quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
OPERAÇÃO ESPANTA BANDIDO
De início uma constatação: como está a bandidagem no Rio de Janeiro, só é possível realizar uma Copa do Mundo de futebol e uma Olimpíada se os bandidos consentirem. É fato.
Já as autoridades repetem a cantilena de empáfia ao afirmar de que agora vai! Quantas vezes e por quantos governadores essa frase já foi repetida e ninguém reproduz, nem na mídia. E a guerra está decretada, com algumas medidas diferenciadas nesse enfrentamento no Rio de Janeiro. Embora com muitos erros e algumas ações de puro faz-de-conta.
Começa pela citação de especialistas e de autoridades de que o morro da Vila Cruzeiro é um dos preferidos do tráfico, seu QG, para firmar suas atividades. Ora, se é o preferido, seria elementar que as Unidades de Polícia Pacificadora deveriam ter começado por lá. Se visam mesmo a pacificação, deve-se começar pelos locais mais complexos, até para facilitar a instalações em locais mais fáceis. Já que a nossa imprensa condescendente não pergunta, fica a pergunta ao secretário de Segurança e ao governador do Rio de Janeiro por que não começaram e nem sequer ainda tem a UPP naquele morro. Pergunta para apontar erro de estratégia ou conivência também desse governo, já que está lá há 4 anos e, não fosse reeleito, teria deixado a insegurança pior do que estava quando assumiu.
Mas é alentador que as autoridades colocaram as Forças Armadas nessa guerra. O argumento diversionista de que elas não são preparadas para ações urbanas foi colocado de lado. Que, de fato, podem até não estar, mas não se pode saber se estariam para ações externas, já que estas simplesmente nunca existiram; nem sequer numa ameaça. Ainda que acertada, não é razoável só agora descobrirem que os “caveirões” da Marinha traspassam pregos que sempre impediram a subida da Polícia Militar. Em razão do rabecão da Marinha surgiu a imagem de uma nuvem de bandidos fortemente armados em disparada. Neste ponto a ingenuidade do cidadão comum leva à indagação por que não havia helicópteros blindados, com homens armados, em sentido inverso, para forçar a rendição. Ou...
No dia seguinte, a imprensa noticiava que em dez minutos uma nova operação militar começaria na vazia Vila Cruzeiro. E, de novo, não se entende se as autoridades queriam mesmo enfrentar esse problema ou repetir mais uma encenação que já vem há décadas. Os bandidos teriam fugido para outras favelas do Morro do Alemão. De novo, a palavra volta ao secretário de Segurança e ao governador do Rio de Janeiro: por que iam para a Vila Cruzeiro e não para o Morro do Alemão? A crítica do secretário às imagens das Redes Globo e Record de Televisão responde a uma pessoa menos ingênua.
A cobertura ufanista da imprensa nacional com a presença das Forças Armadas deveria vir acompanhada, ao menos, de citação às repetidas vezes que essas Forças já estiveram no Rio de Janeiro com a violência trazendo o resultado que se constata. Quanto ao “tudo” que o presidente da República prometeu de apoio, seria salutar ressaltar que esse tudo de agora não passou do nada nos oito anos deste governo, que só tem mais um mês de mandato. Aí caberia se questionar se tivesse sido feito um pouco a cada ano, se esse caos poderia ter sido evitado ou amenizado. O enaltecimento do apoio da população causa estranheza por vir do próprio Estado e da imprensa. É só fazer o que deve e como deve ser feito, que nunca faltará apoio. O apoio óbvio à bandidagem era única condição de sobrevivência, e não deveria causar surpresa a quem nunca se fez presente.
Importa, agora, verificar como fazer para evitar o retorno e o crescimento do domínio da bandidagem. Não pode ter recuo. As Forças do Estado devem retirar as armas e passar a régua. Também devem vigiar seus quartéis de onde muitas armas vão parar nas mãos dos bandidos.
Cabe alertar que a quantidade de motos roubadas apresentadas poderia ser conseguida em qualquer cidade que se faça um pente-fino na fiscalização da documentação delas. Especialmente nas pequenas cidades para onde são levadas e negociadas as motos roubadas nos grandes centros.
Deve ter bandido carioca arrependido da ordem para queimar ônibus. Não tivesse feito essa asneira, estariam todos tranqüilos, mandando e desmando nas favelas da Vila Cruzeiro, do Complexo do Alemão, como estão noutros morros. Agora, falta só a Rocinha, outros morros, os condomínios de luxo e toda a cidade. E os outros estados deveriam seguir o exemplo.
Mesmo que a intenção tenha sido fazer uma Operação Espanta Bandido, as imagens de fuga com milhares de fuzis exibidos e as circunstâncias levaram a uma Operação Efetiva que, por mais cômodo que seja, não há mais possibilidade de recuo do Estado.
*Pedro é de São Paulo e Bacharel em Direito.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
OXI - A NOVA DROGA QUE DOMINA O ACRE
Em busca de respostas, desembarcamos em um dos estados mais distantes do Brasil. Bem-vindos ao Acre, uma das principais fronteiras abertas do território brasileiro. Paraíso dos seringuais e também porta de entrada para o tráfico de drogas. Aqui, ficamos diante de uma realidade assustadora. Encontramos histórias de jovens, mulheres, inocentes, vítimas da nova droga. Os relatos surpreendem. Depoimentos impactantes."
Confira a reportagem de Roberto Cabrini e sua equipe em quatro partes.
*A sinopse foi extraída do Blog "Conexão Repórter", hospedado no site do SBT.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
“SEM RECUAR... SEM CAIR... SEM TEMER...”.
Passado o susto de advertência da população, no pleito eleitoral no Acre, o futuro governo acreano promete, segundo a imprensa, nomes do secretariado pra já. O atual que sai comemora o Dia Nacional da Cultura sancionando a lei do Sistema Estadual de Cultura, mas, no todo, já passam 12 anos de PT no poder e a cultura no Acre, de fato, não tem muito o que comemorar. Mudou alguma coisa mesmo? Que mudança? A pergunta se faz resposta.
Repetindo os velhos vícios da política local, em que predomina uma mentalidade não só imune como hostil a verdadeiras mudanças, podemos vislumbrar mais um quadriênio em que a cultura terá menos ainda o que comemorar, pois se não houve promessas de campanha, haverá o que fazer? Ou melhor: o novo governo, em estado de descompromisso pré e pós eleitoral, fará o que bem entender?
Sem ouvir a comunidade cultural, como deveria, antes e, principalmente, depois do pleito, ignorando que é constitucional a elaboração do plano plurianual da cultura pelo Conselho, o governo seguirá optando por opiniões próprias e autoritárias, por políticas alheias, inadequadas e ilegais, quanto ao que o setor aspira? Seguirá, o governo, com ouvidos moucos?
O Conselho Estadual de Cultura, para melhor contribuir com a idéia de verdadeira participação popular na administração da cultura, criou, em seu Regimento, o poder de indicar, em lista tríplice, nomes para o comando da Fundação Estadual de Cultura. Há quatro anos, a lista tríplice endereçada à atual gestão, após processo democrático de escolha, recebeu, como resposta, a indiferença. No atual momento, a Presidência do CONCULTURA, infelizmente até agora não se manifestou sobre o processo de indicação da lista tríplice, o que esperamos seja feito imediatamente, para que o futuro governo não diga que não sabia da opinião da área cultural.
