domingo, 31 de maio de 2009
CLODOMIR MONTEIRO DA SILVA
sábado, 30 de maio de 2009
SUSAN BOYLE PERDE NA FINAL
NA BIENAL DA FLORESTA DO LIVRO E DA LEITURA
O evento acontece desde da última sexta-feira (29), e vai até o dia 7 de junho com uma vasta programação cultural que pode ser conferida aqui.
A foto é do jornalista Francisco Costa.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
TORRE EIFFEL DE NEW YORK
O parágrafo acima foi apenas um resumo da situação, com exceção de raras almas, e tambem, não se refere ao colunista que será citado abaixo.
Na coluna social Star`s News, do bacharel em direito Gigi Hanan, assinada no site Ac24horas, a geografia é colocada a prova. Nela, Gigi, refere-se a uma foto de uma empresária, tendo com fundo a Torre Eiffel, em París, na França. Até aí, tudo bem, mas o nobre colunista não se refere ao país europeu, e sim, de NEW YORK, ou seja, sua tese de localização atravessou o atlântico e chegou aos Estados Unidos.
Barack Obama deve ter ficado feliz com o presente do acreano. Por outro lado, os franceses odiaram. Quem se saiu bem na foto foi a ilustríssima empresária que em um só click fez uma viagem e tanto.
*Antes do post ser questionado, já adianto: claro que todo mundo erra. Eu erro. Errar é humano.
Clique aqui e conheça a badalada coluna do Gigi.
terça-feira, 26 de maio de 2009
HELOY DE CASTRO
Dono de um repertório de composições que trazem um forte apelo de temas relacionados ao universo amazônico, o cantor e compositor Heloy de Castro lança seu mais novo trabalho em CD intitulado Revolução Amada, no projeto Acústico em Som Maior com o primeiro show abrindo a temporada nesta terça-feira às 19h30, no Theatro Hélio Melo, seguido de apresentações nos próximos dia 2 e 9.
Revolução Amada é considerado pelo artista como o fechamento de um ciclo de sua carreira artística de 39 anos de música. O Cd traz na capa a foto do início das suas atividades musicais em Belo Horizonte-MG. O repertório é composto de músicas inéditas como Oração do Látex Derramado, Acre Syndicate, Seringal Remanso, Aqui Era o Meu Lugar, Última Ceia, Phoudon Phodeu, Bom Destino, O Fio da História e Beatriz, das quais sete delas são canções premiadas, e a maioria foram feitas com parceiros como o escritor Tião Moraes, o jornalista e cronista Francisco Dandão e Andrelino Caetano. Durante as apresentações serão exibidos vídeos mostrando as atuações que marcaram sua carreira musical.
Heloy afirma que está ansioso com o show e promete uma apresentação ao seu estilo com interpretações bem arrojadas. "Espero que aqueles que curtiram as minhas músicas na década de 80 compareçam para relembrar e reviver os momentos daquela época e que os jovens também estejam presentes para curtir com a gente essas boas lembranças."
O artista será acompanhado por Baiano (percussão), Gabriel Kerchiner (violão 12 cordas), Écio Rogério (violão solo), Clevisson Batista (contrabaixo), Rosimar Brilhante (teclado), João Veras (flauta transversal) e Maximo (violoncelo). Quem assina a direção de palco é Roberto Bala.
O Acústico em Som Maior é uma realização do Governo do Acre, através da Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour.
Sobre o artista
Heloy de Castro iniciou sua carreira em festivais de MPB em Minas Gerais. Fez parte integrante como vocalista e guitarrista no grupo The Four Craizes em Belo Horizonte. Mora em Rio Branco desde 1983 e participou de vários festivais, compondo canções com temáticas da nossa região. Já estabeleceu diversas parcerias musicais e fundou juntamente com o grupo Capu e com João Veras o grupo musical Os Alquimistas que teve participação ativa nas noites acreanas.
Heloy já se firmou no cenário cultural acreano como legítimo representante musical, foi selecionado duas vezes duas vezes pelo SESC para representar o Acre no Festival da "Cidade Canção", em Maringá-PR e premiado com 2° e 3° lugares, do 3° e 4° Festival Universitário da Canção-UFAC.
Serviço
O que: Heloy de Castro em Revolução Amada
Onde: Theatro Hélio Melo - Av. Getúlio Vargas, s/n - Centro, às 19h30 - Tel.: 3224-2133 - Ingressos: 5 (inteira) e 2 (promocional)
Quando: 26 de maio, 2 e 9 de junho
ALÉM DA PICHAÇÃO
No Acre, nos idos dos meus 20 e poucos anos, participei de um grupo de teatro amador chamado Semente. Eu era figurinista e fazia algumas outras tarefas da nossa modesta produção. O nome da peça era "Toda noite tem pichação" e o atual governador do estado, Binho Marques, um dos atores. O primeiro ato começava com um foco de luz sobre a mão de Binho, que pichava um muro com a frase "Abaixo a Ditadura".
Hoje, pichar tem outras conotações mas ainda guarda algo do sentido de ocupar a cidade com gritos interditos, transmutados em letras, signos, símbolos.
Lembrei-me disso no início deste mês, em uma quarta-feira movimentada, como muitas na comissão de Constituição e Justiça do Senado, quando fui chamada para apresentar meu relatório sobre o projeto de lei do deputado Geraldo Magela (PT-DF) que proíbe a venda de tintas e embalagens do tipo aerossol aos menores de 18 anos.
Para alguns, aquele projeto poderia parecer iniciativa de importância menor, diante da urgência de tantos projetos que às vezes ficam na fila das comissões à espera de apreciação. Mas não era.
Meu lado professora talvez tenha sido decisivo para o significado que aquela tarefa assumiu para mim. O próximo passo foi convencer os demais senadores de que estávamos diante de um tema relevante, maior do que a simples proibição da venda de spray a menores, com a qual concordei em meu voto, por entender que a lei proposta pelo deputado pode dificultar a poluição visual urbana, embora não a impeça totalmente, uma vez que o produto pode ser comprado por um adulto e repassado ao menor.
