Com certeza não é Márcio Bittar que, há tempo, deixou de sê-la, uma vez que anda em companhia de elementos que, no plano nacional, dão sustentação incondicional ao governo Lula. Mantém negócios bovinos com o governador Eduardo Braga (PMDB) que, nas eleições passadas, financiou a tal de caravana da cidadania. É Ciro Gomes (PSB), de quem foi seu confiável assessor, quando este foi Ministro de Lula. É PPS, partido autenticamente de oposição? O presidente nacional do PPS, ex – deputado federal Roberto Freire, deveria tomar algumas providências com esse rapaz que, cada vez mais, desonra os ideais do partido no Estado do Acre. As três derrotas seguidas nas eleições de 2002, 2004 e 2006, são sintomáticas. Faltou-lhe o espírito oposicionista para chegar lá. Não convenceu como liderança de oposição, também porque não vive o dia a dia do povo acreano, a quem, quando aparece na telinha da TV, de longe, manda beijinhos de afeto e muito amor. Passa o tempo todo na moita, aguardando o instante oportuno (as eleições) para atacar o eleitor em cima das urnas eletrônicas.
O povo acreano percebeu o jogo maroto desse Bittar que, estando num partido de tradição ideológica coerente e decente, faz de conta de seus princípios verdadeiramente de oposição para aprontar jogadinhas de mau gosto, ousando penetrar em partidos que são incontestavelmente de oposição, como PSDB e DEM.
A verdadeira oposição não precisa de lideranças, como a de Bittar, ideologicamente confusas, sem propostas verdadeiramente alternativas, eticamente duvidosas, politicamente híbridas, personalistas, egocentristas, autoritárias, arrogantes, arbistrárias, sufocantes, presunçosas e soberbas.
A verdadeira oposição deverá estar com o povo, sentir de perto as suas agonias e a sua dor. Não dá consolo à distância, usando as inserções gratuitas do partido para mostrar-se misericordioso e benevolente. Não vive no planalto central, cômodo e confortável, passando os fins de semana entre amigos, engolindo pedaços de churrasco de carnes engordadas no vale do Acre e, entre uns goles e outros, apesar da lei seca, rindo à toa dos índices de pobreza do povo acreano.
Infelizmente, tem gente que gosta dessas lideranças de “oposição”. Confia cegamente nesses monstros da política por conta de tapinhas nas costas, apertos de mão
e beijinhos ajustados que recebe na véspera das eleições, quando, em verdade, faz parte de uma farsa bem montada, pois não tem direito de sentar em suas mesas abundantes e suculentas.
A verdadeira oposição deverá fazer urgentemente uma varredura cuidadosa dessas falsas lideranças, que ainda se aninham em seu meio, que nada têm a ver com o modelo político que pretende implementar e que ostentam condutas de alto risco para a sociedade,
A verdadeira oposição rejeita candidatos “laranjas” que, de fato, chuparam esse agrume, aliás delicioso e de qualidade terapêutica comprovada, por mais de uma vez. A história política recente do Acre depõe contra esses políticos “laranjas”. Basta conferir os arquivos do TRE/AC.
A verdadeira oposição não mente. Resiste. Não se entrega. Sabe que um dia triunfará.
José Mastrangelo, Filósofo,Teólogo e colunista da Folha do Acre.
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