Nem as políticas de cultura, nem seus gestores devem ser impostos. Agir assim é ferir os princípios constitucionais da democracia, da participação e da legalidade, pois a participação social nas gestões públicas já é imperativo constitucional e legal. A opção pela imposição traz toda sorte de malefícios à gestão, a começar pela indicação aleatória e sem critério do comando, até a consecução de eventos caros e sem resultados efetivamente sociais e culturais...
De tudo, além do alto custo público e do precioso tempo que se perde, há o fomento à mediocridade pelo qual se vê grande parcela da população incapaz da leitura, seja de livros ou da própria cultura. Vê-se em tal postura gestora um crime de responsabilidade geracional, o qual tem condenado um povo à eterna condição política subalterna e de quase nenhuma auto estima cultural.
O Conselho de Cultura tem sofrido desse mal também. A grande evasão das boas mentes ali verificadas bem se explica: ninguém quer participar de um conselho de faz-de-conta. Estão ali cidadãos que exigem o respeito a que tem direito. É lamentável que ainda se criem leis para não serem cumpridas e que não seja garantido seu cumprimento por quem deveria.
A classe artística, sem visibilidade ou reconhecimento, de modo geral, vai se tornando descrente e indiferente às promessas e discursos que se acumulam sem maiores resultados. Não desejamos que os que persistem no Conselho sejam derrotados pelo cansaço e que só resistam os que não acreditam (apenas se aproveitam pessoalmente da situação), os que têm pouca noção do processo e os oportunistas que ao fim não têm legitimidade representativa.
Com leis, eventos e silêncios nosso estado é um prodígio da gestão cultural e educacional democráticas: enquanto o governo propaga a noticia de que possui a melhor educação do país, inexiste em seus quadros licenciados em artes, nem sala de aula voltados para a arte-educação. Sem falar que todos os seus espaços culturais como galerias, teatros, bibliotecas, museus, rádios e TVs educativas são geridos sem a participação e controle popular e sem os especialistas da área. Enfim, tem uma série de outras coisas inexplicáveis que pode tudo dizer, menos que há efetivamente políticas culturais e educacionais de qualidade.
Diante desse quadro, que exige firme posicionamento social mais do que um silencio conivente, nós produtores culturais, que abaixo assinam o presente manifesto, exigimos do governo eleito que não tenha medo da democracia e que abra as portas do poder para a participação popular na área cultural, sem recuar a legislação da cultura, sem cair em gestão participativa faz-de-contas, e sem temer os artistas e a cultura
Cleber Moura
Lenine Alencar
Dinho Gonsalves
Regina Cláudia
João Veras
Clenilson Batista
Dalmir Ferreira
Laélia Rodrigues
Heloy de Castro
Écio Rogério
Cia. Visse e Versa
Outros virão......
*Heloy é cantor e compositor.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
REDES SOCIAIS E ELEIÇÕES EM 2010
Finalmente, a internet e as redes sociais tiveram um papel mais relevante nas eleições brasileiras. Porém, como bem disse Pedro Doria em artigo no Estadão (31/10/10), ninguém venceu na rede. O empate entre os candidatos nesse meio de comunicação revela que, no limite, as redes sociais não favoreceram ninguém nem foram decisivas para o resultado final.
O Brasil de 2010 ainda é um país em que a penetração da internet é baixa, apesar da vocação do brasileiro para a rede e do seu potencial de crescimento explosivo. Sendo assim, não houve qualquer episódio nas redes que modificasse de modo claro e decisivo as tendências do processo eleitoral. No futuro, no entanto, não deverá ser assim.
Alguém diria, de pronto, que a campanha de desinformação em torno de Dilma Rousseff e o tema do aborto podem ter-lhe roubado votos na reta final do primeiro turno. Mas o estrago causado pela ação na web foi bem menor, por exemplo, que a maciça cobertura da mídia eletrônica em torno do caso Erenice Guerra.
A situação seria diferente se tivéssemos um empate técnico, no qual “detalhes” como as redes sociais poderiam pender em favor de um ou de outro candidato. Ao pontuar tais aspectos volto a dizer que a internet e as redes sociais foram importantes, mas não decisivas.
A campanha teve aspectos interessantes ligados à internet e às redes sociais e que merecem destaque. O fato que mais me chamou a atenção foi o uso do twitter na mobilização da militância partidária e de simpatizantes dos candidatos. No caso brasileiro, é o que importa: mobilizar enormes contingentes eleitorais em favor de uma candidatura. O twitter também serviu para informar eventos e antecipar direções. Em especial, para repercutir as prévias das pesquisas, abundantemente comentadas na rede.
Um segundo fato é que o uso da internet na disseminação da informação teve no anonimato o seu pior e mais perverso aspecto. Nesse sentido, alinho-me a Arthur Schopenhauer, que dizia que o anonimato serve para tirar a responsabilidade daquele que não pode defender o que afirma. O anonimato na internet é um grave problema que termina por minar a própria credibilidade do meio. No futuro, vejo a credibilidade das redes sociais sendo avaliadas por seu grau de transparência.
Na prática, o Código Penal não vale na internet e, de forma esperta, alguns grandes sites e redes se escudam nas legislações mais complacentes do mundo para não atuar de forma enérgica contra a prática de crimes que envolvem a honra.
Aos românticos, o anonimato tem um doce sabor libertário. Quando se está a favor, tudo é lindo e maravilhoso. Porém, quando se é vítima de difamação e calúnias é como sofrer de bullying sem saber a identidade de seus agressores e sem ter a quem reclamar.
Como há complacência nas redes, poderemos ter, como efeito colateral, ações restritivas no âmbito regulatório. Não devemos esquecer que vai haver uma discussão sobre o marco regulatório da internet no Brasil. Eleitoralmente falando, a questão é importante, já que no futuro as redes sociais e a disseminação de informações por outras mídias terão peso ainda maior para a construção de tendências e, claro, para a definição de resultados eleitorais.
A internet será, cada vez mais, o meio de informação da cidadania sobre tudo e sobre todos. Não necessariamente na forma tradicional de acesso a sites. Vejo que a explosão de recursos, como o twitter, por exemplo, tende a ganhar destaque. A partir da experiência eleitoral de 2010, partidos, políticos e Justiça Eleitoral deveriam debater intensamente a questão com vistas às próximas eleições.
*Murillo de Aragão é cientista político (O texto foi extraído do blog do Jornalista Ricardo Noblat)
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
QUEM SABE FAZ A HORA
A divulgação dos números sobre o referendo jogou um balde de “me desculpe” no ímpeto de alguns políticos acreanos que tentavam “partidarizar” a disputa entre os dois fusos. Os números de cada município indicam causas mais “naturais”.
O cúmulo da “esperteza política” atingiu o ápice quando se tentou vincular a disputa para governador ao debate sobre fusos. Quando Tião Viana (PT) perdeu a eleição em Rio Branco, não faltou “cientista político” para explicar a derrota à luz da disputa entre fusos.