O que torna o tema ainda mais relevante é sabermos do enorme número de jovens, a maioria menores de idade, que picham logradouros públicos, residências ou qualquer espaço onde possam deixar suas marcas, mesmo que à custa de riscos sérios à sua integridade física, além do dano causado.
Penso neles não como delinquentes, mas como quem, de algum modo, tenta "uma audiência" para poder expressar suas alegrias, medos, desejos e incertezas, por meio de uma espécie de escrita, que em nada ou quase nada se espelha nas nossas formas corriqueiras de comunicação.
Como bem disse Chesterton, um grande pensador cristão, em "Ortodoxia", um de seus livros mais conhecidos: "de alguma forma obscura, essas coisas eu pensava antes de saber escrever e sentia antes de pensar..." Talvez esses jovens só estejam expressando em ato aquilo que ainda não conseguiram transformar em palavras. No fundo, uma busca de interlocução.
Alertei, em meu relatório, para o fato de que o delito da pichação, por suas peculiaridades, não se enquadra no Código Penal, mas sim na Lei nº 9.605/98 - chamada Lei de Crimes Ambientais - que, em seu artigo 65, prevê que pichar, grafitar ou, por outro meio, conspurcar edificação ou monumento urbano, é passível de pena de detenção de três meses a um ano e multa.
Mesmo concordando que a pichação é, efetivamente, um desrespeito ao direito coletivo de se ter um ambiente visualmente limpo, também acredito que não devemos vê-la como objeto de mera repressão. É imprescindível que a tratemos a partir de uma visão socioeducativa, empenhada em entender a necessidade que tem esses jovens de dar vazão às suas necessidades de expressão.
Concordo com a educadora e psicanalista Maria Augusta Spiller quando diz que "pichar pode ser interpretado não como vontade de destruir, mas como reconhecimento de identificação, numa sociedade que só produz anonimatos".
Por isso mesmo é preciso que se criem espaços de realização e autoria, afim de que muito desses jovens possam transitar da mera pichação para outras formas de criação, que lhes permitam dar sentido e significação àquilo que registram nas paredes, fachadas e muros.
Quem sabe essa primeira inscrição precise apenas ser reescrita, instando-nos a aprender a lê-la e decifrá-la antes de querer destruí-la. A não vê-la preliminarmente como delinquência ou mera repetição carente de sentido, mas talvez como pedido de socorro ou apelo ao encontro.
Devemos fugir de posturas simplistas, do tipo estigmatizar ou "passar a mão na cabeça" e justificar tudo o que os jovens fazem. Entre um e outro extremo há um grande espaço educativo e de diálogo. Se não fosse assim, não teríamos hoje, numa linha limítrofe com a pichação, a vitalidade artística da grafitagem, com importância social e estética crescente nas periferias das cidades. Quantos, que antes eram considerados apenas "vândalos", hoje são grafiteiros reconhecidos e respeitados?
Embora grafitti e pichação não sejam a mesma coisa, a sensibilidade e o talento que desabrocham em uma podem estar contidos na agressividade e na falta de limites da outra. Para criar a oportunidade de trânsito entre esses territórios da juventude é preciso antes haver a disposição da sociedade em abrir o caminho. O que jamais ocorrerá se, a despeito das inúmeras condições adversas de vida que ajudam a compor o complexo quadro comportamental da maioria dos jovens envolvidos em pichações, eles forem julgados e taxados como vilões. Talvez venham a ser mesmo, levados pela inflexibilidade e pela atitude acomodada de lavar as mãos e punir. Que, aliás, nunca deu bons resultados.
*Marina Silva é professora secundária de História, senadora pelo PT do Acre, ex-ministra do Meio Ambiente e colunista da Terra Magazine.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
PORTO DE MANOEL URBANO
O DESPERTAR DA INTELIGÊNCIA
Nem bem se curaram as dores pela perda do título estadual e já se vai o Rio Branco em nova aventura. Dessa vez, o campeonato 2009 da terceira divisão do futebol brasileiro. Chance para afirmar que a derrota na competição local não passou de um acidente de percurso. Ou então, em sentido oposto, a reafirmação de que o time atual não tem essa bola toda.
A estréia, longe dos próprios domínios, não poderia ser mais indigesta. Logo, para começo de conversa, o famigerado Águia de Marabá, equipe que marcou a derrocada das aspirações do Rio Branco de subir para a série B nacional no ano passado, quando impôs uma derrota ao Estrelão em plena Arena da Floresta, numa noite de lágrimas e chuvas torrenciais.
Neste domingo, precisamente às 16 horas, pela terceira vez seguida a equipe acreana tenta subir um degrau no futebol brasileiro. Um degrauzinho que ficou muito perto de ser alcançado em 2008 e que, até agora, a maioria de nós não entende de verdade o que aconteceu. Plantel para chegar lá, o Rio Branco possuía. Mas o certo é que não chegou.
Tudo leva a crer que vai ser uma competição duríssima, dada a forma de disputa, onde as equipes dividem-se em grupos, ficando a maior parte delas estendidas na poeira já na primeira fase. Uma grande sacanagem da Confederação Brasileira de Futebol, que havia prometido, no ano passado, um campeonato onde todos jogariam contra todos em turno e returno.
Então, levando-se em conta as novas regras, todos os jogos configuram-se decisivos. Empates fora de casa, em condições normalmente incômodas, com torcidas hostis e gramados sofríveis, são extremamente bem vindos. Jogos em casa, nem pensar em deixar os adversários, sequer, sonharem com a possibilidade de um empate. Em casa a ordem é vencer!
Um detalhe que pode ser importante em mais essa tentativa do Rio Branco de ser feliz é que esse primeiro jogo não vai ser realizado em Marabá, cidade de origem do Águia. Por questões que eu não saberia explicar, mas que suponho relativas à melhor condição estrutural e também por alguma “bufunfa” atravessada, a partida acontecerá em Parauapebas.
