terça-feira, 31 de março de 2009

ALBERAN MORAES


Cantor e compositor cruzeirense.

segunda-feira, 30 de março de 2009

NOVELA FLORESTAL

"Nos corredores do SPT- Sistema Público de Televisão só se fala que ninguém esperava o fiasco da nova novela florestal logo no segundo capítulo, quando o irmão de uma índia disse que ela já não era nenhuma apurinã quando conheceu o Pianko. Nos próximos capítulos, os autores da novela esperam provar que as índias não estupraram o Perí, que o agente do MPF não é voyer ,e ainda tentarão salvar a advogada de ser queimada na fogueira sem tempo de provar que nem de Carnaval a pobre gosta. Debaixo dos edredons do SINJAC – Sindicato dos Indios Noveleiros Jecas das Aldeias Comissionadas não se dá um piu sobre o assunto".

Comentário do humorista Antonio Klemer (FOTO). Para ver essa e outra picuinhas, clique aqui.

domingo, 29 de março de 2009

DROGA GERANDO RENDA

A Policia Federal apreendeu ontem, próximo de Senador Guiomard, cerca de 22 kg de cocaína, divididos em 64 pacotes, vindo da Bolivia.

Se tem uma coisa que dá dinheiro no Acre, isso é a venda de droga.

Semana passada, o Deputado Estadual Walter Prado, ex - comandante do Policiamento do Acre, disse na Tribuna da Assembleia que no Acre cerca de 20 mil pessoas vivem do tráfico de drogas direta ou indiretamente e que os números divulgados pelo governo são todos maquiados.

Depois dessa...

O VOO DO TIÃO

Por Binho Marques

Uma geração que um dia foi chamada de "meninos do PT" mudou a política do Acre, amadureceu no Governo e realiza melhorias significativas para o nosso povo. Mas o rótulo "meninos do PT" era duplamente injusto, porque além de meninas como Marina Silva, excluía o DNA suprapartidário da Frente Popular.Pela capacidade de realização dos nossos governos, também criaram uma mania de citar essa ou aquela obra como a mais expressiva da Frente Popular.

Fala-se de estradas, economia, educação. Mas para mim a conquista mais importante da nossa geração foi reunir um grupo de pessoas capazes de colocar o Acre acima dos seus projetos pessoais. Isto é a raiz da nossa luta.

Para não cometer inevitáveis omissões, ilustro a qualidade deste grupo lembrando que nele se reuniam desde sonhadores universitários de classe média até trabalhadores formados na mais dura realidade da vida, como Chico Mendes.

Trazer essa decisão até aqui custou muito trabalho, provações e até sacrifícios a muitos daqueles meninos e meninas de tempos atrás. É claro que chutamos muitas bolas fora, mas nunca abrimos mão da esperança nem do dever ético.

Por isso chateia quando figurinhas carimbadas por todo tipo de vício político aprontam confusões como esta criada contra o senador Tião Viana, depois que ele disputou a presidência do Senado e defendeu lá a mesma renovação que fizemos aqui.

Da mesma forma que, na falta de idéias alternativas, apostam no "quanto pior melhor", políticos de baixa qualidade sempre tentam nivelar tudo por baixo.

O mandato do senador Tião Viana é um apoio seguro em Brasília. Busca recursos, articula políticas públicas, agiliza processos decisivos para as realizações dos nossos governos. É assim comigo e foi assim com o ex-governador Jorge Viana. Essa contribuição também acontece com o governo do presidente Lula, inclusive em relação a chamada governabilidade, por sua interlocução acreditada no Plenário e na opinião pública nacional. Ao lado da senadora Marina Silva e dos companheiros na Câmara dos Deputados, Tião resgatou nossa bancada Federal como uma instância da política acreana respeitada pelo Brasil e indispensável para o Estado.

Graças a Deus, conseguimos mudar e melhorar o Acre porque, vinte anos atrás, reunimos aquele grupo disposto a fazer política colocando uma causa coletiva acima dos nossos projetos pessoais. Uma causa coletiva que nos exigiu resistência e agora pede paciência. Nesse momento, pede muito mais do Tião, vítima de ataques que resvalam covardemente até na família que ele tanto ama, cuida e preserva.

Além da seriedade e da competência na política e na medicina, Tião é uma pessoa solidária. Por isso ele não pode e não deve entrar nessa disputa de ódio e rancor para a qual querem lhe puxar. Tem que agir como o piloto de uma historinha que me contaram outro dia. Era um homem que sonhava poder voar e passou muito tempo construindo um pequeno avião de asas cobertas de pano. Mas quando finalmente conseguiu levantar voo e alcançar os céus, o homem logo percebeu que seu sonho ameaçava se tornar tragédia. No longo tempo que trabalhava no motor, dezenas de ratos haviam se abrigado na estrutura do avião e, em pleno voo, devoravam avidamente o pano das asas. Ele calculou que não havia tempo para voltar à terra firme, porque antes o estrago nas asas derrubaria seu avião. A única solução era livrar-se dos ratos rapidamente. Foi então que pensou: - Ratos vivem em esgotos, não devem suportar os céus. E ao invés de descer, voou cada vez mais alto. No ar rarefeito das alturas, os ratos perdiam força e caiam um atrás do outro.

