domingo, 5 de abril de 2009

BINHO ERA FELIZ E NÃO SABIA

O governador do Acre, Arnóbio Marques, na ânsia de popularizar sua administração, acaba enfiando os pés pelas mãos. Já é a segunda vez, em menos de um mês, que o administrador maior da terra de Chico Mendes, mete o próprio dedo na ratoeira.

Na primeira intervenção, Binho Marques defendeu com unhas e dentes o Assessor Especial dos Povos Indígenas do Estado Francisco Pianko, contra as acusações de estupro em aldeias no interior do Acre. “Eu não vou afastá-lo do cargo”, decretou.

Nesse caso, Pianko está sendo investigado pelo Ministério Publico Federal com o apoio da Policia Federal. Esses órgãos prometem dar uma resposta sobre o assunto em breve.

Marques disparou criticas aos jornalistas por causa da repercussão do caso Pianko. Nenhum nome de profissional da comunicação foi citado, mas ficou no ar uma impressão de que houve exagero em suas palavras, generalizando com a categoria.

No entanto, o petista falou como sendo o homem que pagava as contas dos jornais. No sentido de que ou seguem a cartilha ou rua. Os contratos de publicidade dos periódicos locais com o governo seriam cancelados. A mamata acabaria.

Lembrando que donos de jornais, em suas colunas, pediram a cabeça do assessor indígena.

Na mesma ocasião, Binho disse a frase marcante, que inaugura o segundo dedo intrometido em uma questão polêmica. “Estão com saudades do tempo da roubalheira. No Acre de hoje, os empresários estão ganhando muito dinheiro, mas de forma decente. Ninguém no meu governo ganha dinheiro com corrupção”, esbravejou.

Em relação ao parágrafo anterior, na última sexta-feira, 3, a assessoria do MPF divulgou nota a imprensa dizendo que ex-diretores do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre), e empresários de construtoras que trabalharam na BR 364 na época da administração, do também petista, Jorge Viana, foram denunciados pelo desvio de verbas públicas no valor de R$ 22,8 milhões de reais, relativos a trechos das obras de pavimentação e restauração na rodovia.

Segundo o jornal A Tribuna, edição deste domingo, 5, o governador deu a seguinte resposta as novas denuncias. “Esse desvio não existe. Isso é um absurdo. Se eles realmente erraram, foi porque pensaram que poderiam construir mais com os recursos que tinham no governo. O erro foi acreditar que os recursos seriam suficientes”.

Pra quem não falava muito, Binho tem opinado bastante. Pena que ultimamente tem caído em contradição.Ele era feliz e não sabia.

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