Quer dizer: mesmo Marabá e Parauapebas sendo vizinhas (cerca de 200 quilômetros apenas é que separam as duas cidades), eu penso que acaba não sendo a mesma coisa jogar em uma ou na outra. Acho que em Marabá a torcida exerceria uma pressão muito maior do que exercerá em Parauapebas. Além do estádio marabaense que, dizem, é uma boa porcaria.
É isso. A sorte do Rio Branco mais uma vez será lançada na tarde deste domingo. Tomara o novo “professor” da equipe acreana, contratado no centro-oeste do país, saiba despertar a inteligência esportiva dos atletas sob as suas ordens. Despertar a inteligência, de acordo com o mestre Rubem Alves, é “erotizar os olhos”, “fazê-los babar de desejo”. Tomara!
sábado, 23 de maio de 2009
DEU NA COLUNA DO ASSEM NETO
Parte da bancada Federal do Acre mantém a idéia de acionar a TAM Linhas Aéreas na Câmara de Defesa do Consumidor. Ou até mesmo no Ministério Público Federal. A companhia desrespeitou os deputados, aos quais recorreu quando precisou de apoio político para operar no trecho Rio Branco/Brasília.
*Foi criticada ao, sem dar qualquer satisfação à sociedade, decidir extinguir o vôo, preferindo comunicar primeiramente à Anac sobre a sua desistência. As justificativas apresentadas pela empresa podem ser rebatidas, segundo avaliam os parlamentares, para os quais “há demanda diária (e crescente) de passageiros para garantir a manutenção do vôo.
Desrespeito II
Intriga o fato de a TAM ter registrado rentabilidade quando concorria diretamente com a GOL no vôo diurno. E agora, sozinha no trecho, estranhamente, alega sofrer prejuízos. Numa tensa reunião da bancada com dois diretores da companhia, ficou claro, para muitos, que a TAM queria, de fato (e conseguiu), forçar a GOL a sair do trecho.
*Vozes influentes do Acre precisam encerrar o silêncio parcial e reforçar o apelo dos deputados, para evitar o que os empresários chamam de “possível colapso nas relações comerciais do Estado com o Centro-Sul do país. Quem não sabe o que estou dizendo que enfrente o abominável vôo noturno (saída de RB à meia-noite e chegada em BSB às 04:00hs - a única opção que restará aos acreanos a partir de agora.
TAC à caminho
O MPF, aliás, pode intermediar um ajustamento de condutas no qual a TAM assume publicamente que não retomará o vôo naquele horário (embarque às 14hs). Mas para que isso ocorra a GOL precisa voltar ao trecho.
Leia mais notas do Assem, aqui.
DESARTICULADA QUADRILHA QUE TRAZIA CHINESES PARA O BRASIL
Porto Velho - RO
Agentes a Polícia Federal desmantelaramontem(22) uma organização criminosa responsável entrada de dezenas de chineses ilegais no Brasil. Integrantes da quadrilha foram presos em Rondônia, São Paulo e Pernambuco. A operação, batizada de Da Shan, foi pedida pelo Ministério Público Federal e a PF em Rondônia.
Ontem, a Justiça Federal expediu 14 mandados de prisão preventiva, sendo dez em Porto Velho (RO); dois em Guajará-Mirim (RO), cidade localizada na fronteira com a Bolívia; e dois em São Paulo (SP). Outros dois mandados de prisão são contra pessoas que moram no exterior. A PF também cumpriu 24 mandados de busca e apreensão em Porto Velho, Guajará-Mirim, São Paulo e Recife.
O MPF denunciará os suspeitos por trabalho escravo, falsidade ideológica, uso de documento falso, contrabando ou descaminho, aliciamento de trabalhadores e formação de quadrilha, além de introdução de estrangeiro clandestinos em território nacional. Estes crimes têm penalidades que variam de um a oito anos, cada. O procurador da República Heitor Alves Soares informou que “a atuação conjunta do MPF e da PF foi fundamental para o sucesso da operação”.
Organização internacional
As investigações da Operação Da Shan tiveram início em setembro do ano passado, após várias prisões em flagrante de chineses entraram no país vindos da Bolívia. Os chineses foram presos em Porto Velho, Ji-Paraná e Vilhena, em Rondônia. A partir de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, descobriu-se uma organização criminosa transnacional. Durante as investigações, alguns chineses foram presos em flagrante quando tentavam embarcar no aeroporto de Porto Velho com documentos falsos e outros na BR-364, na capital rondoniense. Eles estavam acompanhados de “coiotes”, pessoas que facilitavam a entrada ilegal.
Na época, os documentos apreendidos com os chineses deram a rota do transporte clandestino: ele partiam de Fuzhou, capital de Fujian, na China, com destino a Pudong, distrito de Shangai. Depois, eles passavam por Amsterdã, na Holanda e, finalmente, ingressavam no continente sul-americano pela cidade por Guayaquil, no Equador. De lá, os chineses seguiam para as cidades de Lima, Arequipa e Puno, no Peru. Ao chegar às margens do lago Titicaca, os chineses entravam na Bolívia e, em seguida no Brasil, pela cidade de Guajará-Mirim. Todos os chineses flagrados irregularmente no País tinham como destino a cidade de São Paulo.
Contrabando de mercadorias
Um grupo de “coiotes” que agia em Rondônia foi identificado e apurou-se que alguns deles agiam a mando de uma paraguaia chamada Hilda Beatriz Goiri, com atuação na Bolívia e Paraguai. Antes da Operação Da Shan, Hilda já havia sido presa em flagrante no começo deste ano, quando entrou no Brasil pela fronteira de Foz do Iguaçu (PR), transportando chineses ilegalmente.
O chinês Zhu Ming Wen, conhecido como Toni, foi identificado pela PF sendo o líder da quadrilha. Ele mora em São Paulo e tem visto permanente no Brasil. Há suspeitas de que ele também atue na área do contrabando, com o transporte de mercadorias, via aérea, de São Paulo para Recife.