Assim deve ser o voo do Tião. Cada vez mais ético, mais esperançoso, mais transparente e limpo, longe do alcance dos roedores de dignidade.

*Binho Marques, 46 anos, governador do Acre.

quarta-feira, 25 de março de 2009

BRINCADEIRINHA

A violência em Rio Branco ganha todos os dias várias páginas policiais nos jornais locais. Credo!

O Cartunista Marino, do Charge Online, criou a obra acima.

ACREANO OU ACRIANO?


Da Agência Folha

Cento e seis anos após a declaração de sua independência da Bolívia, um movimento de resistência toma forma no Acre. O inimigo, desta vez, é o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que transformou os "acreanos" em "acrianos".

A opção, segundo a Academia Acreana de Letras, sempre foi facultativa, mas o "i" nunca foi usado nas ruas, documentos, hino e até no nome da entidade.

"'Acriano' soa esquisito. Somos 'acreanos' há mais de cem anos, quando decidimos que não éramos bolivianos, e sim brasileiros, e conseguimos a independência. A mudança mexe nas nossas raízes históricas e cultuais", diz a deputada federal Perpétua Almeida (PC do B-AC), que lidera o movimento.

A reação conta com políticos, jornalistas e intelectuais do Estado, que prometem criar um blog para dar início ao "Fórum de Defesa da Nossa Acreanidade" _a ser hospedado no site da Assembleia Legislativa. No espaço, as pessoas vão poder manifestar repúdio (ou apoio) à mudança ortográfica.

"As pessoas já dizem: 'na minha caneta mando eu'", diz Almeida, que promete fazer contato com acrianos famosos para "reforçar" o movimento, como a escritora Glória Perez e o jornalista Armando Nogueira.

Para evitar a mudança, a Academia Acreana de Letras terá de manifestar um posicionamento oficial sobre o assunto e apresentar recurso à ABL (Academia Brasileira de Letras).

O argumento não é dos mais simples: "O novo código misturou no mesmo saco antropônimo com topônimos", afirma Luísa Galvão Lessa, "acreana", pós-doutora em Lexicologia e Lexicografia pela Universidade de Montreal (Canadá) e membro da academia acriana. Isso significa, segundo ela, que a regra valeria para nomes de pessoas, mas não para palavras referentes a localidades.

Segundo Lessa, a mudança provocou "depressão". "Quando se fala 'acriano' parece que estamos falando de alienígenas, não sobre nós", conta.

Por meio da assessoria de imprensa da ABL, o coordenador da Comissão de Lexicografia e Lexicologia da ABL e um dos responsáveis pela elaboração do vocabulário, Evanildo Bechara, diz que o sufixo "iano" é empregado para nomes terminados em "e" um exemplo seria "açores", que vira "açoriano".

A ABL diz considerar positivas as manifestações como esta do Acre porque, assim, a sociedade pode discutir questões relacionadas à língua. Segundo a assessoria da academia, "nunca houve no país uma discussão tão rica e profícua".

segunda-feira, 23 de março de 2009

AS APARÊNCIAS QUE NÃO ENGANAM


Por Otávio Cabral- Da Veja

Parecia que a disputa de poder entre o PT e o PMDB caminhava para uma fissura de consequências imprevisíveis. Parecia que as rusgas entre os senadores Tião Viana e José Sarney faziam parte de um processo de expurgo de velhos vícios incrustados no Parlamento. Parecia até que as sucessivas e recentes denúncias de mordomias, nepotismo e fisiologismo no Senado ajudariam a catalisar uma onda de moralização de práticas e costumes. Em Brasília, porém, as aparências enganam – e enganam muito. Na semana passada, PT e PMDB se reuniram e combinaram um pacto de não agressão. Como a briga tinha raízes em disputa de espaços, nada tão simples para atender a quem reclamava quanto ceder um pouco mais de espaço, ou seja, uns cargos e umas verbas a mais. Assim foi feito, e selou-se o acordo de paz. O litígio entre Sarney e Tião também foi contornado da maneira mais pragmática possível no universo dos políticos. Tião denunciava Sarney por práticas fisiológicas. Sarney denunciou Tião por práticas fisiológicas. Como a troca de acusações chamusca a imagem de ambos, combinou-se um conveniente cessar-fogo. Dessa forma, a única coisa que vai continuar parecendo exatamente o que é é a imagem do próprio Senado – péssima e, mais grave, sem nenhuma perspectiva de mudança.

