Jeferson Ribeiro
Do G1, em Brasília
O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), e o presidente licenciado do PMDB, deputado Michel Temer (PMDB-SP), confirmaram nesta terça-feira (20), após jantar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada, o anunciado acordo eleitoral que prevê a união dos dois partidos para sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A chapa anunciada pelos dois partidos terá a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, como candidata à presidência e o vice dela será indicado pelo PMDB em 2010.
"Tivemos hoje uma conversa com o presidente Lula, ministros dos dois partidos e líderes do Congresso para formalizar um compromisso político que tem o objetivo de caminharmos juntos em 2010. Esse compromisso político vai trazer alguns pontos básicos desse processo que vamos divulgar amanhã", disse Berzoini ao sair do jantar.
Eles informaram que os partidos irão divulgar na manhã desta quarta-feira (21) um documento com vários pontos que delimitam a aliança e demonstram a necessidade de ouvir as bases dos partidos nos estados.
Segundo Temer, esse documento vai informar que todos os partidos do arco de alianças do governo Lula serão convidados a formar a coalizão de governo para 2010 e que todos participarão da elaboração do programa de governo e da coordenação da campanha da ministra Dilma.
"Destacamos desde já que a chapa majoritária tem a composição do PT e do PMDB como composição que nós definimos como a dos dois maiores partidos da coalizão que sustenta o governo Lula e que nós pretendemos que sustente a candidatura da ministra Dilma Rousseff", disse o presidente petista.
Aliança nos estados
Temer e Berzoini fizeram questão de frisar que os dois partidos se esforçarão para repetir a mesma aliança nos estados, mas que as divergências não devem comprometer o compromisso firmado nesta terça-feira.
"No PMDB temos um grande patrimônio dos nossos companheiros nos municípios e nos estados. Então, num dos últimos pontos dessa nota [que será divulgada na quarta-feira] surgirá a ideia de que nós vamos com isso consultar os vários companheiros nos estados e tentar solucionar em conjunto as questões entre PT e PMDB tentando reproduzir esse pré-acordo que fizemos aqui nos estados", disse Temer.
Questionado se as divergências estaduais podem comprometer o acordo firmado com Lula, o presidente do PMDB disse que não. "Não acredito nisso no PMDB. Mas, temos que prestar atenção nas questões regionais. Acredito que o fato de hoje foi muito significativo", salientou.
Temer negou ainda que ele será o vice na chapa encabeçada por Dilma. "[Esse] nome é fruto das circunstâncias políticas do PMDB no ano que vem", afirmou.
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