terça-feira, 29 de julho de 2008
segunda-feira, 28 de julho de 2008
sábado, 26 de julho de 2008
Expoacre 2008: A cavalgada
Todo ano é a mesma coisa. Quem é rico, mostra que adquiriu mais bois e toma cerveja gelada no verão escaldante da amazônia. Já quem é pobre, vai pra via Chico Mendes ver a boiada passar, babando, sonhando com o que faria se fossem contemplado com os R$ 52 milhões da mega-sena que será sorteado hoje a noite. Certamente, seria mais um desses aí na foto.
A foto foi extraida da estatal Agência de Noticias do Acre .
A foto foi extraida da estatal Agência de Noticias do Acre .
Pesquisadores da região Norte discutem cooperação internacional
Desde a última quarta-feira (24) pesquisadores das Unidades da Embrapa, localizadas na região Norte, estão reunidos na Embrapa Acre (rio Branco), com representantes da Assessoria de Relações Internacionais da Embrapa (Brasília-DF), discutindo estratégias de cooperação internacional, diretrizes e procedimentos legais para atuação no exterior. O resultado será uma agenda de atividades a ser implementada, levando-se em consideração o foco de atuação de cada Unidade.
“Estamos buscando ampliar a interação entre as unidades e estreitar o relacionamento com a Sede. Isto possibilita um trabalho mais integrado, além de treinamento para os profissionais da área e outras ações de natureza estratégica que visem o fortalecimento da área”, afirma Elisio Contini, chefe da ARI.
Instituição de pesquisa reconhecida internacionalmente por desenvolver e adaptar tecnologias capazes de elevar a produção de alimentos em áreas com pouca ou nenhuma aptidão para a agricultura, a Embrapa é constantemente demandada no contexto internacional. Atenta às tendências globais, a Empresa atua em diversos países, desde 1998, por meio de seus Laboratórios Virtuais (Labex), implantados em países como Estados Unidos, França e Holanda. Uma das formas de ampliar essa atuação no exterior é aproveitar as potencialidades de suas Unidades.
Dentro de um modelo de cooperação mútua, a atuação internacional vem possibilitando a captação de conhecimento junto a centros de excelência e a transferência de tecnologias de produção a nações em desenvolvimento, além de treinamento e capacitação de pessoal.
De acordo com Contini, nos últimos anos, a procura dos países por cooperação vem crescendo e a Embrapa está se preparando para esta nova realidade. Em maior ou menor grau, as Unidades têm uma participação efetiva neste processo. No caso de algumas Unidades da Amazônia, cujos estados fazem fronteira com países da América Latina ,o maior objetivo é transferir conhecimentos.
Neste sentido, a Embrapa Acre vem definindo estratégias para formalização de um acordo visando a transferência de tecnologias de baixo custo que possam melhorar a agricultura e pecuária dos países fronteiriços (Peru e Bolívia). Em outra linha atuação, a Unidade mantém um pesquisador no Labex/EUA atuando na área de manejo florestal. A intenção é fortalecer a integração e ampliar os benefícios da pesquisa científica e tecnológica para outros países.
“Outro ponto da cooperação internacional é o incremento dos negócios tecnológicos, que envolve a comercialização de produtos processos e serviços. Com a venda de mudas e sementes de qualidade para outros países, garantimos recursos para a realização de pesquisas futuras e ao mesmo tempo contribuímos para o desenvolvimento da agricultura desses países”, afirma Contini.
Uma visita à região de Montevideo (Pando/Bolívia), fronteira com o município de Plácido de Castro, encerra encontro, neste sábado (26). O objetivo dos pesquisadores é conhecer as características climáticas, geográficas e aspectos estruturais da região, visando embasar futuras parcerias.
Diva Gonçalves - Assesoria Embrapa Acre
“Estamos buscando ampliar a interação entre as unidades e estreitar o relacionamento com a Sede. Isto possibilita um trabalho mais integrado, além de treinamento para os profissionais da área e outras ações de natureza estratégica que visem o fortalecimento da área”, afirma Elisio Contini, chefe da ARI.
Instituição de pesquisa reconhecida internacionalmente por desenvolver e adaptar tecnologias capazes de elevar a produção de alimentos em áreas com pouca ou nenhuma aptidão para a agricultura, a Embrapa é constantemente demandada no contexto internacional. Atenta às tendências globais, a Empresa atua em diversos países, desde 1998, por meio de seus Laboratórios Virtuais (Labex), implantados em países como Estados Unidos, França e Holanda. Uma das formas de ampliar essa atuação no exterior é aproveitar as potencialidades de suas Unidades.
Dentro de um modelo de cooperação mútua, a atuação internacional vem possibilitando a captação de conhecimento junto a centros de excelência e a transferência de tecnologias de produção a nações em desenvolvimento, além de treinamento e capacitação de pessoal.
De acordo com Contini, nos últimos anos, a procura dos países por cooperação vem crescendo e a Embrapa está se preparando para esta nova realidade. Em maior ou menor grau, as Unidades têm uma participação efetiva neste processo. No caso de algumas Unidades da Amazônia, cujos estados fazem fronteira com países da América Latina ,o maior objetivo é transferir conhecimentos.
Neste sentido, a Embrapa Acre vem definindo estratégias para formalização de um acordo visando a transferência de tecnologias de baixo custo que possam melhorar a agricultura e pecuária dos países fronteiriços (Peru e Bolívia). Em outra linha atuação, a Unidade mantém um pesquisador no Labex/EUA atuando na área de manejo florestal. A intenção é fortalecer a integração e ampliar os benefícios da pesquisa científica e tecnológica para outros países.
“Outro ponto da cooperação internacional é o incremento dos negócios tecnológicos, que envolve a comercialização de produtos processos e serviços. Com a venda de mudas e sementes de qualidade para outros países, garantimos recursos para a realização de pesquisas futuras e ao mesmo tempo contribuímos para o desenvolvimento da agricultura desses países”, afirma Contini.
Uma visita à região de Montevideo (Pando/Bolívia), fronteira com o município de Plácido de Castro, encerra encontro, neste sábado (26). O objetivo dos pesquisadores é conhecer as características climáticas, geográficas e aspectos estruturais da região, visando embasar futuras parcerias.
Diva Gonçalves - Assesoria Embrapa Acre
Acústico & Plugado : O rock universal dos Camundogs em breve em DVD
O DVD já saiu do forno, só falta a mídia gráfica ser aprovada e pronto: Camundogs, uma das mais reconhecidas bandas de rock do Acre, estará lançando no mais tardar até a segunda metade de agosto o DVD com 13 músicas e um extra do vídeo produzido pelos alunos do curso de cinema da Usina de Arte João Donato no ano passado. O DVD é resultado dos quatro dias de apresentação da banda no projeto Acústico em Som Maior, em outubro de 2007.
Camundogs canta a linguagem global do rock. "Nosso som é universal", diz Aarão Prado, vocalista da banda. O DVD inaugura a volta da formação original da banda, núcleo que é um dos fundadores do Festival Varadouro.
O grupo também está no MySpace onde, segundo Aarão, o número de acessos tem sido bom. Para conhecer melhor a banda e até mesmo ouvir algumas músicas diretamente no computador, sem precisar fazer download, basta acessar o site www.myspace.com/camundogs.
Ou conferir letras como a da música "Surreal": E se já não sou eu mesmo//Pouco importa, tanto faz//Reinvente os meus segredos//E depois me deixe em paz.
Edmilson Ferreira - Agência de Noticias do Acre
'Rambo da Amazônia' lança filme
O amazonense Aldenyr Trindade Fortes, 43 anos, que se considera sósia do astro Silvester Stallone, está lançando o filme "Rambú IV, o clone - a Amazônia é nossa". O longa-metragem é protagonizado por ele mesmo, que também é conhecido como Rambú da Amazônia. Cerca de duas mil cópias do DVD já foram vendidas em Manaus em menos de um mês.
"O filme é sucesso. Não imaginava tanta repercussão. Logo vamos querer começar a divulgar o filme em outras regiões do país. O Amazonas está ficando pequeno", disse ele.
Segundo o produtor Rubens Pereira da Silva, o sucesso foi tanto que até a pirataria entrou em cena. "Os camelôs já venderam mais de dez mil cópias. Não temos como correr contra isso. Por outro lado, eles acabam divulgando o nosso trabalho, mesmo que por vias tortas. É isso que queremos."