Tome-se como exemplo apenas o último escândalo. Descobriu-se que no Senado há 181 diretores – dois para cada senador – com salários que ultrapassam os 18.000 reais. É diretor de garagem, diretor para cuidar do check-in nos aeroportos, diretor de programa de ondas curtas. Diretorias bizarras que servem apenas para aumentar o salário dos servidores em cascata. A notícia provocou protestos no Parlamento a ponto de o presidente do Congresso, José Sarney, anunciar, sem pestanejar, que acabaria de imediato com metade dos cargos. Passados alguns dias, ele reduziu o corte para cinquenta e há quem aposte que pouca coisa vai mudar. Sarney, afinal, foi o responsável pela criação de 70% das tais diretorias. As demais saíram da caneta perigosa dos ex-presidentes Renan Calheiros e Jader Barbalho, ambos também especialistas em fazer caridade privada com dinheiro dos contribuintes. Nas últimas semanas foram várias as denúncias de uso de recursos públicos para fins pessoais (veja o quadro) sob as mais diversas formas de abuso. O presidente José Sarney, porém, prometeu que as distorções serão corrigidas.

A crise no Senado tem preocupado muito o governo, mas por outros motivos. Nada a ver com as fraudes, os desvios, o desperdício dos senhores senadores. Horas depois de retornar dos Estados Unidos, onde se encontrou com o presidente Barack Obama, Lula pediu a seu chefe-de-gabinete, Gilberto Carvalho, e ao ministro das Relações Institucionais, José Múcio, um informe detalhado sobre a situação. Na avaliação do presidente, a experiência mostra que uma briga entre dois partidos aliados tem mais poder destrutivo do que qualquer embate com a oposição. O risco, segundo o presidente, é a disputa extrapolar o limite do Congresso, contaminar os ministérios e inviabilizar a aliança em torno da candidatura de Dilma Rousseff. Cumprindo ordens do presidente, Múcio reuniu em um jantar os petistas Aloizio Mercadante e Ideli Salvatti, os peemedebistas Renan Calheiros e Romero Jucá, além do senador Gim Argello, do PTB. O PMDB se comprometeu a encerrar os ataques a Tião Viana e a ceder ao PT a liderança do governo no Senado. O PT garantiu que cessarão os ataques a Sarney e concordou com a entrada de um representante do PMDB na coordenação de governo. "Os dois lados se comprometeram a segurar seus exércitos. Os partidos, o Executivo e o Legislativo só têm a perder com essa disputa", afirma Múcio. O governo comemorou o desfecho e acredita que tudo voltará ao normal já a partir desta semana.

Em nome da tranquilidade – sempre ela –, o governo dá um jeito de empurrar para dentro do armário os problemas, desta vez no Senado. Na semana passada, a disputa ganhou ares de guerrilha. Aliados de Tião e de Sarney passaram a dar estocadas certeiras contra os rivais. Foi descoberto, por exemplo, que Sarney escalou sete policiais do Senado para vigiar sua casa em São Luís, e que sua filha, a senadora Roseana Sarney, utilizou passagens pagas pelo Senado para trazer amigos, familiares e aliados políticos do Maranhão para Brasília, além de hospedá-los na residência oficial da presidência da Casa. O contra-ataque veio no mesmo território com a revelação de que Tião Viana emprestou um celular do Senado para sua filha levar a uma viagem de quinze dias pelo México. "Se pretendem me intimidar com isso, quero deixar claro que, pela minha filha, respondo eu. Felizmente, ela não tem sobre a mesa 2 milhões de reais nem a Polícia Federal à sua volta", afirmou, em uma clara referência a Roseana, que teve esse montante apreen-dido na sede da empresa Lunus, que mantinha em sociedade com seu marido, quando era candidata à Presidência da República, em 2002. Tião tentou sem sucesso mostrar que cometera apenas um equívoco, e não um erro grave. Após o caso do celular ter explodido, um assessor de Sarney procurou Tião e o provocou: "De filha para filha".

Se, por um lado, esse surto de moralidade desgasta a imagem do Congresso, por outro também serve para resgatá-la. É em crises que se revelam os desvios da instituição e surgem as possibilidades de mudança. "Os políticos são pragmáticos e reagem quando são descobertos. E hoje em dia a sociedade cobra mais, pois está cada vez com mais escolaridade e mais acesso à informação. A leniência com a corrupção é menor", avalia o cientista político Alberto Carlos Almeida, do Instituto Análise. "De escândalo em escândalo, as instituições vão se reformando e melhorando. A velocidade é menor do que a necessária, mas é assim que as coisas mudam." Apesar do esforço federal em contrário, é improvável que a crise no Senado desapareça. Há uma disputa entre grupos de funcionários em torno da sucessão dos diretores que caíram por corrupção. E esses grupos de interesse são incontroláveis. Além disso, o clientelismo é da natureza de grande parte dos políticos. "Há uma tradição patrimonialista, o dinheiro público dos impostos dos contribuintes é apropriado privadamente pelos políticos", analisa o filósofo Denis Rosenfield, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. "Junte-se ao patrimonialismo a certeza da impunidade e chega-se ao quadro vivido hoje no Congresso."

domingo, 22 de março de 2009

SUMMER OF 69

Clássico de Bryan Adams

sábado, 21 de março de 2009

ACREANO OU ACRIANO?

Por Luisa Galvão Lessa*

Tem-se observado, nos primeiros meses deste 2009, o uso surpreendente do adjetivo gentílico acriano ao invés de acreano. Este último tem o uso consagrado em meio à população regional. Indaga-se, então, quem resolveu, de última hora, mudar a forma de grafar o adjetivo? A Academia Acreana de Letras, Lei, Decreto Governamental, vontade popular?

