sábado, 22 de maio de 2010

MAIS ANTI-POVO IMPOSSÍVEL

No dia 31 de dezembro ele vai cumprir o terceiro mandato como deputado federal. Seriam dois não fosse a operação “salva Nilson”, capitaneada pelo ex-governador Jorge Viana, nas eleições de 2006, que garantiu por mais 4 anos o ostracismo que sempre moveu a vida pública de um dos mais inexpressivos representantes do Acre em Brasília. Nilson Mourão, nestes 12 anos, jamais aprovou um projeto relevante de sua autoria. Baseia sua atuação em obviedades e se alimenta politicamente de ações que nada têm a ver com o Acre e sua gente, como assento na improdutiva Comissão de Relações exteriores e a utópica defesa ao Estado Palestino.

Nilson não difere de boa parte dos parlamentares que construíram base eleitoral às custas do voto casado, e vive encostado no prestígio de correligionários como o próprio ex-governador, de quem será primeiro suplente nas eleições majoritárias que se avizinham. A decisão da cúpula petista em não reelegê-lo é, segundo se comenta, a maior prova de que ele não emplaca nas urnas sem a já desgastante ajuda do partido. Ou seja, Nilson Mourão tornou-se um fardo pesado, uma cruz difícil de ser carregada, mas que por conveniências que só a política explica, o cala-boca lhe cai bem, a fim de manter maquiada e “amistosa” a relação do PT com a comunidades eclesiais de bases, das quais o distinto e apático parlamentar é egresso.

Porém, é do tipo que defende o partido até a últimas conseqüências. Tanto que, em momento algum se solidarizou com aqueles que abandonaram a legenda. Marina que o diga. Muitos se perguntam se Mourão, aliás, ainda nutre a mesma “amizade e admiração” pelo ex-companheiro Henrique Afonso, que teve a sua ética partidária ferrenhamente questionada - e seria expulso se não pedisse desfiliação de forma espontânea – por defender a criminalização do aborto. Em outras palavras, dita a regra dos ditadores.

Abaixo, alguns exemplos de apatia do mandato de Nilson Mourão, que cumpriu à risca todas as recomendações para votar contra os projetos de interesse direto da população, mesmo consciente de que se tratava de uma orientação anti-popular. Por isso, deve-se a ele o título de um dos políticos mais anti-povo que se conhece no momento:

1 – Foi o principal articulador da CCJ da Câmara, mesmo não sendo membro daquela comissão, para derrubar a proposta de referendo popular sobre a mudança no fuso horário do Acre. Tanto esperneou, sob orientações do senador Tião Viana, que se aliou ao deputado José Genoíno, que se transformou em porta-voz maior para protelar as votações. Os anais da casa registram que Mourão foi, dentre os mais de 500 parlamentares, o que mais discursou contra o referendo, mas acabou derrotado.

2 –Votou contra o aumento aos aposentados, há 3 semanas. O petista ainda teve o descaramento de votar contra o fim do fator previdenciário, da mesma forma atendendo a ordens expressão do Planalto.

3 – Entre os 8 deputados federais do Acre, Nilson Mourão, na atual legislatura, foi o que mais usou a tribuna do Congresso Nacional. Nada menos que 70% das falas foram destinadas a bajular o governo. Os demais 30% foram para defender o Estado da Palestina, em pronunciamentos sem resultados práticos, pois ninguém lhe deu ouvidos, tanto que não há registro de alguma política externa capaz de mudar o quadro atual.

4 – Para muitos, Mourão se mostrou arrogante ao extremo durante um discurso que fez dias atrás, no plenário da Câmara Federal. Disse ele: ao final do dia 3 de outubro, quando os juízes eleitorais apertarem a tecla da totalização dos votos, “não vai dá pra ninguém, a Frente Popular será consagrada vitoriosa nas eleições”.

5 – Assim como votou contra os aposentados, Mourão usou o argumento de que “O Estado não pode se endividar” para dizer um NÃO sonoro à PEC 300, que fixa o piso salarial nacional aos policiais militares.

6 – O deputado também foi contra o aumento salarial para os funcionários públicos federais.

7 – Como católico que se diz ser, fica em cima do muro quando as propostas polemizam. É o caso do projeto que criminaliza a homofobia. O deputado não tomou partido sobre o assunto.

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4 comentários:

Antônio Klemer disse...

Que fotografia perfeita. Parabéns!

Anônimo disse...

Realmente mais anti-povo impossível. O cara é tão entocado que eu nem sabia que ele tinha sido eleito denovo, kkkk

Anônimo disse...

Parabéns pela matéria.Ufa até que em fim desmascararam esse fino acobertador de mensaleiro!!!!!PARABÉNS!!!!

Daniela disse...

Acho que você deiva pesquisar e conhecer um pouco mais, porque o que esse homem faz e sempre fez pelo estado do Acre não é pouco. Uns dos fundadores do PT-AC não merece ter esse tipo de matéria escrita em bloguinho medíocre. E que fique muito claro, ele nunca se envolveu em nenhum escândalo, muito menos em mensalão.