Desde a última quarta-feira (24) pesquisadores das Unidades da Embrapa, localizadas na região Norte, estão reunidos na Embrapa Acre (rio Branco), com representantes da Assessoria de Relações Internacionais da Embrapa (Brasília-DF), discutindo estratégias de cooperação internacional, diretrizes e procedimentos legais para atuação no exterior. O resultado será uma agenda de atividades a ser implementada, levando-se em consideração o foco de atuação de cada Unidade.
“Estamos buscando ampliar a interação entre as unidades e estreitar o relacionamento com a Sede. Isto possibilita um trabalho mais integrado, além de treinamento para os profissionais da área e outras ações de natureza estratégica que visem o fortalecimento da área”, afirma Elisio Contini, chefe da ARI.
Instituição de pesquisa reconhecida internacionalmente por desenvolver e adaptar tecnologias capazes de elevar a produção de alimentos em áreas com pouca ou nenhuma aptidão para a agricultura, a Embrapa é constantemente demandada no contexto internacional. Atenta às tendências globais, a Empresa atua em diversos países, desde 1998, por meio de seus Laboratórios Virtuais (Labex), implantados em países como Estados Unidos, França e Holanda. Uma das formas de ampliar essa atuação no exterior é aproveitar as potencialidades de suas Unidades.
Dentro de um modelo de cooperação mútua, a atuação internacional vem possibilitando a captação de conhecimento junto a centros de excelência e a transferência de tecnologias de produção a nações em desenvolvimento, além de treinamento e capacitação de pessoal.
De acordo com Contini, nos últimos anos, a procura dos países por cooperação vem crescendo e a Embrapa está se preparando para esta nova realidade. Em maior ou menor grau, as Unidades têm uma participação efetiva neste processo. No caso de algumas Unidades da Amazônia, cujos estados fazem fronteira com países da América Latina ,o maior objetivo é transferir conhecimentos.
Neste sentido, a Embrapa Acre vem definindo estratégias para formalização de um acordo visando a transferência de tecnologias de baixo custo que possam melhorar a agricultura e pecuária dos países fronteiriços (Peru e Bolívia). Em outra linha atuação, a Unidade mantém um pesquisador no Labex/EUA atuando na área de manejo florestal. A intenção é fortalecer a integração e ampliar os benefícios da pesquisa científica e tecnológica para outros países.
“Outro ponto da cooperação internacional é o incremento dos negócios tecnológicos, que envolve a comercialização de produtos processos e serviços. Com a venda de mudas e sementes de qualidade para outros países, garantimos recursos para a realização de pesquisas futuras e ao mesmo tempo contribuímos para o desenvolvimento da agricultura desses países”, afirma Contini.
Uma visita à região de Montevideo (Pando/Bolívia), fronteira com o município de Plácido de Castro, encerra encontro, neste sábado (26). O objetivo dos pesquisadores é conhecer as características climáticas, geográficas e aspectos estruturais da região, visando embasar futuras parcerias.
Diva Gonçalves - Assesoria Embrapa Acre
sábado, 26 de julho de 2008
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