Recomenda o bom senso e a política do idioma observar alguns pontos fundamentais. Uma língua não muda de uma hora para outra. As mudanças se dão de forma gradativa, sem que os falantes percebam. Habitualmente, essas mudanças ocorrem por forças de fatores internos ou externos, tais como influência de outro idioma, avanços tecnológicos que alteram ou modificam os hábitos de vida das pessoas, índice de escolaridade, fatores culturais etc. E, quando a vida muda, a tendência da língua é acompanhar as mudanças gradativas que se dão no seio de uma comunidade. Mas nada acontece da noite para o dia, exceto os casos expressos em Lei.

Aqui no Brasil, por Decreto, já se proibiu o uso da língua tupi. E aquelas pessoas apanhadas na rua, falando o idioma nativo, deviam ser punidas severamente. E, agora, também será assim? Quem for flagrado falando acreano ou escrevendo acreano vai ser preso? E quem tem num documento escrito ser acreano, também será castigado? Recomenda o bom senso ter-se cuidado e atenção com essas medidas repentinas. Tudo requer estudo, análise, pesquisa e, até mesmo, consulta popular. Já se mudou o fuso horário do Acre sem consulta à população, que hoje amarga o despertar no escuro para ir à escola, ao trabalho.

Considerando o caso epigrafado neste texto, passa-se a fazer um breve estudo de caso sobre o uso “certo” ou “errado” desse adjetivo acreano ou acriano.

I - ADJETIVOS PÁTRIOS

São os adjetivos que indicam a nacionalidade, a pátria, o lugar de origem dos seres em geral. Podem ser chamados de gentílicos, quando designam grupos étnicos ou raça. A maioria desses adjetivos forma-se pelo acréscimo de um sufixo ao substantivo que os origina. Os principais sufixos formadores de adjetivos pátrios são: -aco, -ano, -ão, -eiro, -ês, -ense, -eu, -ino, -ita. Vejam-se alguns deles:

Açores = açoriano; Campinas = campineiro, campinense; Goiânia= goianiense;

Lisboa = lisboeta, lisbonense; Maceió = maceioense; África = africano; América = americano; Ásia = asiático; Europa = europeu.

II - ESTADOS DO BRASIL

Acre = acreano, acriano. Segundo o Formulário Ortográfico, a forma adequada é acriano, mas, sem dúvida, a forma preferida da população é acreano, considerando ser a forma usual do povo desde a criação do Território do Acre. Assim, o uso faz a força e não o contrário; Rondônia = rondoniano, rondoniense (duas formas); Sergipe = sergipano; Teresina = teresinense; Santa Catarina = catarinense, santa-catarinense, catarineta, catarinete, caterinete, catarino, barriga-verde (sete formas); Goiânia = goianiense. São uns poucos exemplos a ilustrar o uso que se faz desses adjetivos, em obediência ao processo de formação de palavras e, também, em respeito ao uso eleito pela população.

III – REGISTRO EM DICIONÁRIOS RESPEITÁVEIS DO IDIOMA PÁTRIO: AURÉLIO, HOUAISS e NASCENTES

3.1. Provável etimologia

Topônimo Acre (Brasil) + -iano é uma provável alteração de Aquiri, forma pela qual os exploradores da região grafavam a palavra Uwákürü (ou Uakiry), vocábulo do dialeto Ipurinã. Em 1878, o colonizador João Gabriel de Carvalho Melo escreveu ao comerciante paraense, Visconde de Santo Elias, pedindo-lhe mercadorias destinadas à "boca do rio Aquiri". Como em Belém o dono e os empregados do estabelecimento comercial não conseguissem entender a letra de João Gabriel ou porque este, apressadamente, tivesse grafado Acri ou Aqri, em vez de Aquiri, as mercadorias e faturas chegaram ao colonizador como destinadas ao Rio Acre - esta é a versão encampada pelo IBGE. Todavia, há outras hipóteses: der. de Yasi'ri, Ysi'ri 'água corrente, veloz' ou do tupi a'kir ü interpretado como'rio verde'; var. acreano; cf. Nascentes (vol. II).

3.2. Acreano, adjetivo e substantivo masculino relativo ao Estado do Acre ou o que é seu natural ou habitante; acreano. (Houaiss)

3.3. Acriano - [Do top. Acre + -iano.]

Adj.

1. Do, ou pertencente, ou relativo ao Estado do Acre.

S. m.

2. O natural ou habitante do Acre.

[É menos boa a grafia oficial, acreano.] (Aurélio). Mas não diz ser errada.

3.4. Acreano

Adj.