A hierarquia da quadrilha era em quatro níveis: na base estavam os “coiotes”, que transportavam os chineses de Rondônia a São Paulo. No segundo nível atuavam os gerentes dos “coiotes”, que comandavam os primeiros e eram os intermediários. O terceiro nível era formado pelos articuladores internacionais, entre os quais a paraguaia Hilda Goiri. O chefe do grupo seria o chinês Zhu Ming Wen, que controlava a chegada dos estrangeiros na cidade de São Paulo.
Nome da Operação
De acordo com as investigações, muitos dos chineses introduzidos irregularmente no Brasil são da região de Fujian, na China, conhecida como Da Shan (Grande Montanha), que abriga algumas das maiores e mais lucrativas fábricas de produtos falsificados do mundo. Essas instalações, construídas no interior da montanha, produzem milhões de cigarros por dia, que são comercializados no imenso mercado doméstico chinês ou levados em contêineres para outros países da Ásia, Estados Unidos e regiões mais distantes.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
MORRE UMA DAS BLOGUEIRAS MAIS VELHAS
quinta-feira, 21 de maio de 2009
ENO, O CÃO FAREJADOR
segunda-feira, 18 de maio de 2009
UMA GRANDE LUTA
Atualmente, no Acre, a Comissão Parlamentar de Inquerito (CPI), presidida pelo deputado Luiz Tchê (PMN) tenta mudar o paradigma imposto pelos poderosos e busca, quem sabe, tentar puni-los.
Em tempo: o jornalista Ricardo Bessa mostra em seu blog um vídeo emocionante de uma vitima de abuso sexual declamando uma poesia de autoria própria. Vale a pena conferir. Clique aqui para ver.
INTERNET SUPERA TV
Do Balaio do Kotscho
Com o crescente número de brasileiros ligados à grande rede - os levantamentos mais recentes dão conta de 60 milhões - e a perda de audiência, circulação, prestígio e credibilidade da velha mídia, já era de se esperar que isto acontecesse um dia.
Mas não esperava que fosse tão cedo e tão rápido: a internet já é a principal mídia para quem busca informações, deixando para trás a TV aberta, segundo pesquisa encomendada pela Folha à Research International, uma das maiores consultorias do mundo.
Respostas para a pergunta “Dos meios de comunicação que eu vou citar, qual você usa com mais frequência para se manter informado?”:
Internet: 37%
TV aberta: 34%
TV por assinatura: 12%
Rádios: 8%
Jornais: 8%
Revistas: 1%
“Em relação a outros meios de informação, a pesquisa detectou previsível ascenção da internet, considerada mais importante para obter informações do que a TV aberta”, informa o jornal.
Na pesquisa anterior, em 2003, Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, lembra que a TV aberta ainda era o meio mais citado.
Estes números sobre os meios que o cidadão usa com maior frequeência para se informar foram publicados, sem maior destaque, em meio a uma página com o título “Folha tem a melhor imagem nas classes A e B de São Paulo”, mostrando que a sua cobertura jornalística é melhor avaliada do que a do principal concorrente, o Estadão.
Leia mais em Para se informar, Internet passa TV
domingo, 17 de maio de 2009
sexta-feira, 15 de maio de 2009
PADRE E O EMPATE
Em entrevista exclusiva ao site Estado do Acre, Paolino alerta que se o Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) autorizar o plano de manejo nos seringais de Osório e Porongoba, ele e os moradores irão criar o empate, que visa a resistência contra a devastação das florestas conhecido mundialmente através do líder seringueiro Chico Mendes.
Padre Paolino é um religioso radical. Sua história é marcada por grandes batalhas em prol dos mais humildes.
Segundo a reportagem, o IBAMA apóia o padre:
O gerente regional, Anselmo Forneck, instado a falar sobre uma possível autorização do Imac do plano de manejo desses seringais, foi categórico:
“Seria um equívoco. Onde moram populações tradicionais a lei não permite plano de exploração de madeira”.
Abaixo a charge do Dim , do Blog do Edvaldo.
PARQUE ERÓTICO
quinta-feira, 14 de maio de 2009
UM RELATO ETERNO
Em 2003, a juíza Maria Tapajós prestou um depoimento-desabafo na CPI da Pedofilia do Senado Federal. Silenciou o plenário, composto por autoridades jurídicas, parlamentares e curioso, ao revelar como a exploração infantil era exercida no Acre. Era o auge de uma luta praticamente solitária da saudosa magistrada para combater crimes que, segundo ela, estavam fora de controle e interrompiam a vida de vítimas às quais ela tinha afeto similar ao de mãe.
Pedofilia no Acre II
Os fatos levados por ela à CPI continham imagens tão fortes que alguém da platéia precisou de socorro médico. Com presidente e vice da comissão, às portas fechadas, em seguida, a juíza selou a sua preciosa colaboração. Em suas palavras, percebia-se um grito de socorro
Pedofilia no Acre III
Reproduzo abaixo alguns dos trechos marcantes do desabafo, constantes de um relatório oficial inclusive de conhecimento dos poderes constituídos (do Acre e da República). Relendo, lembro do semblante triste da juíza, quando, nas diversas oportunidades que tive de entrevistá-la, forcei, com o ímpeto natural de repórter, declarações que ela jamais abriu. Pudera: ela era a ética em pessoa, sofria com a impunidade e tinha a esperança de, um dia, sem espantar a presa, a justiça, enfim, fosse feita.
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“Nós nos assustamos com o número de pessoas influentes que têm essa prática de violentar nossas crianças, a troco de um picolé, a troco de um ursinho de pelúcia e a troco de uma volta de carro, quando não de um iogurte”.
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“É uma rede, e uma grande rede com punhos bem grossos, e é o que nos preocupa bastante”
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“Acho que há pouco interesse, há pouco empenho, há pouca preocupação de muitas autoridades, de muitos organismos, da própria sociedade, que fecha os olhos, que se cala e isso nos traz muita indignação”.