Agora sai o resultado do referendo e os números demonstram que o povo votou sob outra lógica, apegado a outras razões.
Em Acrelândia, aonde Tião Bocalom teve uma vitória estrondosa, o povo votou a favor da manutenção do fuso atual. Que vexame! Em Rio Branco, aonde Tião Viana perdeu a disputa, o fuso empatou.
Em todos os municípios do interior, à exceção de Acrelândia, o resultado é praticamente o mesmo: o povo quis a volta do velho fuso. Independente do voto dado a Tião Viana ou a Tião Bocalom.
O Juruá votou em Tião Viana e no velho fuso
Nos municípios do Juruá, aonde Tião Viana venceu, o povo pediu a volta do velho fuso. Cruzeiro do Sul tem uma diferença de 28 minutos a mais em relação a Rio Branco, por isso que lá o início das aulas foi empurrado pra frente em uma hora, no lugar dos 30 minutos do resto do Estado.
No vale do Tarauacá, por exemplo, Tião Viana disparou para governador, mas o velho fuso ganhou na mesma proporção. Lá, Bocalom teve 35% dos votos e o NÃO que ele pregava teve 69%. O povo de lá gostou mais do velho fuso do que dele.
Em Jordão, Bocalom teve 35% dos votos e o velho fuso, que ele defendia, obteve 64%. Em Feijó, Bocalom teve 27% dos votos e o velho fuso obteve 63%. Em contrapartida, Tião Viana teve praticamente os mesmos votos dados ao velho fuso.
Como dizia um índio lá no Jordão: “ Bocalona, até tua voz é chata. Nós queremos o velho fuso, mas não queremos tu”.
Naquela região, os números do velho fuso são iguais aos números de Tião Viana para governador: acima de 60%. Os números do fuso não levaram em conta os votos para governador e presidente, a filiação do prefeito local ou os discursos dos políticos.
Ainda houve quem vinculasse os votos dados ao deputado Flaviano Melo (PMDB) ao projeto do referendo apresentado por ele. Os números mostram Flaviano Melo tendo uma votação estrondosa em Rio Branco, aonde o fuso empatou, fraca nos municípios aonde o velho fuso venceu disparado e forte nos municípios aonde o PMDB governa.
O eleitor urbano está mais propenso a mudar o fuso
O povo votou olhando para os ponteiros do seu próprio relógio. Há ainda uma clara evidência de que, quanto mais urbanizado o município, mais votos pelo novo fuso.
Entre Rio Branco que empatou e municípios que unificaram altos percentuais pela volta do velho fuso há, ainda, um conjunto de municípios, mais urbanizados, que tiveram uma diferença menor entre os dois fusos, como Cruzeiro do Sul, Quinari e Plácido de Castro.
Santa Rosa, como peculiaridade, teve diferença pequena entre os dois fusos. É que a sua população indígena, majoritária, não está muito interessada em ponteiro de relógio, com os seus bancos, transações comerciais e grades televisivas. Ela olha o nascer e o pôr do sol.
Mas aqui, como em outras urnas indígenas de outros municípios, os povos indígenas votaram em solidariedade ao homem das cidades, com as suas necessidades vinculadas a um fuso mais próximo de suas atividades laborais e financeiras.
Eu ouvi o Biraci Yawanawa dizer: “qualquer um desses fusos não interessa a nós aqui nas aldeias. Mas, se o novo fuso ajuda a vida do homem branco, nós vamos votar pelo 55”.
O que se destaca nesse referendo é a nulidade dos políticos em questões que não lhe dizem respeito. O povo votou do jeito que quis, fez a sua própria propaganda e disse que o fuso não é do governo e nem da oposição.
Outro fato a se destacar: foi a primeira luta aberta entre intelectuais e empresários. Os primeiros foram mais eficientes e, além do mais, vinham de uma militância de dois anos contra o novo fuso.
De parte dos políticos da Frente Popular, houve uma forte acomodação, medo e falta de solidariedade à Tião Viana, autor do projeto que mudou o fuso. Eu não ouvi uma palavra de apoio das dezenas de líderes da FPA.
O povo decidiu não dar carona aos políticos
Parte da oposição, com muita desqualificação, pegou carona no movimento de intelectuais e jornalistas. Virou papagaio de pirata num movimento que defendia tudo que esses políticos abominam.
Imagine que na terra de Bocalom, urbanizada, com mais 70% de suas florestas devastadas e constituída de “imigrantes da madeira”, o novo fuso teve vitória estrondosa. Logo Acrelândia, para ser o símbolo de que os políticos de oposição não interferiram em nada nos resultados do referendo.
Essa eleição de 2010, incluindo o fuso horário, me lembra a disputa de Feijó, quando os grandes líderes da oposição achavam que tinham elegido Dindim a prefeito. Veio 2010 e os números desmontaram a tese.
O referendo sobre o fuso horário serviu ainda para desmascarar um discurso de dois anos: “que Tião Viana desrespeitou a vontade popular e seria penalizado por causa disso”. O povo votou diferente.
“Então Jesus disse: Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. E o povo falou: “nós queremos o nosso velho fuso de volta e queremos o Tião Viana governador”.
Agora é seguir os ponteiros do relógio!
*Moisés Diniz é deputado estadual (PCdoB/Acre)
terça-feira, 2 de novembro de 2010
E A HORA?
Viana foi o autor da lei que que mudou a hora do estado em 2008. Os relógios tiveram que ser adiantados em 1h. A diferença para Brasília que antes era de duas horas, passou a ser de 1. No horário de verão, a diferença que era de três horas, ficou em duas.
O jornalista, que não assina o material feito com o homem que será o administrador do Acre a partir do 1 de janeiro, “bateu papo” sobre os resultados das eleições na esfera nacional e local, sem ao menos citar o referendo na reportagem.
O único ponto interessante é quando Tião Viana diz que o “Acre foi injusto com o presidente Lula”, em relação a derrota esmagadora da presidente Dilma Rousseff (PT) para o tucano José Serra. O PSDB obteve 69% dos votos válidos no estado.
E depois dizem que o referendo não foi político.
Confira o material completo .
sábado, 30 de outubro de 2010
O BRASIL DE SERRA E O BRASIL DE DILMA
Confira a análise completa elaborada pela revista Época.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
"TODA UNANIMIDADE É BURRA"
Andando pelas ruas de Rio Branco tenho perguntado aos cidadãos como votarão no próximo dia 31. Não me refiro ao duelo entre Dilma e Serra, mas sobre uma decisão que afetará diretamente nossas vidas.
No segundo turno das eleições teremos a oportunidade de decidir como fica nosso horário: se voltamos à tradicional menos duas horas em relação a Brasília, ou se fica assim, menos uma hora.
De antemão já digo meu voto: irei digitar 55 e dizer que quero que o nosso fuso fique como está.
Mas infelizmente esse não é o desejo da grande maioria da população. Os acrianos votarão para que o Estado volte a como era.
Confesso que até há bem pouco tempo essa era minha opção. Mas analisando o caso como um todo, decidi mudar. Lá no começo, quando nos enfiaram goela abaixo essa mudança, também não aceitei, e achei a não consulta da vontade popular um descalabro.
