arruda, que ocupava a Assessoria de Imprensa de Binho Marques, assumirá a direção de jornalismo da estatal TV Aldeia.

Leia mais detalhes no blog do jornalista Altino Machado.

TREMA MESMO

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

INSEGURANÇA

Ontem a noite, por volta das 20h, eu e um amigo estávamos caminhando na passarela governador Joaquim Macedo, a popular “Pinguela do Jorge”, em direção ao parque da maternidade, quando derrepente uma moça que vinha andado próximo de nós foi assaltada por dois marginais que estavam em uma bicicleta . Os meliantes surrupiaram a bolsa da moça e aceleraram na magrela rumo ao bairro seis de agosto.

No local não havia nenhum policial por perto. Meu amigo, atencioso com a moça que estava nervosa, ligou para o 190 da policia. Resumindo: não deu em nada.

De acordo com a moça assaltada, na bolsa tinha seus documentos e o salário do mês que havia acabado de receber. Depois de acamá-la, prosseguimos em nossa caminha para o parque.

Cerca de duas horas depois do assalto, retornamos pelo mesmo caminho e encontramos dois policiais da família fazendo ronda na passarela. Por curiosidade, perguntamos o que havia acontecido com aquele caso da moça assaltada aos seguranças. Eles afirmaram que não poderiam ter feito nada, pois são os únicos seguranças daquela região de grande movimentação de pessoas.

Os guardas afirmaram que no momento do assalto, estavam fazendo ronda na gameleira, distante cerca de 200 metros da passarela. Um deles disse o seguinte: “fica difícil a gente fazer nosso trabalho, pois o comando geral da PM não tem noção do que acontece na região. Todos os dias são registrados assaltos e na maioria das vezes estamos de mão atadas por causa do número reduzido de policiais nessa região”.

Minha opinião: seria interessante, se o comandante Romário Célio tirasse o "popozão" de sua cadeira confortável e saisse da sala com ar-condicionado e tomasse algumas atitudes severas em relação a segurança da população. Os assaltos são comuns nessa região, mas como não é com ele ou com nenhum familiar do nobre comandante, pra que se preocupar?

O gozado da situação, que quando é época de festas e demais comemorações do “governo da floresta” se tem um visão de uma Rio Branco militarizada. Um policial para cada assessor sanguessuga do governo.

Atualização na madrugada, 00h33:O cartunista Braga, em seu blog, criou uma charge referindo-se a insegurança em Rio Branco. Os assaltos nos semáforos estão se tornando comuns no vilarejo tupiniquim. Clique na charge abaixo para ampliá-la.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Em busca da alma perdida

Por Moisés Diniz

Há 23 anos eu me filei ao Partido Comunista. Junto comigo faziam a mesma opção os deputados Edvaldo Magalhães (PCdoB), Perpétua Almeida (PCdoB) e Henrique Afonso (PT), além do atual vice-prefeito de Mâncio Lima, Eriton Maia (PCdoB). Uma característica nos unia: a origem religiosa. Éramos egressos de congregações da Igreja Católica, Maristas, Dominicanas, Diocesanos.

Nossa origem produziu algo novo na relação política tradicional e extraordinário nas fileiras do Partido Comunista. Começou a nascer, lá pelas bandas do Tarauacá e do Juruá, um jeito diferente de organizar comunistas. A linguagem ácida da revolução cedia espaço para o jeito carinhoso da Igreja. O perdão que aprendêramos a praticar na Igreja tornava-se a tolerância política na relação cotidiana com os aliados, os adversários e com as idéias adversas.

Esse largo tempo não me tornou xiita na relação política e nem me fez intolerante no debate de idéias. Agora ando meio desiludido, confesso, com essa visão ampla e achando que fui tolo por mais de duas décadas. Os ataques criminosos de Israel à Faixa de Gaza estão meio que matando meu humanismo e me tornando assim como se a intolerância me seguisse sem que eu a visse.

As fotos, que circulam na internet, de crianças palestinas cobertas de sangue, despedaçadas e mortas estão me chocando profundamente. Nunca me senti assim, tão impotente. Eu, que não consigo estancar a dor nos hospitais acreanos, garantir escola para todas as crianças nos altos rios e dizimar todas as mazelas sociais, o que poderia fazer para salvar aquelas crianças?

Vindo de uma família pobre da Amazônia e da Congregação dos Irmãos Maristas, eu chegava às fileiras comunistas com uma razoável memória humanista e arraigadas concepções idealistas. Isso me ajudou muito a exercitar algo novo na tradição do Partido Comunista: agir na política a partir de uma visão ampla de mundo e tolerante com as idéias que combatiam as minhas.

Um primeiro resultado disso foi a entrada de dezenas de religiosos nas fileiras do Partido Comunista em Tarauacá, depois se expandindo para as demais regiões do Acre. A nossa memória humanista levou a nos aproximarmos de setores que não constavam nos manuais leninistas: os pobres mais pobres das periferias, chamados de ‘Lúmpen (o homem trapo)’, os extrativistas e os povos indígenas.