Os filmes estrelados por Rambú seguem a linha 'trash' e têm uma veia cômica acentuada. "Apesar disso, procuramos mostrar um pouco da preocupação com a Amazônia", disse Júnior Castro, diretor do trabalho.
O Clone, como é conhecido o mais recente trabalho, fala da história de um cientista que cria um soldado com as mesmas características de Rambú. Inconformado com sua situação, o clone se une a um travesti - morto no filme anterior da série - que é ressuscitado em um culto de umbanda.
Os dois vilões também tentam destruir a Amazônia, mas não conseguem, pois a floresta é protegida pelo Rambú verdadeiro.
Orçamento
Segundo Silva, o filme foi rodado com orçamento de R$ 25 mil. "Chegamos a colocar dinheiro do nosso bolso para terminar a filmagem". O valor é bem diferente das obras protagonizadas por Silvester Stallone, que costuma alcançar milhões de dólares.
O produtor afirmou ainda que a equipe pretende deixar a linha 'trash' para viabilizar mais recursos. "Queremos mostrar mais as belezas da Amazônia. O próximo filme que pretendemos fazer vai mostrar mais a cultura regional. Deixaremos de lado essa característica cômica e seguiremos mais para a aventura."
Filmografia
Rambú já fez quatro filmes em sua carreira de 18 anos. Dos dois primeiros, no entanto, não há registros e uma campanha está sendo comandada por ele para tentar resgatar imagens dos trabalhos. "Foram feitos em VHS e ninguém tem cópia, nem mesmo eu", disse.
O filme em questão é o "Rambú, o resgate da princesa", tem 15 minutos de duração e foi lançado em 1990. A história conta o seqüestro da namorada de Rambú.
O segundo trabalho foi feito em 1992 e tem o título "Rambú II, Rambo contra a galera". Também tem duração de 15 minutos e mostra a história do resgate de um disquete com informações sigilosas.
O terceiro trabalho do ídolo amazonense foi o "Rambú III, o rapto do jaraqui dourado", que trata do roubo de um amuleto guardado por uma tribo indígena e que pode proteger a Amazônia da destruição. Tem 30 minutos de duração.
Veja trechos da "super" produção:
Glauco Araújo Do G1, em São Paulo
Cobaia morre de hepatite ao capturar anofelino na Amazônia
Mesmo infectado, Manoel Vitorino coletava amostras de sangue para exame de lâmina em Cruzeiro do Sul.
BRASÍLIA — O uso de ‘cobaias humanas’ e o combate a malária continuam a fazer vítimas no Acre. Manoel Vitorino da Silva é mais um caso. Ele morreu no dia 4 de novembro de 2007, vítima de hepatite, cirrose hepática, insuficiência renal e insuficiência respiratória. Um detalhe intrigante é que Silva nunca fumou nem ingeriu bebidas alcoólicas. Mesmo assim, consta no seu atestado de óbito, ao qual a Agência Amazônia teve acesso, que ele contraiu cirrose e hepatite, e veio a falecer em decorrência dessas doenças.
A história de Manoel Vitorino da Silva é idêntica à dos demais agentes de endemias em atividades em Cruzeiro do Sul, no Acre. Todos, sem exceção, expõem seus corpos nus para capturar do Anopheles, o mosquito transmissor da malária, e contraem a malária — alguns, até doze vezes seguidas; outros, um pouco menos. O drama de Silva não foi diferente.
Manoel Vitorino Silva ingressou na década de 80 na Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam), hoje Funasa. Sua função originária: motorista. Contudo, a partir de 1985, Silva é designado a desempenhar outra função. Passou a aplicar DDT (sigla de Dicloro-Difenil-Tricloroetano) e, posteriormente, a transportar o inseticida por vários dias em barcos pelo rio Juruá.
“Para que o veneno não fosse roubado, era (Silva) obrigado a dormir em cima das próprias sacas de veneno”, conta a viúva Darcy Teixeira da Silva, em um detalhado depoimento à Polícia Federal, em Cruzeiro do Sul. A Agência Amazônia teve acesso ao depoimento.
Anos mais tarde, o DDT não era o único veneno manuseado por Manoel Vitorino da Silva. Segundo a viúva, o seu marido “passou a trabalhar com outros tipos de veneno (...)’. Darcy não soube detalhar o nome deles. Apenas recorda-se que esses venenos, que não era apenas DDT, eram aplicados em açudes, residências e ruas de Cruzeiro do Sul.
Captura de anofelino
Silva fez o mesmo que seus colegas. Contratado na função de motorista, ele também sofreu desvio de função. Largou o transporte de veneno e, sem treinamento adequado, ingressou nas equipes de captura de anofelinos. Antes de morrer, Manoel Vitorino da Silva detalhou a esposa como se dava a captura: os servidores (iscas humanas) ficam com as calças suspensas acima do joelho; após o pouso, o mosquito era captura e acondicionado em vasilhas improvisadas pelos próprios agentes.
Os anos no Setor de Endemias foram cruciais para Silva. Ele contraiu duas malárias, hepatite e, no final da vida, cirrose hepática, conta a viúva Darcy Silva, revoltada. Mesmo doente, conta ela, o marido foi obrigado a trabalhar nos últimos dois anos. “Acometido dessas doenças, ele (Silva) trabalhou nos postos de saúde coletando amostras de sangue para exame de lâmina”, contou à PF.
Suspeita-se que ele possa ter sido contaminado durante o manuseio das lâminas. Em depoimentos à PF, outros agentes de endemias confirmaram que lâminas de coleta de sangue são reutilizadas várias vezes. Aas lâminas, conforme gravações obtidas pela Agência Amazônia, são lavadas apenas com sabão em pó e, posteriormente, reutilizadas na coleta de sangue de pessoas com suspeitas de malária. Se estiverem contaminados por outras moléstias — hepatite ou Aids, por exemplo — e o agente se cortar, a contaminação é certa.
Trabalho forçado
A situação dramática continua até seus dias finais. Contaminado por hepatite, e com os atestados médicos comprobatórios, Silva foi buscar amparo na chefia. Procurou Simone da Silva Daniel, a sua chefe imediata, na ilusão de que ela se sensibilizasse com seu sofrimento e lhe providenciasse um atividade laborial menos puxada. Sugeriu a Simone dar expediente no posto de saúde do bairro Cruzeirinho. Mas, infelizmente, seu pedido foi negado.
Silva foi afastado do trabalho por tempo indeterminado no dia 6 de setembro de 2007. Menos de um mês depois, no dia 4 de novembro, Manoel Vitorino da Silva morre em Porto Velho (RO), para onde fora levado, em conseqüência de falência múltiplas dos órgãos (neoplasia hepática, cirrose, hepatite, insuficiência renal e respiratória).
À PF a viúva Darcy disse ter consciência que as doenças foram causadas pelo uso contínuo do DDT e dos outros venenos, uma vez que o governo (Sucam e, posteriormente, o governo do Acre) não fornecia máscara e equipamentos aos agentes. Por fim, ela acha estranho o fato de o marido ter contraído cirrose, “já que ele (Silva) nunca fumou e bebeu bebida alcoólica”.
DDT causa câncer e morte de pássaros
O Dicloro-Difenil-Tricloroetano é conhecido popularmente conhecido por DDT e foi primeiro pesticida moderno largamente usado após a Segunda Guerra Mundial para o combate dos mosquitos causadores da malária e do tifo. É um inseticida barato e altamente eficiente.
Apesar de sua eficiência, a bióloga norte-americana Rachel Carson, denunciou em seu livro Primavera Silenciosa que o DDT causava doenças como o câncer e interferia com a vida animal causando, por exemplo, o aumento de mortalidade dos pássaros.
Por este e outros estudos o DDT foi banido na década de 1970 de vários países. O pesticida tem uma meia vida de vários dias em lagos e rios. Se acumula na cadeia alimentar — animais são contaminados por ele e depois são ingeridos por seus predadores que absorvem o poderoso veneno. Como os predadores se alimentam de várias presas, absorvem muito DDT.
Como resultado o DDT pode causar uma mortalidade maior para os predadores naturais de uma determinada praga do que para a própria praga. Isto pode causar um aumento descontrolado da população da praga devido à ausência de predadores.
O DDT pode estar presente em níveis aceitáveis em um lago, mas vai se acumulando ao longo de uma cadeia de predadores até chegar a um peixe de consumo humano que pode apresentar uma concentração de DDT muito tóxica. Na prática, o DDT se decompõe bem antes de se tornar concentrado, na cadeia alimentar.