Mas passados dois anos fica a pergunta: Retroceder por quê? Está certo que no começo foi muito dificil nos adaptarmos. Afinal, era quase um século em que estávamos a duas horas atrasados ante a capital federal. Esse fator, para alguns patriotas fervorosos, era motivo de glórias por o Acre ser o único Estado da federação com essa característica.
Mas como o patriotismo é o último refúgio dos canalhas, essa ideia não me atrai. Se lembra de que no horário de verão ficávamos três horas atrasados do resto do país? Vivendo quase que em um outro Brasil, refugiados num atraso maléfico.
Hoje a grande maioria da população já se acostumou ao novo horário; nem nos lembramos mais de como era. Até a natureza também está adaptada. Agora quem desperta mais cedo percebe que o relógio e o giro da terra estão sincronizados.
Agora aproveitamos melhor o nosso dia. Dá tempo de chegar em casa, após pegar um trânsito daqueles, e assistir o Jornal Nacional ou a novela das sete - de curtir a família, amigos...
O comércio também fica aberto até mais tarde. Quem sai do trabalho pode fazer aquela comprinha de última hora. Enfim, o Acre já funciona entorno do novo fuso horário. Como diz a propaganda, estamos mais integrado ao Brasil - saímos (um pouco) da ilha do atraso.
Devemos manter esse avanço. Pra frente é que se anda. Muito mais do que seguir a grande maioria da população, aqueles que, assim como eu, acreditam que o melhor é o 55, devemos nos mobilizar para que o Acre não retroceda, mas avance. Nem sempre a voz do povo é a voz de Deus; porém, toda unanimidade é burra.
*Fabio Pontes é jornalista do jornal A Gazeta e blogueiro. Acesse aqui o blog 'Na íntegra'
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
O PLÁGIO
A peça traz como salvadores do Acre os candidatos Tião Viana (governo), Jorge Viana e Edvaldo Magalhães, ambos senadores.
No entanto, em um reunião com alguns amigos, foi mostrado a mim o vídeo e jingle da campanha do candidato ao governo do Rio de Janeiro Fernando Gabeira (PV). A letra e música são diferentes das cantaroladas pelo compositor acreano Álamo Kario, mas o video...plágio.
"Pra você vencer na vida", de responsabilidade da Cia de Selva
E "O Rio de Gabeira", candidato ao governo do Rio de Janeiro
quinta-feira, 17 de junho de 2010
segunda-feira, 14 de junho de 2010
A CAPRICHOSA ARTE DE DESEMPREGAR
No mesmo estilo dos periódicos veiculados por associações patronais, sempre ciosas na difusão de idéias importantes para si mesmas, o texto levou à imprensa diária bordões próprios daqueles panfletos: o emprego prejudica a empresa, inviabiliza a atividade produtiva! Abaixo os impostos! Como sempre ocorre em períodos eleitorais, os empresários acentuam as suas pautas que são apresentadas à sociedade como constatações gerais da própria sociedade, e não deles mesmos.
Mas os fatos que embasam qualquer pleito podem ser analisados, discutidos, e isso mostra até onde servem para sustentar reivindicações.
Assim sendo, vamos aos fatos!
No primeiro parágrafo o autor argumenta que a “contratação de um funcionário com carteira assinada” exige do empregador o pagamento de “67,53% dos vencimentos”, que seriam “referentes aos encargos trabalhistas e previdenciários sobre o salário”.
Pois não exige.
Primeiro porque parte daquilo que o próprio texto denomina “encargos e tributos” é descontada direta e integralmente dos salários mensais dos trabalhadores – o INSS, por exemplo. Aliás, no tocante à Previdência, o trabalhador não pode sacar a própria contribuição e renegociar depois. Mesmo assim esse recolhimento tem uma função social inegável, pois paga as aposentadorias de quem trabalhou a vida inteira, paga os salários de quem adoeceu produzindo riquezas para os empresários, paga os afastamentos temporários por doenças, acidentes e outros motivos. O INSS, descontado dos salários brutos (e não das empresas, como o texto afirma), paga a assistência à saúde dos trabalhadores brasileiros garantindo corpos sadios para o desgaste no processo de produzir patrimônios privados.
Um ponto curioso da argumentação é o que Salomão define como “INSS a maior”. Sabe-se que a alíquota máxima de desconto para o INSS, calculada sobre o salário bruto é de 11%. O “INSS a maior” configura-se nos casos em que são recolhidos percentuais acima disso, mas atenção: o INSS devolve a diferença recolhida além do teto (ou, “a maior”).
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), por sua vez, foi uma exigência do próprio empresariado organizado e fortalecido pela Ditadura Militar de 1964, no contexto de repressão da liberdade de organização e expressão da cidadania. Em 1966 os empresários impuseram várias mudanças na legislação trabalhista que anularam a estabilidade empregatícia após 10 anos de trabalho. Em troca eles – os empresários – criaram o FGTS.
É por esta razão que o trabalhador não tem acesso a esse dinheiro imediatamente (a não ser na demissão). Os patrões, ao inventar o FGTS, impuseram regras para acessá-lo: somente quando os trabalhadores fossem demitidos ou por morte. Os militares criaram então o Banco Nacional de Habitação (BNH), que concentrava o manuseio do FGTS e financiava a construção de casas próprias para os trabalhadores de menor salário.
Quem construía essas casas? Empresas de construção civil, empreiteiras, escritórios de engenharia e arquitetura, lojas de materiais de construção – ou seja, o grosso de todo o “empreendedorismo” que “desbravou” o Acre a partir dos anos 60. A profusão dessas empresas na zona urbana rio-branquense, ao longo dos anos 60 a 80, foi um espetáculo curioso para olhos leigos. Mas eis aí a explicação.
O FGTS não só financiava grande parte desses negócios como ainda garantia o mercado de toda a cadeia produtiva do Acre pós-borracha: cimento, tijolo, telha, areia, barro, materiais elétricos etc. Isto sem falar no efeito amortecedor das crises, pois empregava trabalhadores de menor qualificação expulsos dos seringais pelo crescimento econômico da Ditadura Militar.
Na década de 90 o FGTS financiou o ainda o Fundo de Assistência ao Trabalhador (FAT), disputado como um butim pelos ggrupos financeiros que buscavam incorporar aos seus patrimônios os encargos e juros pagos pelos trabalhadores nas numerosas parcelas da casa própria. Os que conseguiram, cresceram, expandiram atividades e são hoje os parceiros do nosso processo de “desenvolvimento sustentável”.
Aqui e no resto do país, banqueiros, financistas, industriais, construtores e comerciantes em geral organizam parte de seus negócios contando com essa fonte de apropriação privada. Aliás, haveria uma comoção nacional se ganhasse força a idéia de distribuir todo o FGTS já recolhido, acrescido da incorporação financeira, para todos os trabalhadores credores. É por isso – atenção, diretores da FIEAC – que o fundo não acaba!
Já os salários, férias, 13º, aposentadoria, jornada de trabalho, descanso semanal remunerado e outros, são direitos confirmados pela Constituição de 1988 como tentativas de construir uma sociedade democrática com partes desiguais. Sem contar que já é senso-comum muitos trabalhadores serem convidados a relativizar tais direitos em troca de “vestir a camisa da empresa”, “mostrar serviço” e coisas do tipo.
