De O Globo
RIO - A entrada praticamente certa da senadora Marina Silva (PT-AC) na sucessão presidencial de 2010 provocou reviravolta no quadro eleitoral e acendeu a luz amarela no Palácio do Planalto, como mostra reportagem de Gerson Camarotti e Adriana Vasconcelos publicada na edição deste domingo do GLOBO. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viu desmoronar a sua estratégia de transformar a eleição do próximo ano num plebiscito entre a candidata do PT, a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o candidato tucano. A pulverização de candidaturas deve ser o cenário provável da disputa presidencial, que Lula tentará evitar.
Petistas já admitem que a campanha de Dilma será a mais afetada nesse primeiro momento, porque Marina deve levar votos do eleitorado do PT descontente com o governo e decepcionado com o partido. Aliados e petistas que desconfiam do potencial de Dilma defendem o lançamento de mais candidaturas governistas, caso do PSB, com o deputado Ciro Gomes (CE). Situação que poderia levar a disputa presidencial ao segundo turno.
Lula briga pela polarização entre Dilma e o candidato tucano, seja o governador José Serra (SP), mais provável hoje, ou o governador Aécio Neves (MG). Gostaria de, em 2010, ver o eleitor decidir entre antes de Lula e depois de Lula, ou seja, de comparar sua administração com a do tucano Fernando Henrique. Mas todos concordam que ainda é cedo para definições. Especialmente depois do fator Marina, que esta semana deve confirmar sua ida para o PV.
domingo, 16 de agosto de 2009
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