Sobre a eficiência do DDT em combater mosquitos, não resta nenhuma dúvida dela. Graças ao DDT, a malária foi banida da Flórida, Itália, Espanha, etc. No Brasil, o DDT erradicou com a malária em estados como Ceará, Minas Gerais, Piauí, etc.
Em 1950, o então presidente Eurico Gaspar Dutra anunciou a erradicação da dengue no Brasil. Esta doença voltaria ao Brasil, no governo Sarney, justamente após o banimento do DDT no Brasil. O seu uso é controlado pela Convenção de Estocolmo sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes.
CHICO ARAÚJO
chicoaraujo@agenciaamazonia.com.br
sexta-feira, 25 de julho de 2008
A cabeça do Petecão
Batman é Bush, defende artigo no 'Wall Street Journal'
Texto assinado por escritor defende que filme representa guerra contra o terror. 'Batman é vilanizado por confrontar terroristas nos únicos termos que eles entendem'
“Ou você morre um herói, ou vive tempo suficiente para se ver transformado em vilão.” A frase, que vem sendo martelada nas propagandas do novo filme de Batman, pode explicar o anti-americanismo que se espalhou pelo mundo e as críticas ao presidente George W. Bush, segundo artigo de opinião publicado nesta sexta-feira (25) no “Wall Street Journal”.
"Batman: o cavaleiro das trevas", que estreou no Brasil há uma semana, é “um filme conservador sobre a guerra contra o terrorismo”, diz o texto.
A comparação é simples, segundo o escritor Andrew Klavan, autor do artigo de opinião: Batman é o presidente norte-americano George W. Bush, a quem se refere apenas como “W”.
“Assim como W, Batman é vilanizado e desprezado por confrontar terroristas nos únicos termos que eles entendem. Assim como W, Batman às vezes tem que ultrapassar as fronteiras dos direitos civis para lidar com emergências”, diz o artigo. “E assim como W, Batman entende que não há equivalência moral entre uma sociedade livre – em que as pessoas às vezes tomam decisões equivocadas – e um setor criminoso voltado à destruição.”
Segundo Kavlan, o novo filme de Batman ajuda a entender o que chama de dilema político norte-americano: “Fazer a coisa certa é difícil, e falar a verdade é perigoso”.
Seu texto alega que, enquanto a esquerda faz filmes realistas criticando abertamente o governo Bush e a guerra ao terror, a direita tem que se valer de recursos de ficção para defender suas opções políticas. É por isso, diz, que Hollywood tem que “mascarar” a realidade para falar o que pensa.
“Quando nossa comunidade artística estiver pronta para mostrar que às vezes é preciso matar para preservar a vida; que às vezes é preciso violar seus valores para poder preservar estes valores, (...) somente aí poderemos dar o devido valor ao presidente Bush.”
Do G1, em Sào Paulo
“Ou você morre um herói, ou vive tempo suficiente para se ver transformado em vilão.” A frase, que vem sendo martelada nas propagandas do novo filme de Batman, pode explicar o anti-americanismo que se espalhou pelo mundo e as críticas ao presidente George W. Bush, segundo artigo de opinião publicado nesta sexta-feira (25) no “Wall Street Journal”.
"Batman: o cavaleiro das trevas", que estreou no Brasil há uma semana, é “um filme conservador sobre a guerra contra o terrorismo”, diz o texto.
A comparação é simples, segundo o escritor Andrew Klavan, autor do artigo de opinião: Batman é o presidente norte-americano George W. Bush, a quem se refere apenas como “W”.
“Assim como W, Batman é vilanizado e desprezado por confrontar terroristas nos únicos termos que eles entendem. Assim como W, Batman às vezes tem que ultrapassar as fronteiras dos direitos civis para lidar com emergências”, diz o artigo. “E assim como W, Batman entende que não há equivalência moral entre uma sociedade livre – em que as pessoas às vezes tomam decisões equivocadas – e um setor criminoso voltado à destruição.”
Segundo Kavlan, o novo filme de Batman ajuda a entender o que chama de dilema político norte-americano: “Fazer a coisa certa é difícil, e falar a verdade é perigoso”.
Seu texto alega que, enquanto a esquerda faz filmes realistas criticando abertamente o governo Bush e a guerra ao terror, a direita tem que se valer de recursos de ficção para defender suas opções políticas. É por isso, diz, que Hollywood tem que “mascarar” a realidade para falar o que pensa.
“Quando nossa comunidade artística estiver pronta para mostrar que às vezes é preciso matar para preservar a vida; que às vezes é preciso violar seus valores para poder preservar estes valores, (...) somente aí poderemos dar o devido valor ao presidente Bush.”
Do G1, em Sào Paulo
Comunidade no ORKUT condena o novo horário do Acre
Além das reclamações da maioria da população sobre o novo horário do Acre, os internautas, de forma criativa, não ficam atrás. Uma comunidade no site de relacionamento Orkut denominada “Dane-se o novo horário do Acre” através de seus membros, pedem “lanterninhas”para os estudantes e a população que precisa acordar cedo.
De acordo com a comunidade, Tião Viana não respeitou o relógio biológico das pessoas ao aprovar, segundo eles, sem plebiscito o novo horário do estado, fazendo assim, todos os acreanos acordarem uma hora mais cedo, sem consentimento prévio.
“Sempre fui PETISTA, apoiei todas as obras e idéias do PT, mas dessa vez TIÃO VIANA foi longe demais!
- ele nos colocou de acordo com o horário Brasileiro, não nos acertou com Brasília, mas nos incluiu no horário da maior parte do País, isso é bom? é isso é ótimo!
agora me responda,
ele respeitou o SEU horário biologico?
ALUNOS:
é bacana chegar com o dia amanhecendo no colégio né?
e quem depende de ônibus, que vai pro ponto de ônibus, podemos dizer que ANOITE, com tudo ESCURO!
Tião Viana, LANTERNINHA A TODOS!
enfiim..
Boicote você também esse horário mediocre que está tirando uma hora da vida de cada um dos Acreanos!
FORA!
- AAAHH:
NA HORA DE MUDAR ALGUÉM PEDIU A SUA OPNIÃO?
NINGUÉM SE IMPORTOU COM VOCÊ! “(sic)
Esse foi o desabafo da proprietária da comunidade.
Para acessar a comunidade, clique aqui.
De acordo com a comunidade, Tião Viana não respeitou o relógio biológico das pessoas ao aprovar, segundo eles, sem plebiscito o novo horário do estado, fazendo assim, todos os acreanos acordarem uma hora mais cedo, sem consentimento prévio.
“Sempre fui PETISTA, apoiei todas as obras e idéias do PT, mas dessa vez TIÃO VIANA foi longe demais!
- ele nos colocou de acordo com o horário Brasileiro, não nos acertou com Brasília, mas nos incluiu no horário da maior parte do País, isso é bom? é isso é ótimo!
agora me responda,
ele respeitou o SEU horário biologico?
ALUNOS:
é bacana chegar com o dia amanhecendo no colégio né?
e quem depende de ônibus, que vai pro ponto de ônibus, podemos dizer que ANOITE, com tudo ESCURO!
Tião Viana, LANTERNINHA A TODOS!
enfiim..
Boicote você também esse horário mediocre que está tirando uma hora da vida de cada um dos Acreanos!
FORA!
- AAAHH:
NA HORA DE MUDAR ALGUÉM PEDIU A SUA OPNIÃO?
NINGUÉM SE IMPORTOU COM VOCÊ! “(sic)
Esse foi o desabafo da proprietária da comunidade.
Para acessar a comunidade, clique aqui.
Policia Federal divulga versão em relação a prisão do ex-deputado João Correia
RIO BRANCO/AC – A Assessoria de Comunicação da Polícia Federal no Acre esclarece em nota à imprensa o fato ocorrido com o ex-deputado João Correia no dia 23 de junho na cidade de Epitaciolândia/AC.
De acordo com os funcionários da Receita o fato foi desencadeado quando este senhor foi realizar o despacho aduaneiro de mercadorias compradas no país vizinho e ao ter errado o preenchimento do formulário foi solicitado pelos funcionários que preenchesse outro. A partir deste momento este senhor, bastante alterado, provocou um escândalo, proferindo várias palavras de baixo calão e xingando os funcionários da Receita que prestavam serviço naquele posto.