Ou não é assim que se “cresce na firma” hoje em dia?
É no mínimo curiosa a defesa da flexibilização dos direitos do trabalhador, quando se sabe que o crescimento da massa salarial permite a realização dos ciclos econômicos, a circulação das mercadorias e engorda os bolsos dos empresários. Portanto, a FIEAC deveria dizer em alto e bom som: Viva o emprego e os direitos sociais!
Mas isso não ocorrerá. Somente escamoteando esses dados é que os empresários conseguirão fazer a sociedade agradecer pelo emprego e aplaudir o fim dos “encargos trabalhistas e previdenciários” como se fosse uma conquista para todos. Mas não é. Vagas de emprego exigem qualificação, que pressupõe investimento que por sua vez requer alguma reserva salarial.
Como pode haver reserva, como existiria salário, entre desempregados sem qualificação? O que espera essa gente, a não ser subempregos subassalariados, temporários, "voluntários" etc? O artigo não responde.
Parodiando o texto “salomônico”, isto sim é um pecado. Só não é original.
*Josafá é jornalista
PERU SEM MISTICISMO
*Diego Gurgel
Começar uma viagem internacional sempre é uma decisão cheia de cuidados e muito cálculo. É sempre difícil sair do país quando pensamos em dinheiro, e na burocracia envolvendo passaportes e vistos.
Uma opção pra quem quer simplicidade na hora de atravessar fronteiras e conhecer uma das sete maravilhas do mundo é o Peru, país vizinho que está ao alcance até mesmo por terra.
Esta viagem é feita pelo trecho conhecido como corredor viário interoceânico sul. Começando a viagem desde Rio Branco, pegamos a BR-317 e chegamos à Assis Brasil, onde passamos pela primeira "barreira burocrática": a alfândega, onde devemos declarar equipamentos eletrônicos, como laptops e câmeras digitais com seus respectivos números de série.
Os registros comprovam que os objetos são os mesmos que entraram e que podem voltar na bagagem sem ameaças de eventuais confiscos.
Vale lembrar que excedendo seu valor de compra que é de US$ 300,00, algo em torno de R$ 570, é preciso pagar as devidas taxas, chegando a 50% do valor daquilo que ultrapasse o limite.
Burocracia de entrada - Percorreremos mais alguns quilômetros até Iñapari, onde encontraremos a primeira barreira fiscal do lado peruano e onde devemos descer e fazer os trâmites legais de entrada no país, que envolve carimbos e autorizações.
Um detalhe importante: não é necessário apresentar passaporte para entrar. Basta apresentar sua identidade, desde que ela tenha sido expedida até dez anos atrás.
É muito importante que você faça esse processo. Caso contrário, você pode pagar multas altas nos hotéis por onde passar, e nas pior das hipóteses, ser mandado de volta para o Brasil.
Uma dica importante: essa é a hora de trocar seus reais pelos soles, pois vai ser difícil alguém aceitar sua moeda brasileira a partir daí.
Primeira "parada" - Após percorrer mais 2 horas e meia, chegamos à Puerto Maldonado, cidade pacata, com bons hotéis e restaurantes e uma ótima opção para fazer a primeira parada e recarregar as baterias, depois de uma jornada de ao menos 560 quilômetros desde Rio Branco, atravessando o rio Madre de Dios de balsa.
Um detalhe interessante no Peru é que todos os estabelecimentos possuem placas indicativas de que ali é um lugar seguro em caso de tremores de terras.
Já alcançamos metade do caminho até Cuzco. Mas é a partir desse ponto que os níveis de dificuldade aumentam.
Podemos afirmar que atravessaremos o ponto mais crítico -- a cordilheira dos Andes, onde há o único pedaço não asfaltado do trecho Puerto Maldonado-Cuzco.
Vários aspectos devem ser analisados ao se planejar atravessar os Andes de carro. Entre elas está a potência do motor, atingido de forma implacável pelo oxigênio rarefeito. O veículo diminui a força na hora da subida, na mesma proporção em que suas forças também são minadas no chamado "mal da altura". Sensações de desconfortos respiratórios não são mais raros.
Embora a estrada tenha um trecho não asfaltado, isso não significa que você irá ter problemas com atoleiros, já que esse pedaço, de aproximadamente 50 quilômetros, é feito todo de cascalho, com algumas pontes, e homens trabalhando ao longo da estrada. Nada assustador.
"Subindo" os Andes
Passando por esse trecho, começamos a "subir", passando por vilarejos humildes e pacatos. Iremos percorrer 510 quilômetros até Cusco, um caminho sinuoso, e com asfaltamento impecável, assim como toda sua infra-estrutura de drenagem e sinalização, deixando o viajante bem tranqüilo.
Um dos sintomas que indicam que estamos subindo, são pequenos estalos no ouvido, respiração ofegante, às vezes uma leve tontura, mas nada que comprometa seus reflexos, uma vez que a velocidade não alcança os 60 km/h no trecho montanhoso. Você perceberá também que seu veículo não responde bem à potência real do motor, uma vez que ele precisa de oxigênio para o bom funcionamento, e o ar começa a ficar rarefeito.
Depois de alcançar até 4800 metros de altitude, começamos a descer as montanhas em direção à cusco. Até lá, o visual é de tirar o fôlego, literalmente, com montanhas altíssimas que mais parecem ter saído da tela do cinema.
Enfim, Cuzco - Chegando à lendária cidade de Cuzco nos deparamos com uma estátua de pachacutec. Vale lembrar que para viajantes mais extremos, há possibilidade de fazer esse trajeto (Rio Branco-Cuzco) de uma só vez, sem grandes esforços.Cuzco tem aproximadamente 300 mil habitantes e é rodeada por montanhas. Os peruanos são muito receptivos, e em Cuzco já estão acostumados a receber turistas. Portanto, não será difícil achar hotéis, ou até mesmo "hostales", termo usado para designar o que chamamos de hospedarias.
Os valores variam de 50 soles a 380 soles, se você deseja ficar em hotéis temáticos, com chá de coca e balão de oxigênio, na recepção, e internet e aquecedores, nos quartos.
Você não terá problemas para ser compreendido pelos peruanos se conversar devagar e com gestos.
Uma curiosidade que você encontrará no Peru: toda cidade tem uma praça de armas. Na de Cuzco se encontram todos os turistas, pessoas chegando à cidade, mochileiros, várias línguas sendo faladas, pessoas oferecendo serviços como city tours, passeios para o vale sagrado de Macchu Picchu, ruínas incas, convites para boates, trigo para os pombos e até massagem!
Passeios e lugares místicos - Você poderá fazer todos os passeios que Cuzco oferece, dependendo da sua disposição. O que se sugere é que você gaste pelo menos quatro dias pra conhecer tudo.
O mais simples é o city tour, que custa em média 15 soles. É um passeio de sprinter (Van), pelos locais tradicionais de Cuzco, com um guia narrando histórias e datas históricas a respeito de Cuzco e sobre a chegada do conquistador Pizarro e seus feitos.
