Se quiser ter raiva, dê uma passada no microblog twitter de alguns arrogantes jornalistas do Acre. É incrível como se apegam a um cargo comissionado, babam ovo de governantes e políticos até deixar aquilo roxo. Arrogantes por que pensam que trabalhar para o governo lhes garantirá a vida eterna, a redenção divina, a salvação, o paraíso; e a raiva, a que me refiro, diz respeito à hipocrisia daqueles que, um dia, fizeram campanha aberta (e isso não é segredo para ninguém) contra o horário ditatorial imposto ao Acre, e que agora, descaradamente, é defendido pelos tais escribas como importante para a população.
Não quero aqui advogar em favor de ninguém. Quem propôs o horário desumano e tão abertamente criticado pelo povo deve, nos próximos dias, se vê com o referendo, instrumento constitucional que, ao que tudo indica, será mesmo aprovado lá em Brasília.
Aliás, a idéia, partida de um parlamentar de oposição, é salutar. E eu não tenho estômago para puxar saco dele, nem de ninguém. Apenas acredito ter sido uma das sacadas mais elogiáveis do grupo falido que tentará, em vão, mudar as rédeas da nossa Vianópolis.
Quanto aos puxa-sacos travestidos de jornalistas, é feio demais perceber que, até mesmo nas redações de jornais privados, aqueles de renome, tratados pelos barnabéis telespectadores e ouvintes como “bons profissionais”, rasgam a ética, vendem-se por quinquilharias e perpetuam a desinformação para atender interesses puramente políticos.
Em tempo
Por que somente o Governo do Acre patrocina a maior parte das premiações do José Chalub Leite? O que justifica que apenas as matérias que exaltam ações oficiais e oficialescas tenham vencido o concurso?
É sabido que o guru dos jornalistas, a quem uma corja de aproveitadores diz homenagear, não era apreciador de babações. Era, sim, um homem íntegro, pelo que li e ouvi a respeito dele. Que maldade fazem com a memória do Zé !
Pra terminar, um lembrete aos que sofrem de amnésia: o Complexo O Rio Branco, por exemplo, só passou a ser contemplado com os mimos do concurso após ter se convertido à coroa e, em conseqüência disso, aumentar a infindável lista de jornais e jornalistas agraciados com dinheiro público.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
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4 comentários:
Eh isso mesmo, faz tempo que espero esse referendo, um pouco de democracia vai bem ao Acre tb.
Não acredito que a mídia consiga mudar a opinião de quem está sofrendo bastante com esse horário ERRADO.
Comentário do Jornalista Hermington Franco, Assessor de Comunicação do MPF-AC:
Tá matando a pau
Como eu sou do lado do mal pra uns e outros do governo, no meu twitter prefiro falar de amenidades, rs, deixo que o @MPF_AC faz a comunicação oficial
Minha sorte é ser concursado, e ter a certeza absoluta que nem eles nem os próximos jamais poderão me prejudicar
Já recebi visita (uma vez) de um desses quase secretários, que foi me pedir pra dar uma segurada num assunto. Fiz igual o pessoal do telemarketing, avisei pra ele que tava gravando nossa conversa, nunca mais ele sequer me ligou
Blog é pra isso Marcos, exercicio livre do pensar.
Eu já disse é repito: já pensou se cada cidadão tivesse senso critico aguçado para postar conteúdo de opinião em sua página? Pra q serviriam os jornais editados pelo governo?
Não entendo ainda q medo é esse q o Ac tem de pensar, refletir, criticar, colocar idéias, fazer análise, opinar. Fazer isso não é crime, não tem pq ter medo de perder regalias por isso. Nem nos bancos de escola se pode mais ser crítico, caso contrário: vai pra diretoria, é castigado, ameaçado, vira anarquista, revolucionário sem causa...além de doido, revoltado, etc.
Será q os "puxa-sacos travestidos de jornalistas", conseguem dormir tranquilo? Penso nos conceitos q eles passam para os filhos, a familia, e o q aprenderam, ou não, nas faculdades, enfim.
Fico imaginando onde foram parar os principios q norteiam a vida do ser humano, coisas como ética, moral, e os valores etc.
Ora, reclamamos tanto, mas fazemos tão pouco ou quase nada pra reverter os males, pra reverter o q é possivel. O blog do venicios, lá dos confins do bairro 15, faz as pessoas refletirem, pensarem sobre seu meio; alerta o público para uma doença viral e mortal q consome jornais e as nossas mentes.
E a minha contribuição, a sua, a d outros, qual é? Me parecem q roubaram os sonhos das pessoas, já não se acredita mais em nada; a tranformação parece tão distante que todos tem medo de dá o primeiro pass à sua maneira.
Em uma das aulas do Mastrangelo, me lembro que ele dizia q, "existe uma diferença muito grande entre o q a gente prega, e, a nossa prática de vida".
Vou lembrar aqui de um cara gente boa, ele disse, "a população não aceita quem rouba, mas faz", frase do cidadão Anselmo.
Podem até falar q o Ac melhorou em termos, aos olhos, mas os problemas sociais são os mesmos de anos atrás, talvez piores. A metodologia de corrupção pública evoluiu, é preciso ficar atento para as hipocrisias, utopias q se prega por aí.
Não é partido politico q muda cenário social; a experiência d desenvolvimento social sustentável foi ruim em outras praças, países, aqui tá sendo pior.
Sinto falta da presença dos movimentos sociais na vida do povo, mas sem interesses politicos, apenas com articulador e porta-voz do povo. Sinto falta das lideranças que inflamavam nas ruas discursos e prática organizacional socialista.
Essa semana a COLUNA BOM DIA, do jornal A Tribuna dizia q um sindicalista contemporâneo estava de volta ao cenário (Amarino Amâncio, se não me engano)m daí o jornalista escreveu q o cara era um louco sonhador q acreditava ainda, q o Poder vem do povo. Pensando bem, o cidadão tem poderes q nem ele sabe, as pessoas esnobam com nossos direitos constitucionais para intimidar. Se o povo: a dona maria minha vizinha, meu colega de trabalho, o vendedor d salgados, o catador de lixo, enfim, se eles soubesse o poder q tem, talvez muita coisa fosse diferente.
Mas a alienação, "libertinagem" é gritante!
Venícios, cá estou mais uma vez. Li o post e os respectivos comentários.
Foi quando veio à mente o livro do Bill Kovach&Tom Rosenstiel, "Os elementos do jornalismo - O que os jornalistas devem saber e o público exigir".
A obra não é nenhum tratado de como ser bom jornalista ou coisa do gênero. São pouco mais de 300 páginas de boas lições de como não ser subservivente, pau-mandado, lambe-botas ou pena-paga na profissão de jornalista. É um livro que sempre nos remete à pergunta: "Para que serve o Jornalismo?"
Bem, feita essa observação, quero entrar no debate acerca da imprensa do Acre. Diariamente fuço os jornais e sites.
Posso observar que, lamentavelmente, a maioria se limita a reproduzir releases (alguns de péssima qualidade, diga-se) distribuídos pelo governo e assessoria. É sempre o oficialesco. Falta investigação e histórias nas páginas dos jornais.
Muitos vão dizer: "os jornais não publicam mesmo", "o governo censura", e outras frases parecidas. São argumentos frágeis e que só refletem uma coisa: subserviência. Qual dono de jornal, editor ou chefe de reportagem que não publicaria uma reportagem, uma história bem apurada, redondinha? Contra fatos não há argumentos.
Pois, então, maõs à obra.
E salve o espçao democrático do Venícios.
Chico Araújo
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