Por volta das 16 horas os funcionários da Receita Federal telefonaram à delegacia de Polícia Federal em Epitaciolândia solicitando apoio dos policiais federais. Foram enviados dois Agentes de Polícia Federal que ao chegar ao local tentaram conversar e acalmar este senhor que continuava alterado, xingando muito. O ex-deputado passou a xingar também os policiais federais e entre outras palavras de baixo calão proferiu que os dois eram “moleques”, que ele era a autoridade ali e quem “pagava o salário deles”.
Após diversas tentativas de acalmá-lo e convidá-lo a se dirigir à delegacia o mesmo disse que só iria se fosse preso. Devido aos diversos abusos o mesmo foi algemado e levado até a Delegacia para prestar esclarecimentos ao Delegado do dia. O ex-deputado foi ouvido e foi lavrado um termo circunstanciado de desacato contra os funcionários da Receita Federal. Quanto às algemas, as mesmas só foram retiradas após o ex-deputado se acalmar, procedimento de praxe realizado com qualquer indivíduo que esteja sendo ouvido. Após ser ouvido o senhor ex-deputado foi liberado.
A Polícia Federal esclarece que em nenhum momento houve qualquer abuso de sua parte, que o senhor ex-deputado não foi derrubado ao chão como noticiou determinado veículo da imprensa e que apesar dos diversos xingamentos voltados aos Policiais Federais só foi lavrado termo circunstanciado de abuso de autoridade em relação aos funcionários da Receita Federal.
Por:Assessoria de Comunicação / Superintendência Regional da PF no Acre
Tel.:(68) 3212-1279
De acordo com os funcionários da Receita o fato foi desencadeado quando este senhor foi realizar o despacho aduaneiro de mercadorias compradas no país vizinho e ao ter errado o preenchimento do formulário foi solicitado pelos funcionários que preenchesse outro. A partir deste momento este senhor, bastante alterado, provocou um escândalo, proferindo várias palavras de baixo calão e xingando os funcionários da Receita que prestavam serviço naquele posto.
Por volta das 16 horas os funcionários da Receita Federal telefonaram à delegacia de Polícia Federal em Epitaciolândia solicitando apoio dos policiais federais. Foram enviados dois Agentes de Polícia Federal que ao chegar ao local tentaram conversar e acalmar este senhor que continuava alterado, xingando muito. O ex-deputado passou a xingar também os policiais federais e entre outras palavras de baixo calão proferiu que os dois eram “moleques”, que ele era a autoridade ali e quem “pagava o salário deles”.
Após diversas tentativas de acalmá-lo e convidá-lo a se dirigir à delegacia o mesmo disse que só iria se fosse preso. Devido aos diversos abusos o mesmo foi algemado e levado até a Delegacia para prestar esclarecimentos ao Delegado do dia. O ex-deputado foi ouvido e foi lavrado um termo circunstanciado de desacato contra os funcionários da Receita Federal. Quanto às algemas, as mesmas só foram retiradas após o ex-deputado se acalmar, procedimento de praxe realizado com qualquer indivíduo que esteja sendo ouvido. Após ser ouvido o senhor ex-deputado foi liberado.
A Polícia Federal esclarece que em nenhum momento houve qualquer abuso de sua parte, que o senhor ex-deputado não foi derrubado ao chão como noticiou determinado veículo da imprensa e que apesar dos diversos xingamentos voltados aos Policiais Federais só foi lavrado termo circunstanciado de abuso de autoridade em relação aos funcionários da Receita Federal.
Por:Assessoria de Comunicação / Superintendência Regional da PF no Acre
Tel.:(68) 3212-1279
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Acre obriga agentes a servirem de ‘isca humana’
Secretaria de Saúde quer agentes fazendo novamente captura do mosquito da malária. Prática ocorre em outras áreas da Amazônia.
BRASÍLIA — A partir de segunda-feira, 28, todos os agentes de endemias que atuam no Juruá, no Acre, terão de reiniciar a coleta de Anopheles, o mosquito transmissor da malária. Caso não o façam, poderão ser demitidos sumariamente. A determinação foi expedida nesta quarta-feira pela Secretaria de Saúde do Acre, segundo denúncia feita por um grupo de agentes à Associação Brasileira de Proteção aos Sujeitos da Pesquisa Clínica (Abraspec).
A decisão viola a Resolução 357, do Conselho Nacional de Saúde, que proíbe
a utilização de iscas humanas na captura de mosquitos da malária, e os preceitos legais Resolução nº 196/1996 da Comissão Nacional de Ética em Pesquisas (Conep). Tal prática viola, também, a nova Resolução RDC 39, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proíbe pesquisas epidemiológias e observacionais sem a devida aprovação dos órgãos reguladores específicos: a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN).
Em depoimentos este mês à PF, agentes confirmam que ficavam entre seis e 12 horas com o corpo nu exposto às picadas dos mosquitos. Cada um deles recebia em média 300 picadas diárias. Eles confirmaram ainda à PF terem contraído malárias seguidas. Marcílio da Silva Ferreira é um desses. Pegou 12 malárias. Mesmo assim, Ferreira foi forçado a continuar trabalhando.
A ordem da Secretaria de Saúde obriga que, mesmo o caso sob investigação, os agentes voltem à prática de ‘iscas humanas’ de forma a permitir a continuidade das pesquisas da malária no Acre. O objetivo da pesquisa é garantir o seqüenciamento genético do genoma do mosquito Anopheles, transmissor da doença.
Para Jardson Bezerra, a imposição do governo do Acre se constitui afronta ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal. Os dois órgãos investigam o caso.
“Mais uma irresponsabilidade”
Para obrigá-los a reiniciar a captura, a Secretaria de Saúde utilizou um preposto para ler um documento supostamente emitido pelo Ministério da Saúde. Segundo a Abraspec, o tal documento insinua que a prática de isca humana é normal e seria autorizada pelo ministério.
Além da malária, os agentes estão na iminência de contraírem hepatite e a Aids, uma vez que eles são obrigados a reutilizar lâminas de coleta de sangue. E a confirmação vem de Simone Daniel. Em conversas gravadas pelos agentes, ela confessa que não há nenhum método de esterilização no reaproveitamento da vidraria laboratorial. A prática viola as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e expõe os agentes aos riscos da contaminação. A Agência Amazônia possui documentos de que um agente morreu vítima de hepatite após manusear lâminas reutilizáveis.
“É mais uma irresponsabilidade”, reagiu Jardson Bezerra, indignado Ao permitir o retorno dos experimentos com “cobaias humanas”, a Secretaria de Saúde viola frontalmente os direitos difusos. “Essa é uma prática é perversa; mortal, e que, ao longo dos anos, levou muitas pessoas a se dedicarem dias e noites — dando o próprio sangue — na busca da cura de um flagelo do Brasil e do mundo: a malária”.
O uso das cobaias humanas, normal para muitos, é uma atividade desumana e, nos últimos anos, levou centenas de pessoas à morte, inclusive na Amazônia brasileira.
Combate à malária
Bezerra esclarece, por sua vez, que a entidade a qual dirige, a Abraspec, nunca pedira (e nem pedirá) a suspensão das ações de combate à malária na Amazônia. O pedido, segundo ele, é tão somente no sentido de que todo o combate atenda aos princípios de dignidade da pessoa humana e os seres humanos não sejam submetidos a procedimentos degradantes.
Segundo o advogado, a tese utilizada há dois meses em nota técnica da Secretaria Saúde do Acre, o discurso do senador Tião Viana (PT-AC) e a nota técnica do Ministério da Saúde — e adotada como fundamentos que encerrou, sem julgamento do mérito, a Ação Civil Pública impetrada pela Abraspec — não tem qualquer sentido. Em uma das notas, a assinada por José Lázaro de Brito Ladislau, coordenador do Programa Nacional de Controle da Malária, justifica-se que não há, no Acre, pesquisas científicas com uso de ‘cobaias humanas’.
Porém, a realidade é bem outra. Declarações da Gerência de Vigilância Ambiental no Vale do Juruá — o órgão é vinculado ao Departamento de Ações Básicas de Saúde (Dabs), da Secretaria de Saúde — desmontam tal versão. Um documento assinado por Cláudio Rodrigues de Souza e Márcio Sales Uchoa é esclarecedor. Diz textualmente que agentes de saúde participam de pesquisas científicas na área urbana e rural desde 17 de agosto de 2004.
