terça-feira, 2 de junho de 2009

PETROBRÁS NEGA EXISTÊNCIA DE PETRÓLEO NO ACRE

Da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Petrobras negou ontem que existam duas novas descobertas de gás e óleo a serem anunciadas. A Folha revelou que o presidente Lula fora informado da descoberta de duas reservas: uma de gás e óleo no Acre, outra de gás no noroeste mineiro.

As informações foram dadas a Lula em caráter reservado. Não podem ser divulgadas oficialmente antes da comunicação à ANP (Agência Nacional do Petróleo).

"Não existe nenhuma descoberta a ser anunciada nestas áreas e a Petrobras não tem blocos exploratórios no Acre. Em relação à área do noroeste de Minas Gerais, foi concluída a aquisição sísmica e o primeiro poço deve ser perfurado até 2011", disse a Petrobras em nota.

Extraoficialmente, a Petrobras fez pesquisas no Acre. Em certos casos, quando ela descobre uma reserva, avisa a ANP, que precisa leiloar a área para então adquirir a concessão do bloco.
O anúncio das descobertas deve ser feito quando for divulgada a proposta de projeto de lei com novas regras para explorar petróleo, em meio à ofensiva do governo para acusar a oposição de tentar prejudicar a estatal usando a CPI da Petrobras.

Na nota, a Petrobras disse que "cumpre suas obrigações junto à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis -ANP, ao divulgar todos os indícios de petróleo em até 72 horas após a comprovação". A empresa "destaca também sua política de divulgação de informações ao mercado, que tem por norma anunciar as descobertas de petróleo e gás natural sempre que obtiver dados conclusivos sobre a potencialidade dos blocos explorados em concessão".

Veja a íntegra da nota da Petrobras:

"A Petrobras informa que não procede a informação veiculada hoje (01/06) na Folha de São Paulo sobre o anúncio de duas grandes reservas de petróleo e gás natural no Acre e no noroeste de Minas Gerais. Não existe nenhuma descoberta a ser anunciada nestas áreas e a Petrobras não tem blocos exploratórios no Acre. Em relação à área do noroeste de Minas Gerais, foi concluída a aquisição sísmica e o primeiro poço deve ser perfurado até 2011.

A Companhia esclarece que cumpre suas obrigações junto à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP, ao divulgar todos os indícios de petróleo em até 72 horas após a comprovação. Destaca também sua política de divulgação de informações ao mercado, que tem por norma anunciar as descobertas de petróleo e gás natural sempre que obtiver dados conclusivos sobre a potencialidade dos blocos explorados em concessão."

Nota da assessoria do senador Tião Viana:

"Em relação à existência de uma grande reserva de gás e óleo no Acre, conforme publicou nesta segunda-feira o jornal Folha de São Paulo, o senador Tião Viana (PT-AC), que sempre fez um enorme esforço político para tratar desse assunto em favor do estado, prefere manter-se reservado tendo em vista os critérios éticos da função de Estado que envolve a Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Há 10 anos, o senador acreano empreende esforços para viabilizar estudos de prospecção sobre o potencial geológico de minerais fósseis, especialmente de petróleo e gás, nas bacias sedimentares do Solimões e de Madre di Dios, que envolve todo o território acreano. Neste período, o parlamentar tem compartilhado todas as informações sobre o assunto com os governos Jorge Viana e Binho Marques e as áreas ambientais do governo acreano.

No ano de 2000, Tião Viana aprovou emenda junto ao Plano Plurianual (PPA) do governo federal prevendo recursos para a execução de prospecção de gás e petróleo em território acreano. E em 2006, o senador ajudou a viabilizar a liberação de R$ 40 milhões junto ao Ministério do Planejamento para a execução completa dos trabalhos de prospecção no estado.

O senador Tião Viana destaca que a questão da prospecção de combustíveis fósseis no Acre envolve uma decisão estratégica do governo federal, respeitando sempre os critérios socioambientais e a coerência do projeto de desenvolvimento sustentável que o Acre vive e que ele defende no que diz respeito às populações tradicionais e ao meio ambiente."

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