Jose Mastrangelo*
O Brasil faturou alto. Na próxima década, deverá sediar a Copa do mundo de futebol (2014) e as Olimpíadas (2016). Os dois eventos são datas para comemorar carnaval fora de época: Carnaval – Copa e Carnaval – Olimpíadas. O Brasil merece. Os seus índices do IDH vão melhorar, colocando-o numa posição acima de 75ª, que hoje (2007) ocupa no ranking da ONU, entre 182 países. A sua escolha não se deu por acaso. A indicação faz parte do jogo geopolítico - esportista mundial. O mundo está de olho no Brasil também para faturar alto. Para ele, Copa e Olimpíadas são oportunidades de grandes negócios. O que é bom para o Brasil é também para o mundo. É a hora de extravasar alegria e gritar: viva o Brasil, abençoado por Deus! Viva o Rio de Janeiro, cidade maravilhosa e olímpica! Nós podemos! Quem viver verá.
Na próxima década, o Brasil estará nas ondas da mídia mundial. Será o centro das atenções. Todo mundo estará de olho nesta terra – continente com mais de 200 milhões de habitantes, segundo estimativa do IBGE. O Brasil estará à vista para mostrar as suas imensas riquezas, que não se reduzem apenas ao esporte, mas ultrapassam os chutes dados numa bola de futebol a as diversas modalidades olímpicas. O Brasil é mais do que isso. É um país promissor e audacioso. Luta para emergir dos índices negativos, que ainda o mantém estacionário na plataforma sócio – econômica e política. Apesar de melhorar o IDH, ainda fica na 75ª posição (2007) entre os 182 países, segundo o ranking da ONU. O Brasil precisa avançar em renda, educação e saúde, que constituem os principais indicadores para a definição do IDH.
A renda há de subir. Os trabalhadores brasileiros sofrem para fechar as contas no final do mês. A sua renda mensal não atende as necessidades básicas de uma vida digna. Ficam pendurados da bolsa – família para saciar parcialmente a fome. Milhões de trabalhadores brasileiros estão em situação de penúria e miséria. Em educação, a aprendizagem é precária. A repetência é comum nas camadas mais pobres da população. As necessidades básicas da saúde aumentam. As filas de pacientes, que buscam atendimento nos ambulatórios e hospitais se alongam. Os doentes estendem as mãos, pedindo socorro.
O Brasil há de aproveitar Copa e Olimpíadas para tirar dessas duas oportunidades grandes benefícios. O mundo está de olho. Com certeza, os especuladores estrangeiros estão interessados em negócios. Explorarão o momento de euforia para aplicar golpes certeiros. O Brasil tem como proteger-se dessa invasão estrangeira. Também pode aplicar golpes, sem recorrer necessariamente aos golpes baixos. Terá como mostrar, sem maquiagem, índices sociais mais confortáveis. Responderá aos incrédulos com o resgate da cidadania. O Brasil será outra nação, apesar de o samba no pé ainda encantar a galera.
*Filosofo e teologo.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
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