Governo tenta enganar
As notas afirmam, de maneira categórica, que tais pesquisas seguiam estritamente as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e que por isso não havia irregularidades nos procedimentos adotados e que tudo era normal. “Na verdade, tudo pura falácia”, diz Jardson Barbosa. “Os governos do Acre e o federal, este por omissão, transgrediram todas as leis, resoluções e tratados internacionais que tratam da dignidade da pessoa humana e que está estampado na Constituição Federal brasileira no artigo 1º inciso III”.
As pesquisas cujo início das atividades tenha ocorrido antes das devidas aprovações sanitárias e/ou éticas passaram a ser tipificadas como infração sanitária gravíssima e o não cumprimento do disposto nesta Resolução da Anvisa RDC nº 39 implica em crime sanitário, ficando o infrator sujeito às penalidades previstas na Lei 6.437/77.
CHICO ARAÚJO
chicoaraujo@agenciaamazonia.com.br
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Policia Federal prende o ex-deputado Federal João Correia
O que era pra ser um dia de compras e divertimento, acabou se tornando um pesadelo para o ex-deputado federal João Correia. No final da tarde de ontem, 23, ele e sua esposa Marines Correia chegaram no posto fiscal da Receita Federal em Epitaciolândia para declarar as compras feitas em Cobija, cidade boliviana que faz fronteira com Brasiléia, quando ocorreu um desentendimento com os fiscais da Receita Federal.
Segundo informações, quando o ex-parlamentar foi preencher o documento de declaração, acabou rasurando a folha, ao pedir outra lauda, ele começou a discutir com os fiscais da receita. De acordo com testemunhas, João Correia teria falado para os servidores da Receita, que eles deveriam atender melhor as pessoas, pois eles estão sendo pagos com o dinheiro do povo. Com isso, os funcionários sentido-se lesados, acionaram a Policia Federal .
Quando a PF chegou, foram surpreendidos, João Correia teria desacatado as autoridades e não restando outra solução, recebeu ordem de prisão. João foi levado para a delegacia da PF do município.
Depois de algumas horas preso, recebeu a visita de seu colega de partido, Aldemir Lopes, Ex-prefeito de Brasiléia. Em seguida, os advogados de defesa chegaram com o filho e a nora dele.
Por volta das 20 horas, João correia foi liberado depois de assinar o TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) que o obriga a ficar a disposição da justiça.
Revisitando Sócrates
Terça-feira, 22, na parte da manhã, percorro sites esportivos e leio as páginas de esportes dos jornais locais. Além das trivialidades e perfumarias de sempre, uma grande surpresa: os dirigentes do Fast Clube, do Amazonas, declaram que a equipe não mais disputará as duas partidas que lhe restam, contra Luverdense e Rio Branco, pela série C do Brasileirão.
Sob a alegação de que o poder público amazonense não vai ajudar nas despesas de deslocamento e estada da equipe em Lucas do Rio Verde (MT) e Rio Branco (AC), o Fast, literalmente, avisou que iria “tirar o time de campo”. Largar tudo, dar adeus e ir embora, ver se ainda sobra algum jaraqui da piracema que subiu nos últimos dias as águas do rio Negro.
A retaliação por parte da Confederação Brasileira de Futebol é evidente. Não havendo castigo nenhum por parte dos eventuais fujões, as competições futuras correm o grande risco de virar uma casa de mamãe Joana. Cinqüenta mil reais de multa e suspensão de dois anos dos campeonatos promovidos pela entidade é a pena. Sem choro nem vela.
Terça-feira, 22, pela parte da tarde, a notícia da manhã já não vale mais nada. Última forma: o Fast vai sim disputar as duas partidas marcadas na tabela. Vai pegar um avião às pressas para Brasília, pegar outro avião da capital federal para Cuiabá, pegar um ônibus para Lucas do Rio Verde, fazer tudo de volta e cumprir os compromissos previamente agendados.
Como que por algum passe de mágica, de repente, não mais que de repente, choveu algum tipo de patrocínio na horta do Fast Clube e os amazonenses desistiram da nefasta idéia de adotar a manjada estratégia de Napoleão Bonaparte de sair pela porta dos fundos, abandonando um lugar que conquistaram por direito e onde muitos certamente gostariam de estar.
Ou foi mágica ou então o Fast Clube jamais teve a intenção de cumprir a ameaça de abandonar a competição. Fez tão somente uma pressãozinha, uma espécie de drible de corpo, acenando com a possibilidade de deixar mal na fita uma ruma de amazonenses que, não custa lembrar, querem até que o Estado seja sub-sede do Mundial de 2014.
No espaço de poucas horas, duas informações diametralmente opostas envolvendo o mesmo personagem. A velocidade vertiginosa com que o mundo gira não nos dá mais garantia de coisa alguma. O tempo que estava aqui já não está mais. E no momento em que você lê estas mal traçadas, leitor, quarta-feira de manhã, 23, tudo pode ter mudado outra vez.
Ninguém deve se surpreender se o Fast tiver perdido o vôo de propósito. Muito menos se os seus dirigentes tiverem resolvido permanecer em Brasília. Ninguém deve se surpreender nem se o Luverdense tiver optado por levar o bandeirinha acreano Mário Jorge para reforçar a sua defesa. Cada vez mais, à moda de Sócrates, o que eu sei é que nada sei!
Francisco Dandão, Mestre em Comunicação Social e Colunista da Folha do Acre
Sob a alegação de que o poder público amazonense não vai ajudar nas despesas de deslocamento e estada da equipe em Lucas do Rio Verde (MT) e Rio Branco (AC), o Fast, literalmente, avisou que iria “tirar o time de campo”. Largar tudo, dar adeus e ir embora, ver se ainda sobra algum jaraqui da piracema que subiu nos últimos dias as águas do rio Negro.
A retaliação por parte da Confederação Brasileira de Futebol é evidente. Não havendo castigo nenhum por parte dos eventuais fujões, as competições futuras correm o grande risco de virar uma casa de mamãe Joana. Cinqüenta mil reais de multa e suspensão de dois anos dos campeonatos promovidos pela entidade é a pena. Sem choro nem vela.
Terça-feira, 22, pela parte da tarde, a notícia da manhã já não vale mais nada. Última forma: o Fast vai sim disputar as duas partidas marcadas na tabela. Vai pegar um avião às pressas para Brasília, pegar outro avião da capital federal para Cuiabá, pegar um ônibus para Lucas do Rio Verde, fazer tudo de volta e cumprir os compromissos previamente agendados.
Como que por algum passe de mágica, de repente, não mais que de repente, choveu algum tipo de patrocínio na horta do Fast Clube e os amazonenses desistiram da nefasta idéia de adotar a manjada estratégia de Napoleão Bonaparte de sair pela porta dos fundos, abandonando um lugar que conquistaram por direito e onde muitos certamente gostariam de estar.
Ou foi mágica ou então o Fast Clube jamais teve a intenção de cumprir a ameaça de abandonar a competição. Fez tão somente uma pressãozinha, uma espécie de drible de corpo, acenando com a possibilidade de deixar mal na fita uma ruma de amazonenses que, não custa lembrar, querem até que o Estado seja sub-sede do Mundial de 2014.
No espaço de poucas horas, duas informações diametralmente opostas envolvendo o mesmo personagem. A velocidade vertiginosa com que o mundo gira não nos dá mais garantia de coisa alguma. O tempo que estava aqui já não está mais. E no momento em que você lê estas mal traçadas, leitor, quarta-feira de manhã, 23, tudo pode ter mudado outra vez.
Ninguém deve se surpreender se o Fast tiver perdido o vôo de propósito. Muito menos se os seus dirigentes tiverem resolvido permanecer em Brasília. Ninguém deve se surpreender nem se o Luverdense tiver optado por levar o bandeirinha acreano Mário Jorge para reforçar a sua defesa. Cada vez mais, à moda de Sócrates, o que eu sei é que nada sei!
Francisco Dandão, Mestre em Comunicação Social e Colunista da Folha do Acre
Pequenos agricultores do Acre investem na produção de banana orgânica
Famílias de pequenos agricultores da região de Rio Branco comemoram os bons resultados da venda de bananas. A adubagem é feita com casca de mandioca, eliminando os agrotóxicos.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Amazônia ganha obra de metodologia científica
Duas professoras da Universidade Federal de Rondônia (Unir), no Campus da cidade de Cacoal, acabam de colocar à disposição do público leitor uma bem elaborada obra educacional. É o livro Primeiros passos da Metodologia Científica na Graduação, com lançamento previsto para 5 de agosto, no Campus da Unir, em Cacoal. A obra é prefaciada por um dos maiores especialistas em educação do País: escritor e pedagogo Hamilton Werneck.
