Seis policiais militares executados em 1 ano no Acre. Desses, três somente nos primeiros dez dias de novembro. Outros tantos, alvejados em tiroteios, durante o exercício da função, agonizam em enfermarias e engrossam dados que estarrecem.
Os números contrapõe discursos sem nexo, produzidos em parlamentos e gabinetes, de que o Estado respira a paz.
Aturdido, pressionado e, claro, “ferido” igualmente, o comandante da PM dispara verdades que obrigam o Judiciário a rever seus conceitos: de cada 10 crimes, 9 são cometidos por bandidos reincidentes, ex-presidiários.
Que critério se usam para pôr em liberdade tantos marginais? É verdade que eles, ao serem libertados, já pagaram sua dívida com a sociedade? Quando debaterão esse assunto com a liberdade que a realidade exige? Por que não hão há homem capaz de cobrar isso de juízes e desembargadores?
Cabe ao poder público criar condições para desinchar as cadeias e presídios. Não é mais tolerável que a desculpa da superlotação seja usada, sobretudo por, diretamente, ensejar risco de morte aos cidadãos de bem.
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