José Mastrângelo*
Surge faz uma década com o advento do vianismo ao governo do Estado do Acre, que planta a florestania (neologismo não enraizado nos dicionários de língua portuguesa) como modelo de “desenvolvimento sustentável”.
Desde aquela época, opõe-se à florestania, que é considerada desumana e nociva à sociedade por não conseguir sustentar o povo em suas necessidades básicas e empurrá-lo para mergulhar nas profundezas, que ficam abaixo da linha de pobreza.
A oposição contesta veementemente a maneira vianista de governar o Estado, que tem muito a ver com as ditaduras de Stalin (stalinismo), Hitler (nazismo), Mussolini (fascismo), autoritárias, totalitárias e sangrentas.
O vianismo concentra o poder na mão de um só, que passa a ser venerado e adorado e que conduzirá os destinos do Estado com a força, relegando os demais poderes constituídos a serem meros coadjuvantes de suas ordens inquestionáveis.
A arrogância é muito pretensiosa. Chega ao ponto de o vianismo substituir o símbolo do Estado “Nec luceo impar” com uma árvore, que ainda continua incólume em prédios públicos, ruas e avenidas, palácios e estádios, motos e carros.
Ao culto da árvore rendem-se covardemente mentes e corações, pessoas e instituições, sindicatos classistas e movimentos sociais, cantando e seguindo a mesma canção. Marina aparecida é venerada na Biblioteca da Floresta. Os movimentos sociais ocupam espaços públicos generosos, cedidos gratuitamente pelo poder estatal. Os meios de comunicação social aceitam a censura prévia às noticiais e às imagens. As construtoras fazem o seu preço. As igrejas vendem-se ao poder dos homens, no lugar de louvar a Deus e difundir fé e esperança.
A ética não tem valor no “governo da floresta”. O vianismo viola os elementos fundamentais de uma convivência social sólida e pacífica. Não respeita os indivíduos. Quem é contra sofre as penas da perseguição, obstrução, marginalização e exclusão. A malandragem toma conta do tecido cultural, econômico e político. O medo e o terror servem para manter a consciência do povo sob controle.
O modelo de “desenvolvimento sustentável” (conceito de conteúdo duvidoso) é a aposta que o vianismo faz que, em verdade, leva milhares de famílias acreanas ao abandono a à falência total. Mais da metade da população acreana mergulha abaixo da linha de pobreza.
O vianismo é “visível” e “transparente” principalmente na Capital do Estado com suas ruas que viraram avenidas, pontes e arena da floresta, caffés e theatros, que visualizam pura beleza às custas da maioria da população riobranquense, que permanece em situação de miséria, sem água e esgoto, barro e poeira, segundo as épocas do ano.
A oposição denuncia essas calamidades. Apesar de suas voz ter pouca ressonância, porém mantém-se firme em seu propósito de mudar as coisas. Mais de 48% da população não concorda com a florestania do vianismo. Está sensível para sair dessa situação de opressão sufocante.
As eleições, que se aproximam, renovam a esperança da oposição, que poderá ter êxito desde que refute lideranças, que ainda se aninham em seu meio sem sê-las verdadeiramente.
A oposição à florestania exige lideranças de postura moral inquestionável, coerentes e audaciosas, que possam enfrentar os Golias com as pedras dos David. Com certeza, não serão os M e nem tampouco e os P da vida, que derrotarão a ditadura vianista.
* Filosofo, Teólogo e Colunista do site Folha do Acre
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