A qualidade da obra surpreende Werneck. “Há muito não lia uma obra de Metodologia Científica capaz de prender a atenção, apesar de o assunto ser bastante árido”, diz. Para o escritor, a obra, escrita pelas professoras Maria Bernadete Junkes e Maria Lindomar dos Santos, a principal característica de Primeiros passos da Metodologia Científica na Graduação é a simplicidade do texto, que “pode ser trabalhado e compreendido por todos”.
“A didática do texto escrito é marcante e dá à obra um de seus pontos fortes: clareza, caminho tipicamente indutivo, como se cada autora estivesse com a intenção de deixar claro para o leitor que a elaboração de um trabalho científico é possível e não significa um entrave ao final do curso”, destaca Werneck, no prefácio. O livro das duas professoras da Unir é, também, na opinião dele, uma leitura de grande clareza e capaz de indicar as pistas necessárias para aqueles que querem garantir o valor científico que a academia (universidade) requer de um trabalho acadêmico.
Facilitar a vida
A obra que, segundo Werneck, adquire vida em cada capítulo, destina-se facilitar a vida dos graduandos. Primeiros passos da Metodologia Científica na Graduação é fruto da experiência das autoras (Bernadete Junkes e Maria Lindomar) em mais de 5 anos trabalhando com o ensino superior. Logo na apresentação, elas sentenciam: “A presente obra objetiva orientar os acadêmicos nos diversos tipos de trabalhos, os quais serão solicitados do início ao final do curso ao qual está vinculado.”
Pela sua abordagem, o livro de Bernadete e Lindomar se constitui ferramenta indispensável na vida de um universitário na sua caminhada rumo ao saber científico. As razões são simples. A obra detalha os diversos trabalhos apresentados na graduação: resumo, resenha, artigo científico, projetos, e trabalho de conclusão de curso, a temível TCC para a maioria dos estudantes.
As autoras ensinam, em um texto de didática marcante, que a busca do saber científico requer um método, uma linguagem, um domínio no campo das citações bibliográficas. E fazem isso com base na competência que adquiriram ao longo desses cinco anos de magistério no Campus da Unir em Cocoal.
Perfil das autoras
Maria Bernadete Junkes é graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Paranaense (1984); graduação em Matemática - Licenciatura Plena pela Fundação Universidade Federal de Rondônia - Campus de Cacoal (1998), e mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2002). Atualmente é doutoranda do Curso de Ciências da Saúde na Universidade de Brasília — UnB (2006-2009). Docente da Fundação Universidade Federal de Rondônia — Campus Cacoal.
Tem experiência na área de Economia, Estatística e Bioestatística, Matemática Financeira, Metodologia Científica, Metodologia da Matemática e Planejamento Urbano. Organizadora do livro Trabalho Acadêmicos: a facilidade em desenvolvê-los em parceria com a professora Maria Lindomar dos Santos.
Maria Lindomar dos Santos tem graduação em Pedagogia pela Faculdade de Educação de Cacoal (1991). Pós-graduada em Didática do Ensino Superior, Metodologia do Ensino Superior, Metodologia do Ensino da Língua Inglesa e Gestão Escolar. Mestranda em Ciencia de la Educación pela Universidad Tecnológica Intercontinental de Ciudad Del Este/ PY. Professora cedida à Universidade Federal de Rondônia – campus Cacoal responsável pelas disciplinas de Normas e Técnicas de Pesquisa e Monografia Jurídica I e Monografia Jurídica II.
Tem experiência na área de Educação, com ênfase na formação de professores, didática para professor do ensino fundamental, médio e superior. Professora de música, Inglês e italiano. Autora do livro Trabalho Acadêmicos: A facilidade em desenvolvê-los, em parceria com a professora Maria Bernadete Junkes.
Serviço
Data do lançamento:
5 de agosto de 2008
Local:
Campus da Unir, em Cacoal (RO).
Horário:
20h
Como adquirir:
A obra custa R$ 20,00 e pode ser encomendada através do e-mail das autoras: mlindomar@hotmail.com
Chico Araújo - Agência Amazônia
sábado, 19 de julho de 2008
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Woodstock judia
No último dia 12, um dia antes do dia mundial do rock, um grupo de jovens organizaram um evento intitulado Rock in Judia, as margens do Igarapé Judia, em Rio Branco no Acre.
Como encontrei:Woodstock no judiaPesquisando pela internet, acabei encontrando um panfleto que me fez pensar, refletir, ponderar e dar risadas. Sim, no Acre já teve o woodstock e eu não fui. Para quem não sabe o que é o woodstock, vou explicar:
• Foi o maior festival de musica e arte no final da década 60 em Nova Iorque nos Estados Unidos;
• Os estilos musicais presentes foram: rock, folk, bluese demais gêneros que não sei;
• os hippies eram a tribo predominante no festival;
• A festa durou três dias;
• Acho que a frase “Sexo, drogas e rock and roll” nasceu lá.
Bem, voltando a terra de Galvez, o Woodstock daqui não foi amplamente divulgado. Ficou disponível e acessível para grupos de esquerdas. A galera da banda de heavy metal Silver Cry esteve em peso. A tribo do reggae também marcou presença, é claro. Lembrando que este parágrafo são apenas suposições, especulações e daí vai.
O interessante é o bordão da Rock in Judia: Lombra como antigamente. Além do mais, no panfleto ainda mostra o mapa com a localização da chácara localizada no ramal do bairro 6 de agosto.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
terça-feira, 15 de julho de 2008
Com verba polpuda, saúde ainda é minguada no interior do Acre
Acre recebe R$ 11,7 milhões, mas não evita mortes por malária em hospital do Juruá.
BRASÍLIA – Mesmo recebendo R$ 19,5 milhões para ações de vigilância em saúde, dos quais, 60% (R$ 11,7 milhões) se destinaram à prevenção e ao controle da malária no período 2003-2008, o governo acreano não tem conseguido evitar mortes causadas pela doença. A Agência Amazônia obteve esses valores com o coordenador do Programa Nacional de Controle da Malária do Ministério da Saúde, José Lázaro de Brito Ladislau.
Em Cruzeiro do Sul, na fronteira com o Peru, Maria Caroline Silva de Lima, de apenas três anos, vítima de malária Falciparum, teve convulsão e morte cerebral no dia 12 de junho no Hospital Regional do Juruá. O hospital é um dos mais procurados por vítimas dessa doença.
Carros, microscópios e GPS
No final de 2007 o Ministério da Saúde repassou mais R$ 503 mil para a intensificação dessas ações. Só para a capacitação de profissionais, o Acre embolsou R$ 1,98 milhão em cinco anos.
Segundo Ladislau, entre outros equipamentos o ministério doou ao Acre 140 pulverizadores; 109 microscópios bacteriológicos; 26 picaps cabine dupla 4 x 4; dez picaps cabine dupla 4 x 2; 128 motocicletas; 104 bicicletas; dois botes de alumínio de dez metros de comprimento; 40 botes de alumínio; 44 motores de pôpa de 25 HP; 16 aparelhos de GPS; (Global System Position) 31 grupos geradores; e 37 kits de informática.
Enquanto isso os servidores se queixam que nem sequer conseguiram o direito a uma consulta decente e medicamentos eficazes no controle da doença que também os atacou. Eles contradizem o argumento da Secretaria de Saúde do Acre – usado na peça de defesa à Justiça Federal – de que recebiam "equipamento adequado e acompanhamento médico para a captura de mosquitos". “Nunca tomei o medicamento Primaquina para a prevenção da doença. Nunca houve nem há médicos lotados no Setor de Endemias de Cruzeiro do Sul”, relatou o agente Marcílio Ferreira à PF.
Segundo Ferreira, quando algum agente adoecia e precisava ir ao médico, tinha que recorrer ao hospital público. O agente Jamisson Rodrigues Guimarães confirmou o que ele disse. Contou ter contraído malária três vezes, todas elas em conseqüência da captura do anofelino. Guimarães também relatou que nunca recebeu um atestado médico para faltar ao serviço e se recuperar da malária adquirida no trabalho de isca.
MONTEZUMA CRUZ
montezuma@agenciaamaoznia.com.brEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo
BRASÍLIA – Mesmo recebendo R$ 19,5 milhões para ações de vigilância em saúde, dos quais, 60% (R$ 11,7 milhões) se destinaram à prevenção e ao controle da malária no período 2003-2008, o governo acreano não tem conseguido evitar mortes causadas pela doença. A Agência Amazônia obteve esses valores com o coordenador do Programa Nacional de Controle da Malária do Ministério da Saúde, José Lázaro de Brito Ladislau.