S. m.

1. V. acriano. Aqui, também, o estudioso considera as duas formas. (Aurélio)



IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS

O filólogo Antônio Houaiss (foi meu professor e faleceu em 1989), autor do atual Acordo Ortográfico entre países de Língua Portuguesa, um dos homens mais cultos que este país já contou entre seus ilustres filhos, afirma que, desde 1911, vem impondo-se, na língua culta, a regra segundo a qual só se escreverá –eano quando a sílaba tônica do derivante for “e” tônico ou ditongo tônico com base em “e” ou, em que, mesmo átono, o “e” for seguido de vogal átona. Exemplos: arqueano (Arqueu), daumeano (Daomé), egeano (Egeu), galileano (Galileu), lineano (Lineu). Os demais serão sempre em –iano: acriano (Acre), ciceroniano (Cícero), freudiano (Freud), Camiliano (Camilo) etc. Em obediência a essa regra, teríamos de escrever acriano (com “i”).

De qualquer forma, quem elabora a evolução, quem faz a língua, contrariando, às vezes, a forma proposta pelos gramáticos e filólogos, é o falante. E este, no caso específico, ainda não decidiu nada sobre a mudança para acriano, mesmo porque existe uma forma consagrada pelo uso. Percebo que começam, agora, a avistar, pela primeira vez, o adjetivo gentílico “acriano”. Algumas pessoas até se assustam e pensam tratar-se de erro crasso, uma gralha condenável. Assim, embora os gramáticos e dicionaristas tradicionais como “Aurélio” e “Houaiss” tragam acriano como ‘a melhor forma’, eles não consideram errado grafar acreano. Ademais, não se pode perder de vista que o uso faz a forma. E desde que o Acre é Acre sempre se escreveu acreano. Esta é a forma consagrada pelo uso.

Tenho 61 anos e nunca vi outra grafia aqui em nossa terra. Seria o caso de indagar-se à população, por um plebiscito, se desejam ser “acreanos” ou “acrianos”. A depender de uma resposta positiva pela nova grafia, que ora figura em textos oficiais e em jornais locais, haveria um Projeto de Lei confirmando a nova forma. Esta seria comunicada aos poderes constituídos para adoção do uso nos documentos oficiais, livros, cartórios etc. Não se muda uma forma pelo gosto de uns poucos e sim pela opção da maioria das pessoas.

Desse modo, compreendo que somente o futuro dirá se a forma predominante será acriano (com “i”) ou acreano (com “e”). A própria autoridade competente poderá, futuramente, determinar qual a forma oficial a ser utilizada, após estudo e consulta popular. Também poderá deixar permanecer as duas formas: acreano e acriano. É estudo que pode ser solicitado à Academia Acreana de Letras. Consideram-se, ao final, as sábias palavras de Fernão de Oliveira (1536), nosso primeiro gramático, ao dizer: ‘os homens fazem a língua e não a língua os homens’.

*LUÍSA GALVÃO LESSA — É Pós-Doutora em Lexicologia e Lexicografia pela Université de Montréal, Canadá; Doutora em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Membro da Academia Brasileira de Filologia. Membro da Academia Acreana de Letras.

quarta-feira, 18 de março de 2009

TIÃO E O CELULAR


Da Agência Amazônia

Mais uma vez, o Acre é alvo de escândalo na imprensa nacional. Os personagens agora são o ex-quase presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC) e uma de suas filhas. O vexatório caso envolve o uso indevido de bem público em favorecimento pessoal. Com destaque, os principais jornais do País — Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Globo — revelam que Tião Viana deu celular do Senado para sua filha usar em viagem ao México. A conta do celular é paga pelo Senado — dinheiro do contribuinte, portanto.

O petista emprestou um dos celulares que o Senado põe a seu dispor — sem limite de gasto e pago com dinheiro público — para a filha levar na viagem ao exterior. A operação aconteceu em janeiro, época em que Tião Viana ocupava a vice-presidência do Senado e disputava a presidência. Nesse período, Viana vendia á imprensa a imagem da ética, da transparência e do novo.

Depois que o caso vazou, os jornais procuraram ouvir a versão de Viana sobre o empréstimo do celular do Senado à filha. Ao jornal O GLOBO, Viana assim justificou seu ato:

“Era a primeira vez que minha filha fazia uma viagem sozinha, por isso lhe emprestei o celular, para que eu pudesse localizá-la. Ela assumiu o compromisso de não fazer nenhuma ligação. Mas a responsabilidade é minha, e estou disposto a pagara qualquer gasto extra que tenha sido cobrado do Senado, seja de R$ 1 ou de R$ 50 mil”.

Além da justificativa nada convincente, Tião Viana partiu para o ataque. Insinuou que o vazamento dos gastos teria partido da presidência do Senado — o atual presidente é José Sarney (PMDB-AP), que derrotou Viana na eleição de 2 de fevereiro. “Se querem me intimidar com isso, quero deixar claro que, pela minha filha, respondo eu. Felizmente, ela não tem sobre a mesa R$ 2 milhões e nem tem a Polícia Federal à sua volta”, disse Viana, numa referência ao montante descoberto pela PF na sede da Lunus, da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) e de seu marido, quando ela se lançou pré-candidata à Presidência da República, em 2002.