O mais cobiçado quando se fala de Cuzco é a cidade sagrada de Macchu Picchu. O que muita gente não sabe é que Macchu Picchu fica em Cuzco.
Esse passeio pode ser feito em 24 horas, indo num dia e voltando no outro. É possível ainda fazê-lo inteiramente à pé pela famosa trilha inca.
Esses passeios variam muito de valor, podendo chegar a até US$ 500 dólares, cerca de R$ 950.
Outro passeio, considerado um dos mais importantes, é o que leva ao Vale Sagrado, conjunto de cinco cidades que possui impressionantes ruínas. Este pode ser feito em um dia apenas.
Se você quer visitar algumas ruínas sem gastar muito, você pode ir de táxi mesmo, partindo da praça das armas e subindo até o Cristo Branco, um lugar de onde você observa a cidade inteira de Cuzco do alto. O pacote inclui as ruínas de Saqsayhuaman, onde acontece a Festa do Sol, o Inti Raymi.
Tudo isso custa apenas quatro soles, no mais caro. Se você pedir ao taxista que espere para o retorno, o custo é de oito soles.
Um detalhe importante: se você quiser adentrar a esses locais, você precisa de um passe, chamado de passe turístico e que custa 70 soles. No caso do passeio alternativo de táxi, o turista só paga o taxista.
Se você gosta de fotografar, Cuzco é cheio de surpresas, como os próprios moradores.
As igrejas são de arquitetura barroca européia e incaica e artistas de rua, feiras, e belezas naturais podem ser uma opção de diversão.
Culinária e artesanato - Não é difícil perceber que os peruanos adoram frango com batatas, o chamado Pollo con papas (se pronuncia pôlho).
Mas como Cuzco é cosmopolita, você encontra as cozinhas incaica, italiana, francesa, brasileira, e também redes de fast food famosas, como a MacDonald's, por exemplo, que em Cuzco foge do padrão mundial, tendo desenhos Incas no seu interior. Ali, o Mac Chicken, um dos lanches mais comuns da rede, é chamado de "Pollo Classic".
Um prato muito exótico e tradicional é o Cuy, que é um parente do porquinho da índia.
Sua apresentação não é das mais agradáveis, mas é muito delicioso quando bem preparado.
Também é muito comum você encontrar feiras de artesanato ao ar livre, que exibem vestuário local feitos de alpaca, os chullos, que são colares e jóias muito bem feitos e bem tradicionais.
As "cholas" carregam sempre suas lhamas ou alpacas para que você tire fotos, pagando o valor simbólico de um sol.
Noite cuzquenha - A noite de Cuzco é bem animada para os que são da "balada romântica". Para os casais a cidade se torna um prato cheio, sobretudo àqueles quem procuram um passeio ao ar livre.
Mas se você caminhou demais e se sente cansado, com dores de cabeça, pode aliviar os sintomas tomando pílulas para "Soroche", como é chamado o mal da altura, ou mesmo tomando o chá de coca.
Após conhecer a cidade de Cuzco e suas maravilhas no entorno, é hora de arrumar as malas e partir para Puno, cidade onde conheceremos o lago Titicaca, o mais alto do mundo, com suas ilhas flutuantes, as ilhas de Uros.
*Diego Gurgel é fotógrafo, mas se arrisca, e bem, nos textos jornalísticos.
domingo, 6 de junho de 2010
sábado, 5 de junho de 2010
MOISÉS DINIZ COMENTA
A esplanação é do deputado comunista Moisés Diniz (PCdoB), lider do governo na Aleac.
Eis o conteúdo:
"Caro Edmilson,
Enquanto você escrevia essa acusação, eu estava no alto rio Tarauacá.
Cheguei hoje, às 6 da tarde e, ao acessar os blogs, vi o teu texto.
Minha reação foi de raiva e de desgosto com a política e com o jornalismo.
Estou te escrevendo novamente para fazer uma correção: eu não tenho nenhuma autoridade para determinar quantos deputados vão te interpelar judicialmente.
Na verdade, o que garanto é que eu vou fazer isso.
Eu não conheço você e nem os seus sonhos e idéias. O que sei é que você não pode agredir a honra das pessoas gratuitamente.
Se têm políticos canalhas, jornalistas canalhas, empresários, pastores, juízes... Você não pode jogar na lama todo mundo.
Eu vivo do meu salário. Eu não me submeto a nenhum esquema, não aceito nada que fira a minha honra.
Tenho três filhas e o que vou deixar para elas vai ser o estudo e a minha honradez.
Se tem canalhas, se você os conhece, corruptos, denuncie esses cretinos, mas não jogue na lama as pessoas de bem.
O que você fez não tem nada de jornalismo ou de liberdade de imprensa.
Você não pode jogar as pessoas na lama desse jeito.
Eu perdôo você, porque sei que é muito jovem. Mas, infelizmente, você terá que responder judicialmente pelas suas declarações.
Um abraço,
MOISÉS DINIZ".
Atualização às 22:28 - O deputado comunista fez o mesmo comentário no blog do Edmilson.
O MENSALÃO, OS DEPUTADOS E O BLOGUEIRO
Neste sábado, Edmilson levantou as suspeitas de “mensalão” na Assembléia Legislativa do Estado do Acre. De acordo com o blogueiro, “o governador do Acre, Binho Marques, paga mensalmente pelo silêncio cúmplice da grande parte dos deputados estaduais a quantia de R$ 23 mil mensais”.
Aproveitando o embalo e soltando fogos ao mesmo tempo, a ave de rapina, Deputado Luiz Calixto, pela manhã, fez o seguinte comentário via twitter: “Essa informação do Edmilson Alves vai render”, e logo depois, disponibilizou o link do blog do estudante.
Já o deputado estadual Moisés Diniz (PCdoB), líder do governo na Assembléia, efetuou o seguinte comentário na postagem:
“Caro Edmilson, Segunda-feira, os 14 deputados que apóiam o Governo Binho Marques vão acionar a Justiça para você provar o que está escrito nesse blog. Se você queria brincar com a honra dos outros, agora vai ter um custo. Nos encontraremos no tribunal”.
O curioso é que o deputado comunista fez o mesmo comentário várias vezes no mesmo post. Seria o nervosismo? Vai saber...
Agora só nos resta esperar os próximos capítulos dessa novela em ano eleitoral.
Só ressalto que o oposicionista que tem imunidade para fazer tais acusações, não as fez. A "bronca" pode sobrar apenas para o blogueiro. Pode, pois se ele provar o susposto "mensalão", o terraço da Aleac irá cair na cabeça de muitos engravatados.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
SEM LUZ...DE NOVO
Diferente do que anuncia, a administradora do serviço de energia no Acre, Eletrobrás – antiga Eletroacre – disse em nota, publicada no feriado de corpus Christi, 3, que no próximo domingo, dia 6, poderia haver um corte no fornecimento de energia pela período da manhã. Por volta das 5 às 7h.
E quem disse que o que é ruím não pode piorar?’
Para completar e demonstrar definitivamente a ausência de comando das autoridades, que vivem nas colunas sociais, os motoristas e cobradores do transporte coletivo continuam em greve. Existe a possibilidade de que na próxima segunda-feira, 7, todos os ônibus parem mais uma vez, como fez o sindicato na última segunda.