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“Têm coisas que acontecem no Acre a olhos nus”.
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“A coisa está ficando tão grave, e a nossa preocupação como Justiça, minha principalmente, não sei se é porque tenho um afeto todo
especial à criança e o adolescente, é que as pessoas estão encarando, a meu ver, com uma certa naturalidade”.
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“Alguns procedimentos também, não sabemos as razões; porque não caminham, não andam, estão emperrados”.
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“O Acre é muito pequeno, todo mundo se conhece e quando não é parente é muito amigo, é parente do marido, é parente... Tem alguma afinidade. Então fica difícil também para as pessoas desempenharem um trabalho mais eficiente”.
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“Nesses crimes contra os costumes a vítima é vítima várias vezes. Ela se constrange várias vezes: primeiro por ter sido violentada;
depois tem que fazer um exame de conjunção carnal – vai abrir a perninha, é mais um constrangimento –; fala para o delegado; fala para o juiz; fala para o promotor; e aí vai falando. Chega uma hora que ela diz: “Eu não quero mais falar nesse assunto”.
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“A criança, apesar de ser inocente, já tem aquele sentimento de pudor”
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“A nossa maior preocupação não é com aquelas que estão nas esquinas. Preocupamo-nos com aquelas pessoas que têm mansões ou chácaras um pouco afastadas de Rio Branco e que contam sempre com um personagem ou dois que fazem a escolha das meninas para levar para essas chácaras. Lá acontece tudo que vocês possam imaginar”.
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“Essas pessoas ganham dinheiro – muito –, e quanto mais nova for a menina e se for virgem, maior a gratificação. Isso se tornou uma prática em Rio Branco”
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“Todo mundo sabe que as meninas de Rio Branco, de Xapuri e de Senador Guiomar também são recrutadas para ir para Cobija e têm entrada franca, apesar da existência de um termo de cooperação, mas isso não funciona infelizmente”.
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“Ouvimos um depoimento em que uma adolescente diz que boliviano não gosta de bolivianas, que eles só querem brasileiras, inclusive são figuras do exército, são governadores que, em algumas situações, fecham determinadas casas, obrigam as meninas a usar cocaína, tomarem uísque”.
* Assem Neto é Jornalista e escreve em seu blog.
terça-feira, 12 de maio de 2009
segunda-feira, 11 de maio de 2009
A HORA ESTÁ CHEGANDO
Pelo que consta na pauta, a proposta criada pelo velho lobo da política acreana, Deputado Flaviano Melo (PMDB-AC) , já tem parecer em favor do referendo, por meio do relator, Deputado Mauro Benevides, companheiro de partido de Melo na bancada federal.
Em caso de aprovação, o Projeto de Decreto Legislativo, seguirá ao senado.
DARTH TIÃO VADER
O senador petista Tião Viana (AC) tem um apelido entre os seus companheiros da cúpula do PT, que só o tratam por Darth Vader, o vilão da série Guerra nas Estrelas. Isso significa que o clima entre ele e o partido não anda nada bom. Muitíssimo pelo contrário.
Trecho extraído da coluna de Marcone Formiga, do Site Brasília em Dia.
sábado, 9 de maio de 2009
MPE MUDA TOM DE DISCURSO
No calor da discussão, quando se achava que a população ficaria contra os policias militares devido aos transtornos causados pela manifestação deles na última segunda-feira, foram proferidas várias declarações inflamadas contra os manifestantes.
O Governador caracterizou a manifestação como baderna. O comando geral da Polícia Militar falou em punição. E, até os procuradores do Ministério Público Estadual(MPE), Samy Barbosa e Danilo Lovisaro, deram declarações duras a respeito do movimento, cogitando a expulsão e a prisão dos policiais que participaram da manifestação.
Acalmados os ânimos. As declarações começam a se tornar mais brandas. Trocam-se os verbos. No lugar de “punir”, ouve-se “investigar”. E, o MPE passa a cogitar a possibilidade dos policiais serem inocentados.
Samy Barbosa, procurador do Ministério Público, declarou a imprensa, nessa sexta-feira, que o Ministério Público não é contra os manifestantes. Ele também afirmou, que foi o comando da PM e a Procuradoria Geral do Estado (PGE) que acionaram o orgão para intervir na manifestação.
"Também recebi notícias de que havia pessoas armadas. Isso é inadmissível. Quem informou que havia pessoas armadas foi o comando geral da Polícia Militar. A partir daí iniciamos uma investigação e requisitamos as imagens e ouvimos o comandante. Agora, nós vamos ouvir os envolvidos. Se ficar provado que não havia nada disso não vai acontecer nada" afirmou o procurador.
Claramente, percebe-se uma troca de postura. Dessa forma, o Ministério Público deixa de ser o vilão da história, por possivelmente ter tomado partido do governo. E, os vilões passariam a ser o comando geral da Polílica Militar e a PGE, caso não sejam comprovados os crimes que estão sendo atribuídos aos policiais. E, de acordo com a análise de alguns juristas, os policiais não serão culpados, pois não cometeram crimes.
Como resultado de tudo isso, os militares saem fortalecidos no debate, pois já afirmavam, desde o inicio, não terem contrariado o que diz a lei e, tampouco terem feito baderna durante o movimento.
A população também entende que, o direito de manifestação é garantido a qualquer trabalhador. Pois, mesmo os policiais, que são proibidos expressamente pela Constituição de fazer greve, não são impedidos de se manifestar. Uma vez que, o direito à manifestação é garantido pela Carta Magna.
*Ricardo Bessa é Jornalista e escreve em seu blog.
SER VASCO
O ator Marcos Palmeira fez uma homenagem ao Vasco da Gama, durante a transmissão do jogo entre o clube carioca e o Brasiliense pela Série B do Campeonato Brasileiro (assista ao vídeo acima). O ator louvou o clube, ao declamar trechos de um texto do jornalista e escritor Artur da Távola, cuja morte completa um ano neste sábado.