Em Cruzeiro do Sul, na fronteira com o Peru, Maria Caroline Silva de Lima, de apenas três anos, vítima de malária Falciparum, teve convulsão e morte cerebral no dia 12 de junho no Hospital Regional do Juruá. O hospital é um dos mais procurados por vítimas dessa doença.
Carros, microscópios e GPS
No final de 2007 o Ministério da Saúde repassou mais R$ 503 mil para a intensificação dessas ações. Só para a capacitação de profissionais, o Acre embolsou R$ 1,98 milhão em cinco anos.
Segundo Ladislau, entre outros equipamentos o ministério doou ao Acre 140 pulverizadores; 109 microscópios bacteriológicos; 26 picaps cabine dupla 4 x 4; dez picaps cabine dupla 4 x 2; 128 motocicletas; 104 bicicletas; dois botes de alumínio de dez metros de comprimento; 40 botes de alumínio; 44 motores de pôpa de 25 HP; 16 aparelhos de GPS; (Global System Position) 31 grupos geradores; e 37 kits de informática.
Enquanto isso os servidores se queixam que nem sequer conseguiram o direito a uma consulta decente e medicamentos eficazes no controle da doença que também os atacou. Eles contradizem o argumento da Secretaria de Saúde do Acre – usado na peça de defesa à Justiça Federal – de que recebiam "equipamento adequado e acompanhamento médico para a captura de mosquitos". “Nunca tomei o medicamento Primaquina para a prevenção da doença. Nunca houve nem há médicos lotados no Setor de Endemias de Cruzeiro do Sul”, relatou o agente Marcílio Ferreira à PF.
Segundo Ferreira, quando algum agente adoecia e precisava ir ao médico, tinha que recorrer ao hospital público. O agente Jamisson Rodrigues Guimarães confirmou o que ele disse. Contou ter contraído malária três vezes, todas elas em conseqüência da captura do anofelino. Guimarães também relatou que nunca recebeu um atestado médico para faltar ao serviço e se recuperar da malária adquirida no trabalho de isca.
MONTEZUMA CRUZ
montezuma@agenciaamaoznia.com.brEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo
segunda-feira, 14 de julho de 2008
sábado, 12 de julho de 2008
Mosquito da malária é exportado para os EUA
Capturados na Amazônia, anofelinos são biopirateados por pesquisadores brasileiros e estrangeiros.
BRASÍLIA — Centenas de espécimes do mosquito transmissor da malária, coletadas com o uso de cobaias humanas em várias partes da Amazônia, estão sendo enviados para os Estados Unidos onde são estudados em laboratórios. O responsável pelos freqüentes envios dos mosquitos seria Allan Kardec Ribeiro Gallardo, biólogo e pesquisador brasileiro da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). A denúncia é da Associação Brasileira de Proteção aos Sujeitos da Pesquisa Clínica (Abraspec) que, há meses, investiga as conexões de uma suposta máfia de malária em atuação na Amazônia. A quadrilha contaria com o aval de autoridades brasileiras da área de saúde.
Há também indícios de que o National Institute of Health, dos Estados Unidos, investiu ilicitamente nos últimos anos mais de US$ 20 milhões na Amazônia na busca do mosquito transmissor da malária. As ações, segundo a Abraspec, contariam com a ajuda direta de vários pesquisadores e autoridades brasileiras. “Há provas de que foram pago mais de US$ 925 mil dólares só por aquele estudo realizado no Amapá (Heterogeneidade de Vetores e Malária no Brasil) fora todos os outros que ainda estão em andamento em solo brasileiro”, assegura o presidente da Abraspec, o advogado Jardson Bezerra. O advogado é especialista em Biodireito.
A Abraspec constatou os indícios da existência dessa máfia em farta documentação coletada na Procuradoria da República no Amapá, no gabinete do senador Cristóvam Buarque (PDT-DF) e no processo investigatório do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que apurou denúncias envolvendo a pesquisa “Heterogeneidade de vetores e malária no Brasil”, ocorrida no Amapá até 2005.
Foi o biólogo Allan Kardec quem, em 2004, coordenou as pesquisas científicas com seres humanos (cobaias) no Amapá. Mais recentemente, ele esteve no Acre, onde, a exemplo do Amapá, agentes de endemias servem de ‘iscas humanas’ na captura do mosquito da malária. Gravações e fotos comprovam a prática, negada pelo governo do Acre.
Kardec é também membro da equipe do Programa Nacional de Controle da Malária. O programa é chefiado por José Lázaro de Brito Ladislau, e tem ainda Fabiano Geraldo Pimenta Júnior (diretor-técnico de Gestão), e Gerson Penna (secretário de Vigilância em Saúde), como integrantes.
O relatório final da investigação do Conselho Nacional de Saúde, de 2006, é taxativo: “Fica evidente que material biológico colhido no Brasil foi enviado para instituições estrangeiras com o aval de instituições públicas brasileiras, inclusive governamentais (...). O documento pede a apuração sobre a regularidade legal do envio, mas até hoje não se sabe da punição dos envolvidos. A coleta, por estrangeiros, de dados e materiais científicos no Brasil deve ser fiscalizada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, de acordo com as disposições constantes da Portaria MCT nº 55 de 14/03/1990.
Biopirataria comprovada
Segundo a Abraspec, o primeiro documento probatório da prática de biopirataria trás o timbre do governo do Amapá. É um documento do Centro de Referências de Doenças Tropicais, assinado por Álvaro Almeida Couto, e dirigido ao delegado federal de Agricultura do Amapá. O ofício solicita o Certificado Zoosanitário Internacional para assegurar “o transporte de 120 unidades de fêmeas de Anopheles sp para o Dr. Jan Conn, Wadsworth Center, New York, Departement of Health.”
O segundo documento está em inglês, tem timbre do Instituto Evandro Chagas de Belém e se dirige sob forma de declaração To whon it may concern (A quem interessar possa). Nela, a médica Marinete Póvoa declara: Robert Zimmerman trabalha em um projeto, no qual envolve seu grupo de entomologia e a secretaria de vigilância em saúde de Belém, no Pará. Póvoa também afirma que tal projeto é sustentado pelo National Institute of Health (EUA).
O estudo ao qual Marinete Póvoa se refere atende pelo pomposo nome de Malaria Vector Biology in Brasil: Genetics and Ecology. Ela destaca que, como parte do plano, mosquitos anofelinos são capturados em locais de estudo próximos a Macapá e enviados aos Estados Unidos para pesquisa adicionais.
A Abraspec também juntou provas que comprovam o envio de anofelinos capturados no Acre para outras regiões da Amazônia. Seis agentes atestam em declaração assinada que, além de fazerem a captura dos anofelinos, os quais alimentavam com o próprio sangue e os conduziam ao laboratório, também foram obrigados a embalar 80 mosquitos vivos. Depois de acondicionados em caixas térmicas, os mosquitos foram enviados ao Amapá, Amazonas, Pará e Rondônia.
Outra prova do envio dos anofelinos é um e-mail enviado no dia 21 de março de 2007 por Anderson Sarah da Costa, membro da equipe de Entomologia de Cruzeiro do Sul (AC). A mensagem eletrônica é destinada a doutora Roseli La Corte dos Santos, integrante do Programa Nacional de Controle da Malária, do Ministério da Saúde.
No e-mail, Costa confessa estar ansioso para saber se os mosquitos enviados ao Amapá chegaram em condições para a realização da prova de resistência e qual teria sido o resultado. A resposta de Roseli não é nada animadora. Diz que os mosquitos não chagaram em condições de serem aproveitados nos estudos, mas destaca o esforço empreendido por Costa e a equipe do Acre. Ainda de acordo com Roseli, o maior número de mosquitos vivos foi o de Manaus (17), de Rondônia (4) e Pará(1).
Prática mortal
Para a Abraspec, a prática é perversa; mortal. E leva, ao longo dos anos, muitas pessoas a se dedicarem dias e noites — dando o próprio sangue — na busca da cura de um flagelo do Brasil e do mundo: a malária. O uso das cobaias humanas, normal para muitos, é uma atividade desumana e, nos últimos anos, levou centenas de pessoas à morte, inclusive na Amazônia brasileira. Atualmente, revela a Abraspec, cobaias humanas são usadas em pesquisas científicas no Acre, assim como no Amapá, Pará, Roraima, Amazonas, Tocantins, Mato Grosso, Maranhão e Rondônia em busca do seqüenciamento do genoma do mosquito Anopheles das espécies Plasmodium falciparum e P. vivax.