Sem luz, sem transporte público...ah, e sem educação também.
A greve dos professores foi encerrada, mas quem disse que os estudantes, prejudicados com a falta de transporte, estão indo às aulas? É notório o abandono das escolas, principalmente no centro da cidade. Quase um mês sem aulas e agora sem transporte. Tá complicado.
Os serviços essenciais estão sendo cerceados pela conivência de governo e prefeitura.
Começo a acreditar que cada povo tem o líder que merece...
Fazer o que? O Acre é o melhor lugar para se viver. A Beverly Hills tupiniquim.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
O IMPASSE DE TIÃO
Viana tem tentado vincular-se à candidata do PV, de quem é amigo pessoal, sem melindrar os interesses de seu partido. Em entrevista ao jornalista Altino Machado, publicada no site Terra, ele diz que o nome Marina Silva é “sagrado” e o “mais forte” no Acre, mas que Dilma tem “as melhores condições para ser a presidente do Brasil”.
Leia a postagem completa de Mariana Sanches, repórter de política da Revista Época.
terça-feira, 25 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
PMDB E RODRIGO PINTO NA JUSTIÇA
Os fatos que motivaram as duas ações, assinadas pelo procurador regional eleitoral substituto e auxiliar Paulo Henrique Ferreira Brito, são referentes às inserções em rádio e Tv da propaganda partidária gratuita veiculada de 10 a 21 deste mês. Segundo a representação, o Partido estaria utilizando-se do espaço concedido à propaganda partidária gratuita para fazer, na verdade, propaganda eleitoral extemporânea em favor de seu pré-candidato ao Governo, Rodrigo Pinto.
A ação contra o Partido pela propaganda partidária irregular pede, em caráter liminar, que sejam proibidas veiculações com o mesmo conteúdo nas inserções de que o PMDB ainda dispõe. Além disso, pede que o representado seja condenado às sanções previstas no Art. 45 da Lei 9096/95, que prevê cassação, no próximo semestre, de até cinco vezes ao da inserção ilícita.
A representação por propaganda eleitoral antecipada pede que o Partido e o pré-candidato paguem, além dos pedidos da ação paralela por propaganda partidária irregular, e no limite de suas responsabilidades, a multa prevista na Lei 9.504/97, multa no valor de R$ 5 Mil a R$ 25 Mil, ou ao equivalente ao custo da propaganda, se este for maior.
Fonte:MPF-AC
O TREMOR QUE NINGUÉM SENTIU
Por volta das 11h (horário local) desta segunda-feira, 24, o Centro de Pesquisas Geológicas dos EUA captou abalos sísmicos na divisa do Estado do Acre com o país andino Peru, onde seu epicentro teria sido no município acreano de Tarauacá, distante cerca de 400km da capital Rio Branco.
De acordo com a reportagem de Iberê Thenório, repórter do G1, o sismologo da Universidade de Brasília (UNB) João Corrêa Rosa afirma que o abalo ocorreu a 580,5 km de profundidade da superfície. E que segundo o especialista, quanto mais profundo o abalo, menos problema ele causa. "Ocorre um amortecimento, um espalhamento das ondas [sísmicas] antes de elas chegarem à superfície.", disse.
Ainda de acordo com a reportagem, “a situação no Acre é muito diferente do terremoto que abalou o Haiti no início do ano. Lá, o abalo atingiu 7 pontos de magnitude mas ocorreu a apenas 10 km de profundidade, além de estar muito próximo à capital do país.”, conta.
Porém, o especialista da UNB alerta que se o terremoto tivesse ocorrido a 50km da superfície, poderia ter causado grandes estragos,possibilidade, que segundo o próprio pesquisador, é improvável. “Um fenômeno assim, contudo, é muito raro, pois na região o "esfrega-esfrega" entre as placas tectônicas ocorre a centenas de quilômetros abaixo do solo.”, finaliza.
O Acre e suas peculiaridades. Um estado que evolui bastante: desemprego, assaltos, sequestros, corrupção, miséria e agora Terremoto. Que venha o Tsunami!
sábado, 22 de maio de 2010
MAIS ANTI-POVO IMPOSSÍVEL
Nilson não difere de boa parte dos parlamentares que construíram base eleitoral às custas do voto casado, e vive encostado no prestígio de correligionários como o próprio ex-governador, de quem será primeiro suplente nas eleições majoritárias que se avizinham. A decisão da cúpula petista em não reelegê-lo é, segundo se comenta, a maior prova de que ele não emplaca nas urnas sem a já desgastante ajuda do partido. Ou seja, Nilson Mourão tornou-se um fardo pesado, uma cruz difícil de ser carregada, mas que por conveniências que só a política explica, o cala-boca lhe cai bem, a fim de manter maquiada e “amistosa” a relação do PT com a comunidades eclesiais de bases, das quais o distinto e apático parlamentar é egresso.
Porém, é do tipo que defende o partido até a últimas conseqüências. Tanto que, em momento algum se solidarizou com aqueles que abandonaram a legenda. Marina que o diga. Muitos se perguntam se Mourão, aliás, ainda nutre a mesma “amizade e admiração” pelo ex-companheiro Henrique Afonso, que teve a sua ética partidária ferrenhamente questionada - e seria expulso se não pedisse desfiliação de forma espontânea – por defender a criminalização do aborto. Em outras palavras, dita a regra dos ditadores.
Abaixo, alguns exemplos de apatia do mandato de Nilson Mourão, que cumpriu à risca todas as recomendações para votar contra os projetos de interesse direto da população, mesmo consciente de que se tratava de uma orientação anti-popular. Por isso, deve-se a ele o título de um dos políticos mais anti-povo que se conhece no momento:
1 – Foi o principal articulador da CCJ da Câmara, mesmo não sendo membro daquela comissão, para derrubar a proposta de referendo popular sobre a mudança no fuso horário do Acre. Tanto esperneou, sob orientações do senador Tião Viana, que se aliou ao deputado José Genoíno, que se transformou em porta-voz maior para protelar as votações. Os anais da casa registram que Mourão foi, dentre os mais de 500 parlamentares, o que mais discursou contra o referendo, mas acabou derrotado.
2 –Votou contra o aumento aos aposentados, há 3 semanas. O petista ainda teve o descaramento de votar contra o fim do fator previdenciário, da mesma forma atendendo a ordens expressão do Planalto.
3 – Entre os 8 deputados federais do Acre, Nilson Mourão, na atual legislatura, foi o que mais usou a tribuna do Congresso Nacional. Nada menos que 70% das falas foram destinadas a bajular o governo. Os demais 30% foram para defender o Estado da Palestina, em pronunciamentos sem resultados práticos, pois ninguém lhe deu ouvidos, tanto que não há registro de alguma política externa capaz de mudar o quadro atual.
4 – Para muitos, Mourão se mostrou arrogante ao extremo durante um discurso que fez dias atrás, no plenário da Câmara Federal. Disse ele: ao final do dia 3 de outubro, quando os juízes eleitorais apertarem a tecla da totalização dos votos, “não vai dá pra ninguém, a Frente Popular será consagrada vitoriosa nas eleições”.