Confira abaixo a versão na íntegra da obra intitulada “Ser Vasco”:
Ser Vasco
Ser Vasco é ser intrépido tanto quanto leal. É ter o sentido da história do Brasil a fundir povos e raças sem preconceito. É ser navegante da esperança, não temer aventura, futuro, conquistas, calmarias ou tempestades.
Ser Vasco é renegar o temor e ser popular sem populismo, ser valente sem arrogância e ser decidido sem soberba. É ter a vocação da vitória e a disposição necessária à qualidade e ao mérito por saber que virtudes necessitam de energia e energia, de vontade.
Ser Vasco é, pois, ser virtude, vontade, valor e vanguarda: tudo com o v de vida, o mesmo de Vasco.
Ser Vasco é conhecer o grito do entusiasmo, esperar a hora de vencer e sentir o cheiro do gol. É incendiar estádios e extasiar multidões. É adivinhar instantes decisivos e saber decidir.
Ser Vasco é ser mais povo do que elite, mais tradição do que novidade, mais segurança do que aparência, mais clube do que time, mais vibração do que delírio, mais vigor do que agressão.
Ser Vasco é ousar, insistir, renovar-se, trabalhar para construir a vitória não como forma de superioridade, mas de aperfeiçoamento da vida e do esporte. É gol, é gala, é garbo de uniforme original, cruz no peito, sonho n'alma e amor no coração.
Ser Vasco é emoção recompensada porque vitória bem planejada, é lance, é lança, liberdade, impulso e convicção.
Ser Vasco é sentir o gosto da felicidade, da vitória e do grito maiúsculo de gol. É ter sabedoria e prudência, unidas na tática certeira ou na organização eficaz. É viver a emoção de lembrar nomes, lendas, heróis e legendários craques, troféus, títulos, retratos, faixas, taças, copas e vitórias imortais.
Ser Vasco é ter idênticos motivos para cultuar o passado tanto quanto crer no futuro.
Ser Vasco, enfim, é saborear com humildade o orgulho sadio da vitória merecida, do entusiasmo com motivo e da grandeza como destino.
(Artur da Távola)
sexta-feira, 8 de maio de 2009
UM ACRE DOS SINDICALISTAS
O governo do estado, encabeçado pelo governador Binho Marques, nunca foi tão pressionado como tem sido nesta última semana por servidores reivindicando direitos.
Na última segunda-feira, 4, Policiais Militares interromperam cidadãos comuns de ir e vir pelo centro de Rio Branco. A avenida Brasil, principalmente a Casa Rosada, foram tomadas por militares com cartazes e carros de som. O ato das pessoas incumbidas de manter a ordem causou grande transtorno a população.
Não tirando o Mérito dos PMs, foi muito mal pensando e organizado essa manifestação. Como sempre, a falta de preparo dos policiais é evidente. Culpa do governo por não dar condições de trabalho. Porém, não é facil esquecer que muitos daqueles que gritavam a faziam “baderna”, segundo o governador, são os mesmos que trabalham na base da truculência e ignorância com cidadãos que muitas vezes não têm culpa no cartório.
Que a Policia Militar é mal preparada, todo mundo já sabe. A instituição é comandada pelo Tenente Coronel Romário Célio, que desde o inicio da gestão, nunca teve o mínimo de respeito de seus subalternos. É notório que a bomba iria estourar a qualquer momento. Afinal, a corporação teve a imagem enlameada por denuncias comprovadas de que R$ 1,2 milhão foi desviado de maneira obscura para gratificação de policiais.
Diferentemente das negociações com os militares, Binho Marques se mostrou mais aberto as manifestações dos Defensores Públicos. Os advogados do povo fizeram uma passeata ordeira na terça-feira, 5, um dia após a “baderna”da PM.
Engraçado, que quando é pra prejudicar a vida do pobre cidadão com um serviço pífio, os Defensores param, e fazem um trabalho mais deficitário ainda. Quando 2/3 do grupo de advogados estão em festas e colunas sociais bancadas pelo governo, nem chiam. São caras e bocas para todos os lados.
Desta semana em diante as coisas vão esquentar ainda mais. Outros órgãos vão somar forças com os Policias do Acre. A guerra de nervos promete e a campanha eleitoral já começou.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
STF CRIA CANAL NO YOUTUBE
As sessões do Supremo Tribunal Federal (STF) vão poder ser assistidas pelo YouTube, o mais popular site de vídeos do mundo. Com esse objetivo, uma parceria entre o STF e o Google, a empresa que controla o Youtube, foi firmada na última segunda-feira em Brasília. O STF será a primeira suprema corte do mundo a colocar conteúdo no YouTube.
Com a criação do canal do STF no Youtube, uma das intenções é que vídeos de julgamentos possam ser acessados pelos internautas em qualquer hora e lugar. Outra ideia é que os programas da TV Justiça sobre as atividades do STF e outras instâncias do Judiciário brasileiro, como o Conselho Nacional de Justiça, possam ser vistos por meio do YouTube.
O STF já teve pioneirismo na experiência de transmitir ao vivo suas sessões por meio de uma TV própria – a TV Justiça, criada em 2002. A iniciativa foi copiada por outros países. Inspirada na experiência brasileira, a Suprema Corte de Justicia de la Nación (a suprema corte do México) passou, a partir de 2005, a transmitir suas sessões de plenário pela TV. Em janeiro, a transmissão ao vivo de julgamentos pela TV Justiça foi um dos destaques da participação do Brasil na primeira Conferência Mundial sobre Justiça Constitucional, ocorrida na Cidade do Cabo, na África do Sul. A suprema corte sul-africana está estudando a implantação de um modelo semelhante ao da TV Justiça.