Na minha cidade não havia operariado. A revolução estava, assim, sem uma de suas principais ferramentas. Organizar os mais pobres e juntar-se a eles na tentativa de construir consciência coletiva era um ‘ato de fé’ que levávamos a sério. Essa visão meio heterogênea de mundo, misturando concepções idealistas e dialéticas, fez a gente construir um partido mais ou menos de todo o povo.

A idéia de um partido de massas foi sendo construída sem que percebêssemos que entre as massas havia gente de todo tipo. Isso levou a existência real de um partido que se constituía de brasileiros com as suas virtudes e as suas vilezas. O capitalismo havia deformado os homens que entravam no Partido Comunista.

E não havia outros homens e outras mulheres. Aqueles brasileiros imperfeitos eram os nossos militantes. É que a revolução de que falávamos não aconteceria nos céus dourados onde vivem os anjos. Assim fomos construindo um partido verdadeiramente de novo tipo, cercado de todas as virtudes e de todas as misérias humanas.

Outro efeito daquela herança foi a nossa aproximação com os setores dominantes do mundo da economia. Alguns empresários foram se constituindo em aliados e alguns até se tornaram militantes. Isso consolidou de vez a idéia de que a luta de classes podia estabelecer regras entre os combatentes.

Como em uma guerra convencional era possível definir regras que orientassem o combate que se estenderia por décadas. Assim, a violência da luta de classes sofreria um dano irreparável e as partes buscariam novas formas, mais distantes da barbárie, de encontrar o caminho da vitória.

Quanta ilusão! A alma humana se perverte como um porco na lama da crueldade e da vileza. Centenas de crianças palestinas estão sendo barbarizadas e ainda tem seres humanos concordando com a matança. Argumentam que existem terroristas entre elas. Dizem que Israel está apenas reagindo.

Uma pesquisa de opinião aponta que 40% dos brasileiros concordam com as ações de Israel e apenas 50% condenam o seu terrorismo de estado. Em recente artigo que escrevi condenando a agressão israelense, dezenas de acreanos afirmaram que eu devia primeiro cuidar dos problemas do Acre e deixar de proselitismo.

A minha solidariedade foi condenada junto com a minha ‘fraca’ atuação parlamentar. Disseram que um deputado medíocre como eu não tinha o direito de ser solidário com os palestinos assassinados e suas famílias. Eu só podia externar minha solidariedade depois que não existisse mais nenhuma desigualdade social no Acre.

A televisão mostrava aquelas crianças palestinas mortas e cobertas de sangue e do outro lado do muro surgiam rabinos e empresários israelenses dizendo que estavam sofrendo pressão emocional devido os mísseis disparados pelo Hamas. A mídia ocidental equiparava crianças palestinas mortas a adultos israelenses com problemas emocionais.

Na matemática do ocidente havia desaparecido a diferença entre a morte e o estresse. O sangue palestino jorrando se tornara igual ao estresse emocional dos israelenses da fronteira. Assim fui descobrindo que nenhum argumento convenceria essas pessoas. Elas não distinguiam mais os sinais que fizeram da humanidade uma espécie rara e próxima dos anjos.

Qualquer palavra servia para esconder uma alma putrefata que nascera nos subúrbios da dignidade e da decência. Para essas pessoas valia construir todo tipo de argumento, pois o que estava em jogo era a essência de suas vidas partidas e inutilizadas pela vileza da ideologia. Elas sabiam, mas não reconheciam, que os palestinos estão sendo covardemente eliminados. Elas sabiam que Israel comete crime contra a humanidade, reconhecido até por cardeais da combalida ONU.

Todavia, o que está em jogo é uma concepção que acompanha a humanidade desde os seus primórdios. Aqueles que querem uma sociedade como a atual vão continuar defendendo a carnificina cometida por Israel. E não adianta a gente argumentar dados históricos, políticos ou éticos. Isso não significa nada para quem já ultrapassou todos os limites da decência e da dignidade humana.

Essas pessoas esquecem que a humanidade resiste há pelo menos dois milhões de anos, desde aquele instante mágico em que ela ousou controlar os elementos naturais poderosos. Ali nascia o homem e a sua vontade de viver em paz com os entes naturais e com os seus semelhantes.

Mesmo que a cobiça humana tenha arrebentado a terra e a sua ‘gente inteligente’, o homem não desistiu de sonhar. Desde os primórdios, passando pelas eras difíceis e instáveis da barbárie, o homem nunca abandonou a crença na fraternidade humana. Das cavernas rústicas e desconfortáveis às modernas e aprazíveis moradias, a humanidade sempre acreditou na possibilidade do diálogo e da convivência pacífica entre os povos.