5 – Assim como votou contra os aposentados, Mourão usou o argumento de que “O Estado não pode se endividar” para dizer um NÃO sonoro à PEC 300, que fixa o piso salarial nacional aos policiais militares.
6 – O deputado também foi contra o aumento salarial para os funcionários públicos federais.
7 – Como católico que se diz ser, fica em cima do muro quando as propostas polemizam. É o caso do projeto que criminaliza a homofobia. O deputado não tomou partido sobre o assunto.
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segunda-feira, 3 de maio de 2010
sexta-feira, 30 de abril de 2010
APAGÕES NO ACRE: DESCULPAS E INVESTIMENTOS
O diretor de distribuição da Eletrobrás, José Luiz Santos, pediu desculpas públicas à Bancada Federal do Acre, na noite da última quarta-feira, em razão das interrupções continuadas no fornecimento de energia elétrica no estado. A deputada Perpétua Almeida (PCdoB), articuladora de uma audiência que reuniu a cúpula da Eletroacre, sindicalistas, o corpo técnico do Ministério de Minas e Energias e de Operações do Sistema Elétrico Nacional (ONS), sugeriu: “o perdão manifestado aqui deve ser dirigido, de preferência por meio da imprensa, aos consumidores acreanos que há anos são prejudicados, inclusive financeiramente, com os apagões”.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cuja missão é fiscalizar o sistema e cobrar desempenho satisfatório junto à Eletroacre, não mandou representante ao encontro - atitude considerada desrespeitosa por todos.
Porém, a pressão política surtiu efeito: uma turbina maior reforçará a distribuição de energia em Rio Branco a partir de maio. A engrenagem será emprestada de Manaus com a promessa de amenizar o problema, diminuindo a freqüência de apagões. A Eletrobrás assumiu o compromisso de modernizar o sistema a partir de investimentos imediatos que poderão envolver até mesmo o Banco Mundial.
Os deputados também cobraram do MME o pagamento das custas operacionais necessárias à normalização de equipamentos hospitalares em geral, inclusive os mamógrafos, danificados pela oscilações no fornecimento de energia.
Má gestão
O sistema, em particular em Rio Branco sob a responsabilidade restrita da Eletroacre, é tão ultrapassado que a administração regional tem dificuldades até para repor transformadores e peças simples como dijuntores. Uma força-tarefa autorizada pelo Ministério de Minas e Energia no ano passado figura no relatório do governo como “insuficiente”.
A má gestão, aliás, é de conhecimento no Ministério de Minas e Energias, que nega haver problema orçamentário para estabilizar o sistema. O secretário-geral do MME, Josias Araújo, informou que a previsão de investimentos na ordem de R$ 1,3 milhão para todo o ano de 2010 furou. Ou seja, somente nos três primeiros meses do ano, gastaram-se R$ 2,3 milhões sem que os resultados práticos aparecessem.
Não adianta economizar
A radialista Eliane Sinhazique, que representou os consumidores acreanos na reunião, revelou disparidades gritantes entre os valores cobrados e o consumo aferido pela Eletroacre. Muitos cidadãos recebem a conta de luz com aumento de até 100% de um mês para o outro, e este realizado não é particular de quem mora na capital. “Percebemos que não adianta economizar”, afirmou Sinhazique. Houve a promessa do Departamento Comercial da Eletrobrás de que todos os casos serão analisados. “É importante que os medidores sejam trocados, sem ônus para o usuário. Esta situação, de tão vexatória, precisa de um basta. Acho que a ficha caiu para a Eletrobrás, concluiu ela.
De olho
Os deputados Sérgio Petecão e Gladson Cameli reforçaram a pressão à Eletrobrás. Eles também irão acompanhar o cumprimento da “palavra empenhada” pela Eletrobrás – inclusive a instalação de mini-estações de distribuição em Rio Branco. De acordo com o planejamento apresentado, as obras ocorreriam em bairros como São Francisco, Calafate e Taquari, dentre outros.
Um documento assinado pelos deputados e dirigentes sindicais acreanos oficializa o apelo por providências. O documento é subscrito por Marcelo Jucá e Fernando Barbosa (Sindicato dos Urbanitários), Sebastiana Oliveira (Fetacre), João Flores e Madma Farias (Agência Reguladora do Acre) Magaly Medeiros (Representação do Governo do Acre em Brasília) e Regina Maia (Associação de Prefeitos do Acre).
segunda-feira, 26 de abril de 2010
CENSURA NO JORNALISMO DO ACRE
Olá, pessoal!
Quero informar o quanto ainda, nós jornalistas, estamos impedidos e coagidos de exercer a nossa profissão. Não vou entrar em detalhes se é ou não por questões de Governo. Quero apenas relatar a situação que me ocorreu semana passada. Recebi recados de ameaça se a minha matéria fosse levada à íntegra. Desde já, deixo claro que a ameaça não chegou em primeira mão aos meus ouvidos, fui apenas informada pelos meus superiores do local onde trabalho.
Semana passada, passei alguns dias apurando um material sobre uma denúncia contra o subcomandante da Polícia Militar do Acre, coronel Paulo César. Segundo a denúncia, feita por colegas de farda, o subcomandante teria reunido um grupo de sargentos para pedir votos ao deputado estadual Taumaturgo Lima (PT/AC), que será candidato a deputado federal e, ao pré-candidato a deputado estadual do também petista Ermício Sena. O caso ocorreu no Clube de Cabos e Soldados, na Sexta-feira da Paixão, dia 2 de abril. A denúncia foi feita à Aleac (Assembléia Legislativa do Acre) e ao Ministério Público Eleitoral.
Recebi a cópia da denúncia. Após saber dos detalhes, procurei o subcomandante para falar sobre o assunto, na manhã de sexta-feira, dia 23. Ele negou a acusação e disse que a reuniao era para tratar da redução do interstício de tempo para obtenção da promoção dos sargentos da Polícia Militar. Falou sobre isso e mais outras coisas. A conversa foi toda gravada e descrevi da mesma forma como ele falou, ou seja, a defesa dele sairia completa.
No sábado, quando estava elaborando a matéria, recebi uma ligação de um sargento dizendo que queria se pronunciar. Depois de alguns minutos, ele chegou com uma comissão de sargentos ao jornal e também fez a defesa. Tanto o Paulo César quanto essa comissão confirmou a presença desses pré-candidatos na tal reunião, porém, negaram que houve pedido de votos em troca de favores. A conversa com os sargentos também foi gravada.
Depois de umas duas horas, mais ou menos, outros militares foram até a direção do jornal ameaçar, caso a matéria fosse publicada. Eu não vi essas pessoas, apenas fui informada pela editoria que a matéria não seria publicada e o motivo.
É isso, gente. Após tanta investigação, a matéria não foi publicada. Não foi publicada porque, no Acre, ainda há coronéis que ligam (ou mandam) "capangas" ameaçar jornalistas. Agora me questiono: a matéria tinha as versões dos dois lados e o leitor tiraria suas próprias conclusões. Por que o subcomandante teve medo se havia se pronunciado e chegou a negar?
Ana Paula Batalha
Obs: Ana Paula exerce a função de repórter no diário A tribuna.