Há duas semanas, a TV Justiça ganhou mais evidência com a trasnsmissão ao vivo do bate-boca, em uma das sessões do Supremo, entre o presidente do STF, Gilmar Mendes, e o ministro Joaquim Barbosa, relator do caso do mensalão. Os dois discutiram asperamente durante um julgamento e Joaquim Barbosa fez ataques duríssimos ao comportamento de Gilmar Mendes como presidente do STF. O episódio causou uma crise na instituição, com suspensão de sessões até que os ânimos se esfriassem.
Por causa dessa exposição negativa, algumas personalidades do mundo jurídico, como o ex-ministro do STF Carlos Velloso, passaram a questionar a cobertura ao vivo dos julgamentos pela TV, defendendo uma edição das sessões antes da sua transmissão. Além do pioneirismo na criação da Tv Justiça, o STF é um das poucas cortes constitucionais do mundo em que as sessões são abertas e não são fechadas ao público.
Apesar das críticas – tanto ao seu comportamento como à projeção midiática que o STF passou a ter na sua gestão –, a parceria com o Youtube mostra que o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, não deve recuar da sua política de mais exposição pública para o Judiciário durante o seu mandato que vai até abril de 2010.
terça-feira, 5 de maio de 2009
CHICO MENDES EM QUADRINHOS
Chico Mendes sonhou com o futuro e nele viu os jovens lutando por um mundo melhor. E esse era um de seus grandes desejos, o de que a juventude aderisse a uma causa humanista de preservação e sustentabilidade. Chico Mendes morreu, mas seus ideais ficaram como exemplo para uma geração e agora servem de inspiração para a publicação de um livro infantil, intitulado "A História de Chiquinho". A obra foi escrita pela acreana Walquíria Raizer e tem os desenhos do cartunista Ziraldo, e será lançada no dia 22 de junho, na Biblioteca da Floresta Marina Silva.
Elenira Mendes, filha de Chico Mendes e presidente do Instituto Chico Mendes, foi quem idealizou o projeto. "A ideia nasceu desde que eu comecei a militar na causa, fiquei imaginando uma maneira de transmitir a história do meu pai para as crianças", disse. Ela procurou por Ziraldo, que a atendeu de imediato, e assim nasceu o personagem Chiquinho. Após sua criação, a poetisa Walquira Raizer, com Elenira e a jornalista Charlene Carvalho, desenvolveram a história do primeiro volume de A História de Chiquinho, sempre sobre a supervisão de Ziraldo.
O livro tem toda uma linguagem infantil de fácil entendimento. Através de uma maneira simples e divertida, não só a história de Chico Mendes poderá ser passada para as crianças e jovens, mas suas idéias e valores de preservação a natureza e sustentabilidade. Elenira planeja publicar outros volumes de A História de Chiquinho em breve. O cartunista Ziraldo e a escritora Walquira Raizer estão confirmados para o lançamento do livro em homenagem a Chico Mendes.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
O SÉCULO DOS DIREITOS DA MÃE TERRA
A afirmação mais impactante do dicurso do presidente da Bolívia Evo Morales Ayma no dia 22 de Abril na Assembleia Geral da ONU ao se proclamar este dia como o Dia Internacional da Mãe Terra talvez tenha sido a seguinte: “Se o século XX é reconhecido como o século dos direitos humanos, individuais, sociais, econômicos, políticos e culturais, o século XXI será reconhecido como o século dos direitos da Mãe Terra, dos animais, das plantas, de todas as criaturas vivas e de todos os seres, cujos direitos também devem ser respeitados e protegidos”.
Aqui já nos defrontamos com o novo paradigma, centrado na Terra e na vida. Não estamos mais dentro do antropocentrismo que desconhecia o valor intrínseco de cada ser, independentemente, do uso que fizermos dele. Cresce mais e mais a clara consciência de que tudo o que existe merece existir e tudo o que vive merece viver.
Consequentemente, devemos enriquecer nosso conceito de democracia no sentido de uma biocracia ou democracia sócio-cósmica porque todos os elementos da natureza, em seus próprios níveis, entram a compor a sociabilidade humana. Nossas cidades seriam ainda humanas sem as plantas, os animais, os pássaros, os rios e o ar puro?
Hoje sabemos pela nova cosmologia que todos os seres possuem não apenas massa e energia. São portadores também de informação, possuem história, se complexificam e criam ordens que comportam certo nível de subjetividade. É a base científica que justifica a ampliação da personalidade jurídica a todos os seres, especialmente aos vivos.
Michel Serres, filósofo francês das ciêencias, afirmou com propriedade:” A Declaração dos Direitos do Homem teve o mérito de dizer ‘todos os homens têm direitos’ mas o defeito de pensar ‘só os homens têm direitos’”. Custou muita luta o reconhecimento pleno dos direitos dos indígenas, dos afrodescendentes e das mulheres, como agora está exigindo muito esforço o reconhecimento dos direitos da natureza, dos ecossistemas e da Mãe Terra.
Como inventamos a cidadania, o governo do Acre de Jorge Viana cunhou a expressão florestania, quer dizer, a forma de convivênicia na qual os direitos da floresta e de todos os que vivem dela e nela são afirmados e garantidos.
O Presidente Morales solicitou à ONU a elaboração de uma Carta dos direitos da Mãe Terra cujos tópicos principais seriam: o direito à vida de todos os seres vivos; o direito à regeneração da biocapacidade do Planeta; o direito a uma vida pura, pois a Mãe Terra tem o direito de viver livre da contaminação e da poluição; o direito à harmonia e ao equilíbrio com e entre todas as coisas. E nós acrescentarímos, o direito de conexão com o Todo do qual somos parte.
Esta visão nos mostra quão longe estamos da concepção capitalista, da qual ficamos reféns durante séculos, segundo a qual a Terra é vista como um mero instrumento de produção, sem propósito, um reservatório de recursos que podemos explorar ao nosso bel prazer. Faltou-nos a percepção de que a Terra é verdadeiramente nossa Mãe. E Mãe deve ser respeitada, venerada e amada.