O Senado gastou no ano passado R$ 457.800 em contas de telefones celular, diz a Folha de S. Paulo. Ainda de acordo com o jornal, o Senado também oferece aparelhos para 122 servidores escolhidos pelo diretor-geral. Anteontem, o boletim administrativo do Senado trouxe ato determinado a redução dos gastos com celular. O teto baixou de R$ 350 para R$ 300 para cargos de direção e chefia de gabinete. A Casa disse esperar economizar R$ 73.200 por ano com a medida.

Hoje, o Senado e a Fundação Getúlio Vargas assinaram protocolo de intenções para a execução de medidas de modernização da Casa. O protocolo prevê a realização de auditoria administrativa, planejamento e avaliação de recursos humanos, avaliação e monitoramento de processos e resultados e economia nos diversos serviços do Senado. No ato de assinatura do protocolo, Sarney disse não ter mais ambições na vida e afirmou que irá fazer o que for necessário para o Senado e para as instituições legislativas.

ENCHETE EM RIO BRANCO

Foto de Diego Gurgel

sexta-feira, 13 de março de 2009

GOVERNO DO ACRE REBATE REPORTAGEM DA REDE GLOBO

Logo após a reportagem "Brasil dos excluidos", produzida pelo Fantástico, foi repercutida em todo o país, citando municipio de Jordão - nos canfudós do Acre - como um dos piores lugares para se viver no Brasil, o Governador Binho Marques e sua equipe de assessores resolveram mandar uma equipe da estatal Tv Aldeia para dar uma nova versão aos fatos.

Confesso que depois que assisti a reportagem produzida pelo repórter Andryo Amaral, da Tv Aldeia, tive vontade de largar tudo na capital e rumar ao interior do Acre.


sábado, 7 de março de 2009

CHARGE DE NÉO CORREIA

sexta-feira, 6 de março de 2009

A MINHA IGREJA DO CORAÇÃO

Por Moisés Diniz*

Hoje foi uma sexta-feira de sol aqui na Amazônia. Nesses dias é como se a gente estivesse dentro de um lago, um rio, um mar e, sob as suas águas, pudesse respirar. É tanta a água e tanto o calor que, num ritual mágico, químico e biológico, somos atingidos por um morno vapor invisível. Não tocamos, mas sentimos. Não vestimos, mas é como se fossem os paramentos sagrados de uma liturgia.

Respiramos água que, na sua forma invisível, nos faz sentir como se estivéssemos respirando magicamente dentro do líquido amniótico. É como se as nossas aldeias indígenas, nossas interioranas avenidas e as margens de nossos rios fossem um útero carinhoso e o cordão umbilical fosse o nosso jeito amazônico de viver e de respirar.

Acredito que não haja nada mais adequado para comparar a Deus ou ao Espírito Santo do que o ar morno, forte e denso que nós respiramos aqui na Amazônia. Como disse: não vemos, não tocamos, mas fortemente sentimos. Sabemos que ele existe, porque ora nos exaspera e, noutro instante, nos alivia, quando as chuvas torrenciais descem para lavar as cinzas de nossas queimadas e as maledicências de nossos pecados.

Hoje, com toda a minha convicção marxista, eu senti a força de Deus, aquele mesmo que impulsionou os cristãos que foram esfolados vivos pelo capital, seja aquele da terra, das mansões, dos tribunais ou das grandes fábricas. Li a nota antológica da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), através de seu braço mais humano, a CPT (Comissão Pastoral da Terra), que denuncia o caráter parcial, reacionário e elitista das declarações do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o papel do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

Nas palavras duras e sábias dos bispos eu senti o vapor da água amazônica que se despede dos lagos e dos rios e se torna uma entidade invisível, palpável e forte, entre a terra e o céu. Eles disseram a esse senhor poderoso das instituições públicas do Brasil que a sua palavra é mais comprometedora do que a saída de Pilatos pela tangente. Gilmar Mendes adotou o poder da terra e condenou, sem julgamento, os pequeninos, aqueles que lutam, sob o sol e as balas dos jagunços, por um pedaço de chão, de onde possam tirar alimento e abrigo do calor morno do seu próprio suor.

Os bispos do Brasil dizem que Gilmar Mendes, falando do alto da montanha do poder temporal, não pode ignorar e nem esconder que, de 1985 a 2007, ocorreram 1.117 conflitos com a morte de 1.493 trabalhadores. (Em 2008, ainda dados parciais, são 23 os assassinatos). Destas 1.117 ocorrências, só 85 foram julgadas até hoje, tendo sido condenados 71 executores dos crimes e absolvidos 49 e condenados somente 19 mandantes, dos quais nenhum se encontra preso. Onde está a justiça de Gilmar Mendes?
Como pode, então, a autoridade do topo do poder judiciário manifestar-se dessa forma, condenando os pequenos, aqueles que nem terra eles têm? Como pode calar-se diante de tantos crimes? E por que tanto silêncio daqueles que receberam o nosso voto para nos defender? Por que os lutadores do povo que ganharam poder estão tão passivos, acomodados e acovardados? Será que é a maldição de que Marx falava, quando o homem não passa de um mero produto do meio? Por que os palácios encantam tanto e matam a resistência daqueles que queriam quebrar o seu poder?

