Walter Prado*
O Acre vive momentos tensos, proporcionados pela crescente onde de violência. É chegada a hora de sair das discussões acadêmicas e colocar as ações em prática. O romantismo da segurança pública, não existe mais, é necessário que os planos saiam dos gabinetes, somando forças com a população, na busca de um objetivo comum.
Fazer a segurança pública é algo difícil, envolvendo as instituições e sociedade, levando a população à conscientização de que o problema é de todos, sendo necessária a contribuição de cada cidadão e conseguintemente a aproximação das instituições das comunidades.
Os investimentos do governo de Binho Marques são notórios, mas neste momento, apenas a boa vontade não é solução. Os métodos dos criminosos evoluem, as leis e códigos penais brandos, favorecem o crescimento da violência nas periferias. Precisamos de planos imediatos simplificados e que ofereçam alternativas de prevenir o acontecimento da ação criminosa.
A população, não pode ficar a mercê de pessoas mal intencionadas, refém de seus próprios lares. O trabalhador merece sair e retornar a sua residência com segurança, garantindo a subsistência de seus entes, numa convivência de paz e harmonia, envolvendo e aproximando a iniciativa pública da população, num trabalho de conscientização do cidadão no envolvimento das ações das administrações públicas.
As medidas socialistas favorecem as administrações. Administrar junto à população é a melhor forma de promover a inclusão do cidadão nos problemas da comunidade. Somos um Estado relativamente pequeno, com problemas de grandes metrópoles. Precisamos trabalhar nossos cidadãos na sua formação, agindo nas escolas com programas específicos de esclarecimento e formação do caráter de nossas crianças e jovens.
As administrações precisam formar núcleos em nossas comunidades, com servidores públicos e voluntários, trabalhando em conjunto com as famílias, numa interação que permitirá combater a formação de novos agentes que ingressarão no mundo do crime. Desmistificar o glamour do submundo é uma tarefa árdua, mas que precisa ser tratada como prioridade, livrando milhares de jovens do ingresso sem retorno nas práticas criminosas.
Participei da Conferência Nacional de Segurança Pública, uma troca de experiências salutar e necessária, com o engajamento das principais autoridades, evolvidas com a questão a nível nacional. Tudo muito bem elaborado, com projetos de sucesso, no combate ao problema nas diversas regiões do país, todos envolvidos num problema comum a todos os estados brasileiros.
A realidade diverge de uma cidade para outra, mas podemos perceber que os problemas são semelhantes, em minha opinião, de delegado e homem envolvido com os problemas de segurança, de solução previsível. Posso assegurar que com medidas simples poderíamos reduzir as estatísticas, em aproximadamente de 50% das ocorrências.
Não adianta ter um bom plano de segurança, se ele não for colocado em prática. A segurança se faz com envolvimento, dedicação e uma boa dose de ação.
Os crimes acontecidos nos últimos dias em Rio Branco, são a prova de que a polícia, não pode continuar prendendo, se expondo, sem que as administrações trabalhem a garantia de integridade dos agentes públicos. A lei pouco favorece a ação policial, que precisa abordar o criminoso, correndo riscos de vida e poucas horas depois, pode esbarrar com o assaltante, traficante, nas ruas transitando livremente.
A fórmula da segurança é simples, os policiais precisam estar nas ruas, fazendo um trabalho preventivo. Mas antes, se fazem necessárias certas garantias, aos nossos policiais, e um trabalho que envolva o judiciário, para que as medidas sejam colocadas em prática, sem desencontros de métodos, promovendo a harmonia das instituições públicas, garantido o combate eficaz dos crimes e suas origens.
Mais uma vez deixo minha humilde sugestão, aos nossos gestores públicos, que a integração das instituições com a comunidade, pode ser a solução na formação de novos criminosos. No mais, apenas o policiamento ostensivo e repressivo pode trazer resultados imediatos.
É hora de sair da teoria, saindo das discussões acadêmicas, partindo para a prática, com métodos simples, mas que podem garantir e manter a paz das comunidades de nosso Estado. Os investimentos foram feitos, hoje, contamos até com helicóptero, um instrumento usado nas grandes cidades, que veio para incrementar as ações da segurança.
Agora, resta apenas os gestores partirem para a ação, se envolvendo diretamente com o problema, agindo em conjunto com a população, aproximando e envolvendo cada vez mais o cidadão, no combate a este câncer no seio da sociedade.
*Prado é deputado estadual pelo PSB do Acre.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
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