Foi o que asseverou o Presidente da Assembléia Miguel d’Escoto Brockmann ao encerrar a sessão: “É justíssimo que nós, irmãos e irmãs, cuidemos da Mãe Terra pois é ela que, ao fim e cabo, nos alimenta e sustenta”. Por isso, apelava a todos que escutássemos atentamente os povos originários, pois, a despeito de todas as pressões contrárias, mantém viva a conexão com a natureza e com a Mãe Terra e produzem em consonância com seus ritmos e com o suporte possível de cada ecossistema, contrapondo-se à rapinagem das agroindústrias que atuam por sobre toda a Terra.
A decisão de acolher a celebração do Dia Internacional da Mãe Terra da Terra é mais que um símbolo. É uma viragem no nosso relacionamento para com a Terra, escapando do padrão dominante que nos poderá levar, se não fizermos transformações profundas, à nossa autodestruição.
*Leonardo Boff é autor de Ethos Mundial. Um consenso mínimo entre os humanos, (Sextante), Rio de Janeiro.
A ESTRELA NÃO BRILHOU...
Assim que eu tiver algo quente, posto pra vocês.
Ah, não esquecendo de citar, a arte é do Dim, publicada no blog do Deputado Edvaldo Magalhães.
domingo, 3 de maio de 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
SUPREMO REVOGA A LEI DE IMPRENSA
O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira revogar a Lei de Imprensa, criada no regime militar. Agora, os jornalistas ficam submetidos à Constituição Federal e aos códigos Penal e Civil.
A extinção da lei foi apoiada por sete dos 11 ministros da Corte. Votaram a favor da revogação total os ministros Carlos Alberto Menezes Direito, Cezar Peluso, Carmen Lucia, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. Eles seguiram os votos do relator do caso, Carlos Ayres Britto, e do ministro Eros Grau, que apresentaram seus posicionamentos na sessão de 1º de abril.
Os ministros Joaquim Barbosa, Ellen Gracie e Gilmar Mendes sugeriram a revogação parcial da lei e o ministro Marco Aurélio Mello votou pela manutenção da norma e a criação de novas regras.
Para os ministros favoráveis, a lei é incompatível com a Constituição. "O preço do silêncio para a liberdade dos povos é muito mais alto do que a livre circulação das ideias. Não é possível legislar com conteúdo punitivo que criem condições de intimidação. Por outro lado, a dignidade da pessoa humana deve ser assegurada para a liberdade de imprensa", afirmou Menezes Direito no seu voto.
Os ministros Joaquim Barbosa e Ellen Gracie defenderam a manutenção dos artigos 20, 21 e 22, que tratam dos crimes de injúria, calúnia e difamação. Estes três itens eram os mais polêmicos da lei, porque batiam de frente com alguns artigos da Constituição Federal. No caso do crime de calúnia, por exemplo, a pena prevista no Código Penal é de um ano. Na lei de imprensa, a punição sobe para três anos.
Ellen Gracie fez ainda uma outra ressalva pedindo a manutenção do artigo 1º, que estabelece que "não será tolerada propaganda de guerra, preconceito de raça ou classe". "Esses artigos são garantias de proteção à intimidade da vida privada, honra e imagem das pessoas", disse.
Barbosa foi mais duro e criticou a postura da imprensa para defender a continuidade dos artigos. "A imprensa pode ser destrutiva de pessoas públicas e privadas como temos assistidos neste país. Sou defensor da mais ampla liberdade de imprensa especialmente sobre a fiscalização de agentes públicos, mas tenho reticências que o mesmo tratamento seja dado ao cidadão comum", completou Barbosa.
No entendimento de alguns ministros, no entanto, não se justifica que jornalistas estão submetidos a penas mais rígidas do que as estabelecidas no Código Penal. A Lei de Imprensa determinava penas maiores para os crimes de calúnia e difamação do que o código. Segundo a lei de imprensa, as punições para esses crimes podem chegar a três anos, enquanto no código são de até dois anos.
O ministro Marco Aurélio foi voto vencido, mas chegou a propor que os colegas voltassem atrás e defendesse a elaboração de uma nova lei para regulamentar a imprensa, antes de optar pela revogação da atual norma, para impedir um vácuo de regulamentação. "O Congresso Nacional deve fazer a edição de uma nova lei que substitua esse sem deixar esse vácuo que leva a babel", disse.
O ministro Celso de Mello fez uma defesa veemente da liberdade de expressão, como base do Estado democrático. "O fato é que nada é mais nocivo, perigoso do que a pretensão do Estado em regular a liberdade de expressão. O pensamento deve ser essencialmente livre, sempre livre.
Ninguém ignora ou mostra-se intolerável a repressão ao pensamento. Ainda mais quando a crítica, por mais dura que seja, tenha interesse público. A liberdade de imprensa garante o direito de informar, buscar a informação e de criticar", apontou o ministro.
Gilmar Mendes destacou a importância de normas para repreender abusos midiáticos. "É compreensível que o poder social acabe de forma abusiva com os efeitos do abuso do poder de imprensa que são devastadores e de dificílima reparação", disse.
Direito de resposta
Durante o julgamento, os ministros trataram do direito de resposta. Alguns defenderam a manutenção para manter a honra e cercear perseguições. Para outros, como o ministro Menezes de Direito, o direito já está estabelecido na Constituição, no artigo 5.
A discussão sobre a validade da Lei de Imprensa chegou ao Supremo em 2007, com uma ação do PDT pedindo a revogação total da lei. O deputado Miro Teixeira, autor da ação, alega que a atual legislação impõe sanções muito severas aos jornalistas e, por isso, acaba sendo usada como instrumento contra a liberdade de expressão dos meios de comunicação.
O presidente do STF defendeu uma norma para tratar do direito de resposta. "Não basta que a resposta seja no mesmo tempo, mas isso tem que ser normatizado. Vamos criar um vácuo? Esse é o único instrumento de defesa do cidadão", afirmou.