Na última semana, os jornalistas do Acre foram agraciados com a nona edição do prêmio Jose Chalub Leite. Sendo considerado, por alguns, como uma das maiores premiações do país, serviu apenas para valorizar a subserviência dos veículos de comunicação e dos jornalistas que completam a tal acreanidade que o “governo da floresta” tanto prega aqui e no mundo a fora.
Com matérias sem sal, sem senso critico e o principal, sem independência editorial, os jornalistas do Acre taparam o sol com a peneira e vendaram os próprios olhos e o da população para o que acontece de real aqui na terrinha de Galvez.
No acre, tudo pode. Assim é meu pensamento em relação a essa pocilga considerada como estado por meia dúzia de alienados que passeiam em seus carrões do ano e se exibem em colunas sociais.
Hoje, não existe, sequer, um só veiculo de comunicação não dependente da verba do governo. E para a minha frustração e de todos aqueles que buscam a verdade, a Secretaria de Comunicação do Estado do Acre, encabeçada pelos caciques petistas, vetam, omitem, cancelam, bloqueiam tudo aquilo que é de interesse social, que possa ser prejudicial para a imagem onipotente do governo.
É uma vergonha, mas é a realidade que infelizmente impera na acreanidade, que o governo e os seus, enchem a boca para colocá-la em primeiro lugar. Se for pra se assim, prefiro ser boliviano. Lá na terra do Evo, eles brigam por seus ideais, suas famílias, seus direitos. Aqui, a população briga por esmolas do governo, como o Bolsa Família e etc.
As vezes penso no que meu pai dizia: - você tem certeza que quer cursar jornalismo? Eu, jovem e iludido com a futura profissão, nunca dei um passo atrás com relação a decisão de ser um jornalista. Hoje em dia, minha visão é desoladora. Vejo nas redações locais uma verdadeira máfia de péssimos profissionais em que o vicio do mau jornalismo e o do dinheiro público tomou de conta de seus ideais, Isso, se um dia eles estiveram essa dádiva.
Matérias simples, reportagens completas, tudo, sem exceção, passa pela benção da comunicação oficial do estado. Quem ousa desafiar o sistema, corre o risco de represálias financeiras e o descrédito de todos..
A mídia local é uma grande assessoria de imprensa, que tem como único cliente o estado e não a sociedade. O profissional que pensa diferente, coitado...
Texto enviado por um leitor anônimo.
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