Isso faz o Hamas tornar-se um grupo desprezível. Mas leva também à condenação sem tréguas da política criminosa de Israel. Nesses últimos dias o ódio humano é o sentimento mais forte entre os homens da terra. Isso é terrível e lastimável. Israel não tinha o direito de fertilizar com o sangue palestino o pior e o mais desprezível de todos os sentimentos humanos.

Assim eu passo a me questionar se não perdi 23 anos. Será que não errei quando fui amplo e defendi arduamente o direito ao contraditório? Será que não é melhor radicalizar nos meus pontos de vista e atropelar o ponto de vista adverso? Será que não estamos ingenuamente acreditando que é possível domar os lobos?

Por que não percebemos que grupos como o Hamas surgem a partir de pequenas atitudes de desrespeito ao próximo, de preconceitos ‘inocentes’ e da intolerância política, ideológica, religiosa? Israel, por seu lado, nasceu nos mesmos pântanos que fizeram parte da humanidade tornar-se pior do que os demônios que a atormentam.

O que faz um ser humano se tornar insensível frente à morte de crianças? Nunca imaginei que as ideologias fossem capazes de produzir tanta lama na alma humana. Meu medo é que, daqui a pouco, por causa de tanto ódio, alguns de nós passem a ter o mesmo sentimento quando crianças israelenses forem mortas.

É como se a brutalidade da morte não incomodasse mais. Algo está errado na consciência humana e não estamos conseguindo deter as suas manchas imemoriais. Será que ainda conseguiremos salvar nossa dignidade e a nossa ‘utopia’ de um mundo livre dessas perversões?

Nunca imaginei que o ódio fosse o ingrediente mais forte da espécie humana. É nesses instantes que eu tenho uma sadia inveja dos pássaros. Eles não se vestem para matar e nem pousam na lama para alvejar os olhos dos semelhantes.

Eu perdôo todos os ataques escritos e compreendo todas as críticas. Não contribuirei com uma única vírgula para o surgimento de grupos terroristas como o Hamas e nem para a constituição de estados criminosos como o de Israel.

É que descobri, com uma dor incontida na alma, que o Hamas e Israel estão dentro de nós, em pequenas porções. Cada palavra de ódio, cada preconceito, cada intolerância e cada sentimento vil funcionam como um espermatozóide, a fecundar um feto terrorista e criminoso no futuro, agora em guerra desigual na cobiçada terra santa.

É que cada um alimenta o seu animal a partir do tamanho da alma do seu próprio dono. Por isso eu vou seguir os pássaros na sua inocência e resistir na crença de que o homem pode voltar a ser anjo, livre das imundícies que lhe trouxe o capital.

* Deputado estadual do Acre e neto de índios ashaninkas (diz ele)


quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

A política como ela é

Por Fernando Rodrigues, Uol

A cada dois anos repete-se, em janeiro, uma novela manjada. Políticos se digladiam na disputa para presidir a Câmara e o Senado pelo biênio seguinte.

É raro, mas às vezes surge alguma novidade. Desta vez, a tentativa de ser o "fator diferencial" veio de Tião Viana, candidato a presidir o Senado -e eleito pelo PT do Acre.

O petista conseguiu produzir uma carta-compromisso com 1.527 palavras sem fazer uma única promessa concreta. Eclético, misturou Lei Áurea, Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves e Antonio Carlos Magalhães. No trecho obrigatório "vou-agradar-a-oposição", transbordou ambivalência ao mencionar sua posição a respeito do uso indecente de medidas provisórias pelo Poder Executivo:
"Enfatizo minha posição contrária à (...) gana legiferante do Executivo, de que o excesso de medidas provisórias seria a perfeita ilustração, prática que subverte terrivelmente a agenda legislativa".

E daí? Daí, noves fora, nada. Não ajuda muito considerar uma perfídia as MPs baixadas por Lula. O importante é alterar o sistema. Mas o tom melífluo de Tião Viana esclarece sua intenção a respeito. Ele afirma estar "convencido de que há saídas para o problema" e que vai "debatê-las com os colegas".

Em resumo, se vencer e vier a se sentar na cadeira de couro tingido de azul da presidência do Senado, Tião Viana já tem uma desculpa.
Depois de alguns meses de inação, será indagado por que não cumpre a promessa de alterar a regra das MPs. Responderá: "Eu tentei, mas meus colegas não quiseram".

O mais estapafúrdio nessa história é a empreitada de Tião Viana estar sendo, em grande parte, apoiada por senadores de oposição. PSDB e DEM não têm candidato próprio.

Acreditam ou fingem acreditar na promessa vaga do petista Viana contra o petista Lula. É difícil saber quem engana quem.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

TUDO AO CONTRÁRIO

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

RIO BRANCO: PASSADO E PRESENTE

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

VIRADA DE ANO EM RIO BRANCO







As belas imagens foram clicadas pelos fotógrafos Gleilson Miranda e Sérgio Vale, ambos da Secom. Clique na imagem para ampliá-las.