Os 27 países da Europa votam no último dia 7 de maio. Elegem os deputados do Parlamento Europeu. O Partido Popular Europeu – PPE de centro - direita conservadora vence. Cresce. O Partido Socialista Europeu – PSE de centro –sinistra reformista (socialdemocrata) perde. Definha. O placar é sintomático: 263 deputados a favor do PPE contra 163 do PSE. A Europa vira à direita. Os partidos nanicos, que não superam a barreira de 4%, ficam de fora da representação parlamentar. Os partidos anti - imigração avançam. Um partido anti – semítico conquista uma cadeira parlamentar.
Definitivamente, a socialdemocracia entra em crise. Morre. Após ter abandonado as antigas bandeiras e centralizar o seu discurso no crescimento econômico, falta-lhe um projeto político confiável para levar em frente a transformação da sociedade. O ciclo de expansão econômica acabou. Os socialdemocratas não parecem ter condições de colocar em ação uma estratégia diferente. A maioria dos eleitores europeus confia o seu voto nos partidos políticos de centro - direita conservadora.
A “terceira via” (socialdemocracia), que o seu teórico Anthony Giddens considerava o único caminho a ser percorrido pelas forças reformistas depois do socialismo, fracassa. A socialdemocracia consiste em adaptar a sociedade ao sistema econômico, considerado imutável. Renuncia à relação dialética com capitalismo, que caracteriza os melhores momentos de sua história ao longo do século XX. Nesse sentido, não tem dúvida sobre a natureza dos processos de globalização. A produção da riqueza exige estar continuamente em sintonia com as mudanças, que ocorrem no processo econômico. A era global precisa escrever histórias de sucesso, que tenham como protagonistas as nações que, antes de qualquer outra, interpretem as necessidades das mudanças.
Hoje, os partidos de centro – esquerda reformista (socialdemocrata) não têm um projeto alternativo para o futuro. À luz dos fatos, não podem propor novamente os programas do século passado e nem tampouco rever as idéias de Giddens. Diante dos problemas de natureza cultural e de identidade, que condenam os socialdemocratas a ser força de governo cada vez mais virtual, incapazes de indicar o rumo e despojados de valores, muitas lideranças do Velho Continente olham para Obama e suas opções políticas para formatar um modelo de ação política.
O programa da administração democrática dos Estados Unidos da América – EUA pode oferecer indicadores aos partidos do Velho Continente? Sim, em parte. Os EUA têm um sistema social diferente. Por isso, a resposta aos problemas de crise não podem ser idênticos para ambas as partes, que são banhadas pelo Oceano Atlântico. Os socialdemocratas europeus deveriam fazer uma análise de sua história. Talvez, deveriam voltar a ler Keynes do início dos anos trinta do século passado. Aquela época corresponde a uma crise econômica semelhante à dos dias atuais.
A socialdemocracia morre. Poderá, contudo, ressuscitar, se acolher as demandas da justiça social, de que, no passado, foi intérprete. Só seguindo esse caminho, poderá embarcar num sincretismo pragmático, que devolva aos seus herdeiros o papel que exerceu, quando carimbou com a sua marca a sociedade europeia.
No Brasil, a socialdemocracia agoniza. Ainda não morreu. Desprovidas de um projeto político alternativo confiável para o futuro, as suas lideranças patinam no gelo, onde permanecem sem ter fôlego para levanta vôos mais audaciosos. Que pena!
No Estado do Acre, a socialdemocracia já morreu. Algumas lideranças políticas, abrigadas no ninho socialdemocrata, disfarçam. Tentam levantar voo com a marca socialdemocrata. Na realidade, são da extrema direita conservadora e autoritária da pior estirpe. O ex-deputado federal, Márcio Bittar, que está prestes para chocar no ninho socialdemocrata, abre o bico para pedir socorro. “Se a oposição ‘socialdemocrata’ não apresentar um grito (projeto) político diferente do grito político da florestania, perde o seu canto nas eleições do próximo ano”, disse com outras palavras. Quem viver, verá.
Definitivamente, a socialdemocracia entra em crise. Morre. Após ter abandonado as antigas bandeiras e centralizar o seu discurso no crescimento econômico, falta-lhe um projeto político confiável para levar em frente a transformação da sociedade. O ciclo de expansão econômica acabou. Os socialdemocratas não parecem ter condições de colocar em ação uma estratégia diferente. A maioria dos eleitores europeus confia o seu voto nos partidos políticos de centro - direita conservadora.
A “terceira via” (socialdemocracia), que o seu teórico Anthony Giddens considerava o único caminho a ser percorrido pelas forças reformistas depois do socialismo, fracassa. A socialdemocracia consiste em adaptar a sociedade ao sistema econômico, considerado imutável. Renuncia à relação dialética com capitalismo, que caracteriza os melhores momentos de sua história ao longo do século XX. Nesse sentido, não tem dúvida sobre a natureza dos processos de globalização. A produção da riqueza exige estar continuamente em sintonia com as mudanças, que ocorrem no processo econômico. A era global precisa escrever histórias de sucesso, que tenham como protagonistas as nações que, antes de qualquer outra, interpretem as necessidades das mudanças.
Hoje, os partidos de centro – esquerda reformista (socialdemocrata) não têm um projeto alternativo para o futuro. À luz dos fatos, não podem propor novamente os programas do século passado e nem tampouco rever as idéias de Giddens. Diante dos problemas de natureza cultural e de identidade, que condenam os socialdemocratas a ser força de governo cada vez mais virtual, incapazes de indicar o rumo e despojados de valores, muitas lideranças do Velho Continente olham para Obama e suas opções políticas para formatar um modelo de ação política.
O programa da administração democrática dos Estados Unidos da América – EUA pode oferecer indicadores aos partidos do Velho Continente? Sim, em parte. Os EUA têm um sistema social diferente. Por isso, a resposta aos problemas de crise não podem ser idênticos para ambas as partes, que são banhadas pelo Oceano Atlântico. Os socialdemocratas europeus deveriam fazer uma análise de sua história. Talvez, deveriam voltar a ler Keynes do início dos anos trinta do século passado. Aquela época corresponde a uma crise econômica semelhante à dos dias atuais.
A socialdemocracia morre. Poderá, contudo, ressuscitar, se acolher as demandas da justiça social, de que, no passado, foi intérprete. Só seguindo esse caminho, poderá embarcar num sincretismo pragmático, que devolva aos seus herdeiros o papel que exerceu, quando carimbou com a sua marca a sociedade europeia.
No Brasil, a socialdemocracia agoniza. Ainda não morreu. Desprovidas de um projeto político alternativo confiável para o futuro, as suas lideranças patinam no gelo, onde permanecem sem ter fôlego para levanta vôos mais audaciosos. Que pena!
No Estado do Acre, a socialdemocracia já morreu. Algumas lideranças políticas, abrigadas no ninho socialdemocrata, disfarçam. Tentam levantar voo com a marca socialdemocrata. Na realidade, são da extrema direita conservadora e autoritária da pior estirpe. O ex-deputado federal, Márcio Bittar, que está prestes para chocar no ninho socialdemocrata, abre o bico para pedir socorro. “Se a oposição ‘socialdemocrata’ não apresentar um grito (projeto) político diferente do grito político da florestania, perde o seu canto nas eleições do próximo ano”, disse com outras palavras. Quem viver, verá.
*José Mastrangelo é Doutor em Teologia e tambem escreve para o site Folha do Acre.
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