Por isso a minha alegria nas palavras proféticas dos nossos bispos. Que eles continuem a rezar ao Deus das tempestades e das chuvas, das multidões em romaria e de todos os pobres da terra. Que eles continuem assim: cuidando do homem brasileiro, do seu corpo e do seu espírito. Eles nos trazem esperança e ânimo para lutar contra o poder daqueles que acham que os lobos sempre vencem.

Nossos bispos se armam de fé e as balas de seus fuzis são os versículos do Novo Testamento, enquanto as sentenças milenares do Pentateuco são as pedras e a areia de suas evangélicas trincheiras. Onde estão aqueles que podem nos defender? Onde eu estou e onde está você? Não dizem uma palavra, acovardados, com medo de um juiz qualquer, talvez porque seus atos não suportem uma investigação daqueles que protegem o dono da terra, do mesmo jeito, embora mais sutil, que protegiam outrora o senhor de escravos.

Por isso eu volto a acreditar nessa Igreja de homens limpos, de sacerdotes e de santos, porque ela volta a amar os homens da terra na sua dor e na sua agonia. E os hipócritas venderão os seus escárnios e suas almas doentes. E se Deus estava de férias, ele voltou com ânimo e um livro de fogo contra os vermes de toga e seus capachos, desceu as montanhas das frias catedrais e acampou com os sem terra nas planícies da vida humana. Trouxe alento à igreja que estava morrendo no meu coração.

Leia a NOTA DOS BISPOS, que é mais do que um grito, é uma sentença sagrada e uma profecia. Uma condenação a Gilmar Mendes e sua indecência jurídica.

* Moisés Diniz é Deputado Estadual do PCdoB do Acre e defensor de que o municipio do Jordão(AC) é muito melhor do que o Rio de Janeiro.

quarta-feira, 4 de março de 2009

IMPOSTO DE RENDA

Ufa! ainda bem que eu não preciso declarar...

TAKE ON ME

segunda-feira, 2 de março de 2009

ACRE MEDE O “BEM-ESTAR SUSTENTÁVEL”

Por Laurence Caramel - Le Monde
Em Belém

Fazendo uma simples leitura das estatísticas, não parece ser bom viver no Estado do Acre, no Brasil, pequeno território da Amazônia. Ele mostra resultados fracos em matéria de desenvolvimento humano, levando em consideração o indicador da ONU, calculado desde 1990, e que avalia, além da riqueza material (PIB per capita), o acesso da população aos serviços de saúde e educação.

No entanto, os habitantes dessa região florestal não são mais desprivilegiados do que os excluídos das favelas do Rio de Janeiro ou de São Paulo. Pelo contrário. Mas o essencial de suas atividades foge da contabilidade nacional que, da megalópole à aldeia amazonense, utiliza os mesmos critérios para avaliar o bem-estar de uma sociedade.

"Imagine que a floresta constitui o supermercado onde fazemos nossas compras essenciais, mas isso não aparece em nenhum lugar, pois há poucas trocas monetárias. Resumindo, é fácil concluir que nós somos subnutridos", explica Carlos Duarte, secretário de Estado do Acre na floresta. É tão simplista acreditar que os cidadãos do Acre não têm cuidados médicos, uma vez que o acesso às infraestruturas modernas de saúde é menos fácil que nas grandes cidades; ou que têm situação precária de moradia, raramente dispondo de um "habitat adequado" que, segundo as estatísticas nacionais, deve ser construído em pedra ou em tijolo, comportar dois cômodos e ser cercado de uma calçada pavimentada. Na verdade, os cuidados são muitas vezes garantidos por uma medicina tradicional que extrai seus remédios das plantas, e os caboclos vivem em casas de madeira construídas sobre palafitas, mais bem adaptadas ao clima do que cubos de concreto.

No início do século 20, graças ao boom da borracha, o Acre era uma região rica, a ponto de fornecer quase um terço do PIB brasileiro. A concorrência asiática pôs um fim a essa epopeia há muito tempo. No entanto, as lideranças da região continuam a pensar que sua floresta merece ser preservada e que ela traz mais benefícios quando está "em pé" do que quando entregue à exploração industrial, ou transformada em pasto ou campos de soja.

Essa ideia, hoje defendida pelo governador Binho Marques, do Partido dos Trabalhadores, retoma o velho combate dos seringueiros. Faltava uma demonstração. O Acre se voltou, então, para os economistas, para que eles elaborassem um novo indicador de riqueza: o indicador de "bem-estar sustentável".

"Nós elaboramos um indicador de desenvolvimento humano, integrando a ele uma dimensão ambiental", explica o coordenador do projeto André Abreu, da fundação France Libertés. Foram levadas em conta a qualidade dos solos, reservas de água, preservação da biodiversidade, emissões de CO2 etc., ao lado de critérios mais tradicionais: renda, saúde, educação, moradia. Esse trabalho, realizado pelo economista Jean Gadrey e uma equipe de pesquisadores da universidade de Lille, acaba de ser concluído. Resta fazer com que ele seja validado pela população: "Vamos consultar diferentes grupos sociais para ter certeza de que nosso indicador reflete sua concepção de bem-estar", diz Abreu.