A prevenção e o controle da doença no Brasil cabem à Funasa. Contudo, pessoas do órgão têm ligações diretas com pesquisadores internacionais, o que, segundo a Abraspec, facilita a utilização de pessoas nas experiências científicas. Antes de a Funasa lançar o Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária (PNCM) já havia ligação direta ou indireta entre pesquisadores e servidores públicos brasileiros com autoridades e pesquisadores americanos, lembra a Abraspec.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima até 2010 um contingente de 3,5 bilhões de pessoas habitarão áreas em que a malária é transmitida. A doença mata anualmente cerca de 1 milhão de indivíduos, e entre 300 e 500 milhões são infectados, segundo a OMS.
BRASÍLIA — Centenas de espécimes do mosquito transmissor da malária, coletadas com o uso de cobaias humanas em várias partes da Amazônia, estão sendo enviados para os Estados Unidos onde são estudados em laboratórios. O responsável pelos freqüentes envios dos mosquitos seria Allan Kardec Ribeiro Gallardo, biólogo e pesquisador brasileiro da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). A denúncia é da Associação Brasileira de Proteção aos Sujeitos da Pesquisa Clínica (Abraspec) que, há meses, investiga as conexões de uma suposta máfia de malária em atuação na Amazônia. A quadrilha contaria com o aval de autoridades brasileiras da área de saúde.
Há também indícios de que o National Institute of Health, dos Estados Unidos, investiu ilicitamente nos últimos anos mais de US$ 20 milhões na Amazônia na busca do mosquito transmissor da malária. As ações, segundo a Abraspec, contariam com a ajuda direta de vários pesquisadores e autoridades brasileiras. “Há provas de que foram pago mais de US$ 925 mil dólares só por aquele estudo realizado no Amapá (Heterogeneidade de Vetores e Malária no Brasil) fora todos os outros que ainda estão em andamento em solo brasileiro”, assegura o presidente da Abraspec, o advogado Jardson Bezerra. O advogado é especialista em Biodireito.
A Abraspec constatou os indícios da existência dessa máfia em farta documentação coletada na Procuradoria da República no Amapá, no gabinete do senador Cristóvam Buarque (PDT-DF) e no processo investigatório do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que apurou denúncias envolvendo a pesquisa “Heterogeneidade de vetores e malária no Brasil”, ocorrida no Amapá até 2005.
Foi o biólogo Allan Kardec quem, em 2004, coordenou as pesquisas científicas com seres humanos (cobaias) no Amapá. Mais recentemente, ele esteve no Acre, onde, a exemplo do Amapá, agentes de endemias servem de ‘iscas humanas’ na captura do mosquito da malária. Gravações e fotos comprovam a prática, negada pelo governo do Acre.
Kardec é também membro da equipe do Programa Nacional de Controle da Malária. O programa é chefiado por José Lázaro de Brito Ladislau, e tem ainda Fabiano Geraldo Pimenta Júnior (diretor-técnico de Gestão), e Gerson Penna (secretário de Vigilância em Saúde), como integrantes.
O relatório final da investigação do Conselho Nacional de Saúde, de 2006, é taxativo: “Fica evidente que material biológico colhido no Brasil foi enviado para instituições estrangeiras com o aval de instituições públicas brasileiras, inclusive governamentais (...). O documento pede a apuração sobre a regularidade legal do envio, mas até hoje não se sabe da punição dos envolvidos. A coleta, por estrangeiros, de dados e materiais científicos no Brasil deve ser fiscalizada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, de acordo com as disposições constantes da Portaria MCT nº 55 de 14/03/1990.
Biopirataria comprovada
Segundo a Abraspec, o primeiro documento probatório da prática de biopirataria trás o timbre do governo do Amapá. É um documento do Centro de Referências de Doenças Tropicais, assinado por Álvaro Almeida Couto, e dirigido ao delegado federal de Agricultura do Amapá. O ofício solicita o Certificado Zoosanitário Internacional para assegurar “o transporte de 120 unidades de fêmeas de Anopheles sp para o Dr. Jan Conn, Wadsworth Center, New York, Departement of Health.”
O segundo documento está em inglês, tem timbre do Instituto Evandro Chagas de Belém e se dirige sob forma de declaração To whon it may concern (A quem interessar possa). Nela, a médica Marinete Póvoa declara: Robert Zimmerman trabalha em um projeto, no qual envolve seu grupo de entomologia e a secretaria de vigilância em saúde de Belém, no Pará. Póvoa também afirma que tal projeto é sustentado pelo National Institute of Health (EUA).
O estudo ao qual Marinete Póvoa se refere atende pelo pomposo nome de Malaria Vector Biology in Brasil: Genetics and Ecology. Ela destaca que, como parte do plano, mosquitos anofelinos são capturados em locais de estudo próximos a Macapá e enviados aos Estados Unidos para pesquisa adicionais.
A Abraspec também juntou provas que comprovam o envio de anofelinos capturados no Acre para outras regiões da Amazônia. Seis agentes atestam em declaração assinada que, além de fazerem a captura dos anofelinos, os quais alimentavam com o próprio sangue e os conduziam ao laboratório, também foram obrigados a embalar 80 mosquitos vivos. Depois de acondicionados em caixas térmicas, os mosquitos foram enviados ao Amapá, Amazonas, Pará e Rondônia.
Outra prova do envio dos anofelinos é um e-mail enviado no dia 21 de março de 2007 por Anderson Sarah da Costa, membro da equipe de Entomologia de Cruzeiro do Sul (AC). A mensagem eletrônica é destinada a doutora Roseli La Corte dos Santos, integrante do Programa Nacional de Controle da Malária, do Ministério da Saúde.
No e-mail, Costa confessa estar ansioso para saber se os mosquitos enviados ao Amapá chegaram em condições para a realização da prova de resistência e qual teria sido o resultado. A resposta de Roseli não é nada animadora. Diz que os mosquitos não chagaram em condições de serem aproveitados nos estudos, mas destaca o esforço empreendido por Costa e a equipe do Acre. Ainda de acordo com Roseli, o maior número de mosquitos vivos foi o de Manaus (17), de Rondônia (4) e Pará(1).
Prática mortal
Para a Abraspec, a prática é perversa; mortal. E leva, ao longo dos anos, muitas pessoas a se dedicarem dias e noites — dando o próprio sangue — na busca da cura de um flagelo do Brasil e do mundo: a malária. O uso das cobaias humanas, normal para muitos, é uma atividade desumana e, nos últimos anos, levou centenas de pessoas à morte, inclusive na Amazônia brasileira. Atualmente, revela a Abraspec, cobaias humanas são usadas em pesquisas científicas no Acre, assim como no Amapá, Pará, Roraima, Amazonas, Tocantins, Mato Grosso, Maranhão e Rondônia em busca do seqüenciamento do genoma do mosquito Anopheles das espécies Plasmodium falciparum e P. vivax.
A prevenção e o controle da doença no Brasil cabem à Funasa. Contudo, pessoas do órgão têm ligações diretas com pesquisadores internacionais, o que, segundo a Abraspec, facilita a utilização de pessoas nas experiências científicas. Antes de a Funasa lançar o Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária (PNCM) já havia ligação direta ou indireta entre pesquisadores e servidores públicos brasileiros com autoridades e pesquisadores americanos, lembra a Abraspec.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima até 2010 um contingente de 3,5 bilhões de pessoas habitarão áreas em que a malária é transmitida. A doença mata anualmente cerca de 1 milhão de indivíduos, e entre 300 e 500 milhões são infectados, segundo a OMS.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
O governo não viu, mas eu ví
No site da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Acre, consta uma enquente que pergunta se a mudança de horário vai ser boa ou ruim para o Acre. Até as 21h10 (horário do Tião Viana), a pesquisa aponta que os internautas do site ( na maioria Advogados e estagiários) não concordam com a lei que iguala o fuso horário do Acre com o restante da Amazônia. No caso, 72,41% dos webleitores reprovam.
Com certeza, a turma do PT do Acre ainda não viu a enquête, por isso ela está tão negativa contra a lei criada pelo senador para beneficiar as empresas (Principalmente a Rede Globo, que perdeu milhões com a obrigação de seguir a classificação etária em todo o Brasil).
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