Paralelamente, o governo procurou valorizar mais a produção ligada à floresta para melhorar a renda da população. "Há alguns anos um hectare valia US$20, quando a mesma superfície plantada com soja poderia render US$ 600. A esse preço, era muito difícil lutar contra o desmatamento", constata Duarte.

"Hoje, graças aos setores comerciais consolidados em torno do látex, das frutas, das plantas e essências para cosméticos ou farmacologia, um hectare pode render ao pequeno produtor, que vive do extrativismo, quase US$ 300 por ano. E essa renda é perene, pois a exploração respeita a renovação dos recursos", garante o ex-engenheiro florestal.

Em uma Amazônia cada vez mais corroída pelo avanço das grandes explorações agrícolas, a floresta deve sua sobrevivência à população que a habita. "Abrir nossa região ao agronegócio resultaria em graves conflitos sociais", reconhece Duarte. Os fracassos de outras regiões brasileiras acabaram convencendo que seria preciso persistir nesse caminho. O Estado da Bahia se lançou às plantações de eucaliptos para alimentar a indústria da polpa de celulose. Quinze anos mais tarde, os solos estão arruinados, os lençóis freáticos, esgotados, e a maior parte das empresas se foi. A ilusão da riqueza teve curta duração. As autoridades aprenderam a lição. Agora elas refletem sobre outra medida de riqueza.

POLITICOS QUESTIONAM Q.I. DE SIBÁ MACHADO

Por O Combatente

Além dos R$ 11 mil que recebe para representar Rondônia no Conselho Administrativo do Consórcio Energia Sustentável do Brasil, trabalho este que ocupa o suplente de senador Sibá Machado uma vez por mês, o político acreano também foi nomeado, em 10 de junho de 2008, Assessor Especial do Gabinete do Governador.

O Rondoniaovivo ainda não conseguiu os detalhes referentes aos valores recebidos por Sebastião Sibá Machado Oliveira no cargo que ocupa na gestão do governador Arnóbio Marques de Almeida Júnior, o Binho Marques, mas levando em conta os valores pagos a cargos semelhantes em Rondônia, deve girar em torno de R$ 10 mil.

O documento foi publicado pelo site O Combatente nesta segunda-feira, e comprova a nomeação do ex-senador.

A indicação de Sibá Machado para compor o Conselho foi do Partido dos Trabalhadores e contou com o apoio do senador peemedebista Valdir Raupp de Mattos. O cargo é para representar Rondônia no consórcio que está construindo a usina de Jirau (proximo a Jaci Paraná) e contraria o discurso de campanha do prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho, que afirmou por diversas vezes que priorizaria pessoas e empresas de Rondônia em todas as fases das obras das usinas.

Na última sexta-feira, o senador Expedito Júnior declarou que vai pedir explicações sobre a nomeação de Sibá Machado ao Ministro das Minas e Energia, Edson Lobão. Na sessão extraordinária realizada pela Assembléia Legislativa ocorrida no último domingo (01),onde aconteceu a devolução de recursos economizados pelo Lesgialtivo ano passado, o senador voltou a falar sobre o assunto e afirmou que "não vai permitir a intromissão de políticos de outros estados em assuntos que dizem respeito a Rondônia". Também declarou que "aqui temos pessoas capacitadas para ocupar esse cargo ou qualquer outro" e acha "um absurdo essa indicação".

O senador voltou a afirmar que vai questionar junto ao Ministério a indicação de Sibá Machado para o cargo de conselheiro.

REDE GLOBO MOSTRA O ACRE DOS EXCLUIDOS

O programa Fantástico, da Rede Globo, mostrou na noite deste domingo (1) a reportagem “O Brasil dos excluídos” em que o estado do Acre é retratado através dos municípios de Jordão e Tarauacá, onde a gasolina é mais cara do que na Europa e o quilo do tomate ou cenoura chega ao preço inflacionado de R$ 8.

Além das cidades acrianas, a matéria também cita os municípios de Manari, em Pernabumco e Traipu, em Alagoas como sendo (incluindo o Jordão) as últimas colocadas no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) das cidades brasileiras.

- IDH é o Índice de Desenvolvimento Humano, medida criada pela Organização das Nações Unidas para avaliar a qualidade de vida no mundo. O cálculo do IDH leva em consideração três fatores básicos: expectativa de vida, nível de educação e a renda da população. Em todos esses quesitos as três cidades tiram notas muito baixas, diz a reportagem assinada pelo repórter Eduardo Faustini.

VEJA A REPORTAGEM COMPLETA ABAIXO:

CASOS DE DENGUE VÃO PIORAR

Por Altino Machado

A epidemia de dengue em Rio Branco, a capital do Acre, que perdura há sete semanas, já resultou em uma morte, seis casos de febre hemorrágica e mais de 8 mil notificações, sendo 947 delas confirmadas pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica Municipal.

- A epidemia seguirá uma tendência de agravamento em março, mas esperamos que seja atenuada a partir de abril e maio por causa das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti que estamos tomando - disse o infectologista Eduardo Farias, vice-prefeito da cidade.

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